Meus amores... Capítulo fresquinho... Dêem estrelinhas, comentem, indiquem... Vocês são o melhor selo de qualidade que um escritor pode ter.
E obrigado pelo carinho para com meus trabalhos... Bjinhos e uma maravilhosa leitura......
Não voltei a ver o médico do Piter. Como esperado, ele se recuperou bem, no dia marcado pelo doutor ele foi a consulta sozinho. Me falou que eu não precisava acompanha-lo, pois sabia que tínhamos uma reunião importante com um novo autor, bastaria ele ir e logo retornaria. E foi assim que aconteceu. Devo confessar, foi com alívio que o deixei ir sozinho. Aqui entre nós, prometi a mim mesma não voltar a ver o médico delícia. Indignada com minha postura, não fique, te explico.
Chega uma fase da vida que a experiência te faz criar um detector de furada. Isso mesmo, como aqueles dos aeroportos que detectam drogas, armas e tudo. Tenho isso em mim, basta olhar para o bonito e pronto sei no que vai dar. Tudo bem, há momentos em que me permito, afinal não sou santa e nem de ferro. Mais não quero nada com o delicioso médico. Não mesmo.
Piter continuou com os cuidados e retornos ao médico durante o tempo que se seguiu e tudo ia melhor do que esperávamos. Dias depois retomou sua rotina em nosso escritório e claro sua alegria era tamanha que decidiu comemorar unindo, jantar e depois esticar até uma boate, passar a noite dançando e muito. Combinamos com os amigos de sempre e lá estávamos nós, exorcizando nossos problemas, suados e totalmente felizes, entregues a mais pura inércia que a música alta, as risadas nos causa. Alheios a tudo e todas, coisa difícil de acontecer com meu amigo, que tem a necessidade constante de estar com uma mulher enlaçada a suas calças. Mas hoje me prometeu que nada de bonitas, sería só com os amigos.
Alguns bonitos se atreveram a tentar chamar minha atenção. Também, não peguei leve. Coloquei um vestido tubinho preto rendado que deixa minhas costas de fora e aquele meu salto agulha 15cm vermelho. Carreguei na maquiagem bem marcada e batom vermelho bombeiro para finalizar o look.
Piter ria, a cada hora despachava um. Ele também estava de tirar o fôlego. Calça preta bem agarradinha dando um maior deslumbre da sua bundinha empinadinha, camisa social preta com riscas brancas bem fininha marcando seu corpo bem trabalhado, um colete sobre posto e claro um sapato italiano fechando tudo. Se ele não fosse meu amigo?!? Mas nem pensar, Piter é irmão. Já tentamos e somos perfeitos assim. Havia várias garotas dando em cima dele descaradamente, mas havíamos combinado que nada de terceiros em nossa noite.
"Bonito, esse lugar está perfeito!" - falei alto e perto do ouvido de Piter para que ele me ouvisse.
" Nem me fala bonita... Viu só a coleção de telefones que já tenho "
E dizendo isso me mostra o chumaço de papeis do bolso.
"Olha aqui a quantidade de cartões"
Mostrei para ele os que havia guardando em minha carteira.
"Pois é bonita, pena que combinamos em 'noite de amigos'"
Tadinho, sei que já havia sacrificado um bocado comigo e achei por bem modificar as coisas.
"Quer mudar?!? Pra mim tudo bem... Já já vou pra casa e o tempo que ficamos juntos foi muito bom. Sabe que sou seletiva quanto a isso, pra mim... agora, pra vc... podemos rever essa regra"
"Sério???"
"Claro HF... Vai lá, vi que você não tira os olhos daquela morena tipo slim. Só não esquece de plastificar bem seu brinquedinho, sem riscos, por favor!"
"Sempre Angel"
Piter me deixou não antes de me abraçar bem forte e dar um beijo, me desejando uma boa noite. Sei que ele logo logo estaria indo para a casa da morena e claro, brincando muito com ela. Somos muito diferentes quanto a isso, enquanto sou comedida, seletiva até, Piter é o inveterado 'galinha', bateu as sombrancelhas pra ele, tá correndo sem se importar.
Ri sobre meu pensamento. Outros caras se aventuraram quando perceberam que Piter se foi. Mas eu não estava a fim de sair com ninguém. Como sempre me ocorre, tenho consciência de que ser assim é uma merda, mas não me culpo ou me cobro, foi dessa forma que consegui continuar caminhando e assim me permito seguir em frente.
Foi-se a época em que sair acompanhada era algo primordial. Não que possa não acontecer. Mas ou eu me tornei exigente demais ou os caras são uns chatos e sem graça. Porque está difícil de encontrar alguém agradável, de boa aparência, descolado e que tenha um bom papo.
