Curiosidade

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Ficamos o resto da manhã e uma parte da tarde treinando, e como o teste seria as 17:00 decidimos procurar algo para comer, pois já passava das 14:00 é como diz um provérbio brasileiro "Saco vazio não para de pé", saimos da sala de treino a procura de um refeitório, ou alguma maquina de sanduíches enquanto procurávamos passamos em frente a uma sala onde estava tocando Ma City e Gabi logo diz:

- Vamos dar uma olhadinha pra ver quem tá aqui? – diz ela, tentando fazer cara de inocente mas falhando.

- Até parece que não sabe quem ta ali né – diz Lu.

Mas como nossa curiosidade e maior que tudo abrimos a porta. Conseguimos ouvir só o barulho de musica e de sapatos no chão, pois pra ver onde eles estavam teríamos que passar pelo "mini corredor do terror" como eu decidi nomea- lo. Ninguém das meninas sabia, mas eu e o escuro não éramos bons amigos. Vou na frente por que quero logo descobrir onde está a luz e assim que vejo um rastro dela encurto meu passo.

Olho pra sala e vejo os sete garotos ensaiando, todos estão suados por que assim como nos acho que eles não pararam de ensaiar desde cedo. O primeiro que reparo e V, ele estava la todo concentrado na sua dança e nem percebe que esta sendo visto. Percebo que ele tem uma mania bem sexy de umedecer os lábios, aquela mania me faz ter pensamentos meio estranhos e começo a cogitar a idéia que preciso realmente sair mais.

Ouço um murmúrio atrás de mim, e de repente estou no chão com três garotas em cima de mim, e posso dizer que não e nada bom. De repente a musica parou e vejo pares de pés ao meu redor, tudo que consigo pensar é " Queria estar morta" nesse momento, ou no mínimo cavar um buraco ate de volta ao Brasil.

Sinto que o peso acima de mim vai diminuindo mas não consigo olhar pra cima, nesse momento sinto como se tivesse enfiado meu rosto em brasa quente e não quero ver o quão ruim a situação esta. Sinto uma mão em meu ombro e pelo toque consigo perceber que não e nenhuma das meninas, afinal, não e que eu sentisse essa eletricidade quando elas me tocam. Só torcia para que não fosse o garoto, mas meus medos estavam corretos e quando olho pra pessoa que esta segurando o meu ombro o garoto esta a poucos centímetros do meu rosto e preciso me lembrar como é respirar depois de olhar para aqueles lindos olhos castanhos e para aquela boca que nesse momento esta me perguntando.

-Ahn – diz ele passando a mão livre nos cabelos "meu Deus que cabelos lindos"penso – Tá tudo bem? – diz ele evidentemente sem graça, o que e muito fofo por sinal.

O olho por alguns minutos até processar a pergunta e perceber a minha situação. Estou no chão da sala de ensaios de bruços e com varias pessoas esperando eu me levantar, inclusive o manager deles que me olhava como se eu estivesse sendo trazida de outro planeta. Me levanto e bato as mãos nas roupas, olho para o garoto que e uns bons 30 cm mais alto que eu e digo – Sim, estou bem, obrigado. – digo.

Procuro as meninas e percebo que estão todas num canto fazendo pra mim um sinal que significa mais ou menos "DEU MERDA" e penso em uma maneira de sair dessa.

- A gente só estava procurando a cafeteria – digo inocentemente.

- Então uma sala escura e com musica alta agora parece uma cafeteria? – diz o garoto dos cabelos verdes, com uma cara de ironia.

Juro que quis estrangular esse garoto quando ele disse isso. Mas fui mais forte e contei até mil mentalmente e disse.

- Na verdade não, mas como vocês são nossos sunbaes, pensamos que talvez vocês poderiam ajudar. – digo segurando o máximo possível minha ironia e raiva.

- A cafeteria e no primeiro andar, no fim do corredor - diz V, e eu o olho e sorrio em agradecimento, mas no mesmo momento me arrependo, pois ele me da um sorriso que se eu estivesse sozinha com ele naquela sala provavelmente já teria pulado nele e dado um beijo. Meu Deus, tenho que sair, o mais rápido possível!

Vou até as meninas e digo – Obrigado pela informação, agora a gente já vai indo – digo, mas quando chego perto do corredor, me viro bruscamente e digo – ah, nos desculpem – digo fazendo o sinal de reverencia.

Gabi faz um coração com as mãos pra eles, o que arranca uma risada do menor quando estamos saindo.

- Ufa – digo fechando a porta. 




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