Beautiful

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Estou aqui com a minha primeira adaptação no wattpad, yay!

A autora da versão original, que é Larry Stylinson, me deu total permissão para adaptar a história. Então, obrigada Gabbyh__Styles por ter me deixado fazer uma versão Muke dessa fanfic maravilhosa!

Três coisas simples na fic:

1) Luke é autista

2) Michael e Ashton são irmãos

3) O smut, pela condição do Luke, vai demorar então se você espera sexo logo no primeiro capítulo, está na fanfic errada.

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"Mas Liz... e se ele não se lembrar de mim?"

A voz rouca e profunda de Michael soou aterrorizada e frágil, completamente o oposto do seu habitual bom humor em qualquer situação em que se encontrava. Mas essa era outra situação completamente diferente, o assunto agora é Luke, seu maior ponto fraco e talvez o único.

"Ora Michael, que pergunta é esta? Luke nunca iria esquecer de você."

A ansiedade e felicidade de Liz pela volta de Michael era notável, a mulher adorava ter o garoto por perto, principalmente quando podia presenciar a alegria do filho pelo garoto ter voltado depois de tantos anos se dedicando ao futebol, o resultado de hoje ser um dos melhores jogadores do mundo. Luke havia sofrido muito pela falta de Michael, suas crises e ataques ficaram cada vez piores, não aceitava seus remédios ou quaisquer ajuda.

Chamando Michael. Gritando seu nome em meio ao sono, ou às vezes, acordado, assustando as pessoas ao seu redor e aqueles que não sabem de sua condição.

Luke é autista.

Mas isso nunca o impediu de amar Michael com todas as suas forças. Ele lembrava de quando criança o garoto fugia de casa no meio da tarde para ir vê-lo, depois de tomar banho e subornar Ashton com a sua sobremesa e algumas moedas, o irmão concordava em distrair sua mãe, ele batia na porta da sua casa com um macacão jeans e um buquê de flores coloridas em suas mãos pequenas – que havia pedido para Dona Djudji, sua vizinha da frente –, sendo que os dois moravam um ao lado do outro, e Djudji era uma velhinha que achava lindo seu gesto de carinho pelo amigo autista.

Liz ajudava Luke a se arrumar, depois de o acalmar de uma crise de choros, às vezes por achar que Michael não iria vir ou por não saber o que vestir mesmo se ele não recebesse Michael, e às duas e meia em ponto Liz descia as escadas calmamente. Sabendo que ao chegar nos últimos degraus, sua campainha seria tocada pelo pequeno garotinho em quem havia aprendido a confiar e admirar. Confiança que havia sido difícil de conquistar. Foram anos de dedicação, anos sentado do lado de fora sem ser recebido, anos de broncas da sua mãe.

Mas ele não desistiu.

Karen e Liz de primeiro brigavam feio pelos seus filhos, a mãe do autista não confiava no garotinho de olhos verdes para ficar perto de Luke, achando que ele iria o machucar de alguma forma e Karen defendia o filho dizendo que era um bom menino e nunca machucaria alguém. No fim, Michael foi proibido de ver Luke, mas nunca disse que ele havia obedecido a mãe.

                  
E por mais cansativo que fosse, Michael não desistiu, passou a parar de participar dos jogos de futebol na rua para se sentar em frente à casa de Luke com uma flor diferente a cada dia, às vezes se deitava na grama verde, ou se apoiava no pequeno portão pintado de marrom, olhando para a janela do segundo andar onde Luke se escondia atrás das leves cortinas brancas, elevando sua voz, na época fina pela idade, o chamando para brincar, dando bom dia ou apenas perguntando como ele estava.

Luke nunca respondeu.

Não porque não queria, mas porque tinha medo de que se ele falasse algo de errado ou nem  sequer conseguir falar, Michael fosse embora e deixasse de visitá-lo.

Ele tinha medo de perder algo que nunca teve, um amigo. Mas Michael não era só um amigo, Michael era... Michael.

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Liz saltou do sofá com o som estridente da campainha, o pequeno Luke de 5 anos tampando os ouvidos com força e resmungando baixinho, ela fez sua pequena corrida para a porta, pronta para mandar quem quer que fosse embora e nunca mais voltar a incomodar a paz que foram seus primeiros dias na casa nova.

"Olá, eu sou Mikey"

Liz abriu a porta somente o bastante para por metade de seu corpo para fora, escondendo Luke, a voz fina e infantil do garotinho um pouco mais baixo que seu filho foi a primeira a soar em seus ouvidos. Ela ergueu os olhos para uma mulher bonita rindo com um bolo pra lá de bem decorado em mãos.

"Desculpe a empolgação do meu filho. Sou a Karen, sua vizinha, e meus filhos Ashton e Michael."

"Viemos dar as boas vindas."

O garotinho com cabelos um pouco mais loiros sorriu, sua voz bem mais contida que a do suposto irmão... Que não estava mais ali.

"Sou a Liz. É um prazer conhecê-los."

"Eu sei que pode parecer cena de filme mas... é pra você."

Estendeu os braços com o bolo para Liz, seu sorriso nunca saindo de seus lábios, a morena pegou receosa e com vergonha. Nunca havia sido tratada desse modo, nem teve tempo de agradecer, pois a outra não parava de falar.

"Meus filhos, ou melhor, Michael me disse que havia visto um caminhão com mudança e tinha lhe visto com um garotinho, ele é seu filho? Além do mais eu não iria vir aqui de mãos abanando. Quantos anos ele tem? Ashton, se não quer ficar aqui volte para casa e pare de me incomodar! Desculpe, crianças... e você é casada? Eu sou divorciada."

A morena teve que rir da mulher tagarela, ela parecia tão empolgada em ter uma nova vizinha que nem se deu conta quando pôs o bolo sobre uma pequena mesa ao lado da porta da cozinha e começou a falar com Karen, nem se dando conta de que Luke estava lá dentro a esperando.

Mas não sozinho.

Luke tinha seus grandes olhos azuis abertos e alertas a todos os movimentos do menino à sua frente que sorria como se ele estivesse morrendo de fome e alguém deixou um hambúrguer enorme na sua frente.

"Oi..."

O menino sentou de frente para o outro e deixou a cabeça pendendo para a direita.

Como um gatinho.

Luke riu com seu pensamento sobre o menino, ele gostava de gatos e o garoto parecia um, então, tecnicamente Luke gostava dele.

"Eu sou o Mikey... E você?"

Luke abriu a boca tremendo levemente, ele nunca falava em voz alta e estava com medo de que se errasse a pronúncia de alguma palavra, Mikey iria deixá-lo como Andrew fez com sua mãe. Lágrimas encheram seus olhos, seu rosto ficou vermelho e seu corpo tremeu violentamente quando seu choro estourou, seu pequeno e pálido corpo dando solavancos a cada soluço.

A figura alta e robusta de Liz atravessou a sala e agarrou o corpo desolado do filho entre os  braços no mesmo instante que Michael iria fazê-lo ele mesmo, a mulher começou a gritar maldições e a expulsar o pequeno garoto que agora era puxado para trás do corpo da própria mãe que tentou acalmar a mulher revoltada enquanto ela jogava a culpa da tristeza do filho nas costas do pequeno Clifford.

Karen carregou o filho para fora se desculpando pelo 'acontecimento', um segundo antes da porta bater na cara dela e de Michael, ele ouviu, como um chamado do garotinho em voz baixinha suplicar:

"Fi-fica-a."

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E aí? O que acharam dessa adaptação?

Comentem e votem!!

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