Era 14 de junho, o dia estava ensolarado e com longas e perturbantes buzinas de carros na avenida, enquanto Caroline vestia suas pantufas cor de laranja em seu apartamento novo que seus pais haviam lhe dado.
Rastejando os pés pelo chão algo lhe tocou novamente a cabeça, mesmo depois de anos de tratamento psicólogicos, o que havia acontecido com sua família? Será que algum dia teve sequer uma? Será que teve um animal de estimação? Eram muitas perguntas que queria fazer, segundo seus pais adotivos, na papelada sobre si não citava qualquer coisa sobre os pais, que haviam somente deixado-a dentro de uma pequena cesta na porta de um orfanato.
Enquanto cozinhava os Bacons e esquentava a água para o café, escutava a televisão que noticiava mais um assalto durante a madrugada, o que já não seria novidade, mas ela não parava de pensar sobre sua família e que distraidamente, derramou a água que por sorte ainda estava fria sob seu corpo, "Droga" foi a primeira coisa que saiu sobre sua boca enquanto cerrava os dentes a procura de um pano para limpar o chão e o corpo encharcados.
Ao descer até o portão para ir ao seu novo emprego, viu um homem, pálido de olhos negros que a encaravam, usava um moletom com capuz da mesma cor negra fulminante de seus olhos, mas logo passou um ônibus em frente ao banco que o homem estava,e que ao sair o homem não estava mais lá, o que deixou Caroline pálida de medo.
Foi caminhando até a parada de taxi, onde um taxista abriu a porta gentilmente para ela entrar, "Obrigada" disse Carol com os lábios secos, "É... o local é o escritório time square, fica na avenida das laranjeiras..." disse Caroline novamente mas dessa vez mais trêmula. Alguns minutos depois, o taxi parou "Aqui está o dinheiro, 12,50 !", "Vai uma gorjetinha?". Logo em seguida ela tirou uns papéis plásticos de dentro de sua bolsa, e foi descendo do carro escutando o motorista reclamar por serem balinhas.
Ao descer do carro, sentiu um vento bem forte arrepiar seus cabelos negros, saltou do carro e empurrou a porta de vidro prateado, era um escritório bem bonito com matizes vermelhas e brancas destacando-se na sala principal, haviam 3 pessoas sentadas no sofá encarando-a, deviam ser as pessoas que iriam ajudar a conhecer o local, uma moça de vestido branco e cabelos louros e longos se levantou rapidamente e logo em seguida disse: "É Caroline, certo? Sou a Alice sua talvez futura amiga e mestre em computação, e... e..." logo ela foi atrapalhada por um homem, tinha uma barba mal feita e cabelos castanhos escorridos sob a testa. "Vai com calma Alice não queremos assustar a novata de primeira. A proposito sou o Richard, prazer". Logo depois uma garota de cabelos ruivos com uma franjinha tirou os fones de ouvido e começou a se apresentar enquanto mascava chiclete "Sou a Roberta, mas pode me chamar de Robbie, e infelizmente trabalho nessa espelunca como garçonete, Argh!"
Passaram-se uns 20 minutos e finalmente haviam terminado de apresentar o local de trabalho, tenho que realmente afirmar que o local era perfeito, não havia som de buzinas perturbantes em seus ouvidos, não haviam crianças mal educadas como no seu antigo emprego, que tinha que vestir uma fantasia de batatas fritas e além de tudo, crianças empurrando-a e até mordendo.
Caroline saiu andando em passos rápidos até sua sala, que era a última do corredor, era totalmente branca com um abajur vermelho, um computador da Apple e uma cadeira vermelha brilhante, tinha um frescor de framboesa a sala, que tinha uma janela que por sua sorte, mostrava o parque da cidade onde só se ouvia o cantar dos pássaros.
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Em busca da verdade
Mystery / ThrillerCaroline era apenas uma bebê quando foi adotada pela família Green. Hoje aos 20 anos, ela corre por uma busca implacável a procura do que realmente aconteceu com sua família biológica, e logo ela irá descobrir coisas nem imagináveis por sua cabeça.