Prólogo

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   19 anos antes...

-A mamãe te ama tá, nunca esqueça disso.

Estava de pé, na frente do sofá que minha mãe estava sentada chorando, e eu não estava entendendo nada.

-Por que está chorando mamãe?

-Porque a mamãe esta triste.

-Por que? 

-Algum dia você vai entender, só me prometa que vai me desculpar?

-Eu te desculpo mamãe, você sabe que eu não consigo ficar brava contigo.

Ela beija minha cabeça enquanto meu pai entra na sala.

-Eles chegaram, está na hora.

Minha mãe pega minha mão e me leva até a porta, vejo meu pai conversando com um homem e depois vindo na nossa direção, ele se abaixa e fala:

-Desculpa seu pai, mas foi preciso, você irá entender, nunca se esqueça de lutar minha filha, você é forte.

-Papai, por que todo mundo esta se desculpando hoje?

Ele não fala nada, somente abaixa a cabeça e me pega no colo, caminha comigo até a calçada de nossa casa e me entrega para aquele homem,  começo a chorar e me debater, gritando, dizendo que queria minha mãe. A mesma corre até mim e diz no meu ouvido que eu posso confiar naquele homem.

Paro de chorar e o homem me coloca dentro do carro, logo entra também e olha para mim, sorrindo.

-Bem vinda. 

Olho pela última vez para minha mãe, que estava abraçada em meu pai, os dois choravam. 

O caminho foi longo e o silencio era assustador. Estava encolhida no banco quando o homem olhou para mim.

-Não precisa ter medo certo?

Respondi que sim com a cabeça. 

O carro parou de andar e eu olhei pela janela, vi um prédio enorme. Logo que entramos fui levada a um quarto, que tinha somente uma cama e um armário. Logo chegaram muitas pessoas, fui deixada na cama, e as pessoas me cercaram. Senti uma pequena dor no meu braço, quando olho vejo uma injeção, não da tempo de gritar ou chorar, não estava sentindo mais nada, logo apaguei.

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