Caminho até o bar, vou pegar uma garrafa de água e pegar um táxi. Me dou por satisfeita e agora o que mais quero é dormir, passar meu sábado em casa sem fazer nada, talvez apenas lendo alguns dos espelhos que tenho para a semana. Nada muito complicado ou cansativo, afinal é sábado.
Enquanto aguardo o bartender pegar minha água me viro para procurar Piter e dizer que estou indo. Quando o encontro, claro que ele esta com seu braço preso na cintura da morena slim. Mas espera, há alguém conversando com ele e droga, logo agora quando estou olhando Piter olha pra mim, mostrando para pessoa onde estou. E merda... Mil vezes mil merdaass... Por todas as merdas que há num galinheiro... Não seria pior, olha isso... E agora... Piter me paga... Urghhh....
Ele aqui... Pior ainda... olhando pra mim com um meio sorriso no rosto... A Muralha codinome doutor-delicia-que-faz-calcinhas-derreterem-sem-muito-esforço... Ele Dr. Palmer!!! Rick Palmer... Cadê minha calcinha!!! O bonito está ainda mais lindo do que nunca, achei que isso não seria possível. Ele está de jeans e usa uma camisa branca dobrada descontraidamente, com os dois primeiros botões abertos. Está comestívelmente uma verdadeira delícia, vale ressaltar.
Ahhh não?!? Piter não está fazendo isso?!? Ele me paga, vou fazer depilação com pinça nele, ah se vou!!! Ou com cera quente ou as duas coisas alternadas, depois decido porque Ele está vindo até aqui e merda com a intensidade que me olha, tô ferrada! Nem me mexo, melhor tentar manter a naturalidade, se é que com um bonito desse há como manter. Ele não anda, desliza pelo piso, numa segurança que com certeza incomoda os outros caras. Pior é que ele não apenas consegue afetar os caras, mais as mulheres, todas param para observa-lo e claro babam por ele, chega ser ridículo de se ver. Alguns minutos depois e cá está ele na minha frente.
"Sra. Storn... Que prazer em reencontra-la!"
Não acredito que ele vai por esse caminho, mas vou dar continuidade, se ele quer assim, porque não.
"Boa noite Dr. Palmer" - resumo meu cumprimento, sem entusiasmo algum.
"Já indo pra casa?!?"
"Bem... Acho que foi o que Piter lhe disse"
"Que pena... Achei que poderíamos beber alguma coisa juntos. Tive esperança de que poderia me ensinar sobre esse fantástico casamento que você desfruta com Piter, onde a coletividade ao que me parece é algo compartilhado"
Hum... Coletividade... Compartilhado?!? Não entennn.... Espera aí, entendi....
"Bem Dr. Palmer... É de se espantar que um homem com o seu grau de conhecimento não conheça nosso estilo de vida... Que pena!"
Se gostou ou não da resposta não demonstra e continua.
"Espero que eu não esteja atrapalhando sua companhia da noite"
Como é tolo esse doutor. Sabe de nada.
" Não se preocupe doutor, estou sossegada, vim pra cá para dançar e beber algo, ou seja relaxar. Como já...
E quando ia terminar minha frase. Do nada surgiu um negócio acelerado, parecendo a Kuca quando acreditava em voar, travou a boca na boca do doutor e caracasss... Respiração boca a boca, misturada com tsunami e um ciclone juntos. Não sei onde uma boca começa e a outra terminada. Nossaaaa... O. Que. Era. Aquiloooooo!!!
Ela não deu tempo do Bonito respirar. Será que vou ter que acionar a emergência?!? Pigarreei alto o suficiente para que me fizesse ser lembrada. Porque o negócio estava ficando estranho.
Com isso ele conseguiu tirar o Catrina de cima dele. E sem jeito, começou a se recompor. Fiquei aí, porque ainda esperava minha água e claro o espetáculo inesperado me chamou a atenção.
"Nossaaaa" - exclamou ele sem graça.
"Nossa digo eu" - falei
Foi quando se deu conta que tinha platéia.
Olhou para a moça em sua frente e claro sua cara demostrava constrangimento e descrença na cena que desenrolou com ele como ator principal.
A moça bateu seus cílios na direção dele e jogou os braços sobre os ombros do doutor que com o susto correspondeu, no entanto manteve sua boca longe da dela.
Segurei o riso, era patético o que eu assistia.
"Des... Descul... Desculpa Angel" - me disse totalmente sem graça.
"Sem problemas doutor. Não se detenha por mim, vá em frente. Como te disse, encerrei minha noite"
A moça se virou na minha direção, percebendo que ele não estava tão sozinho assim. Me olhou de cima abaixo, claro que avaliando se eu era uma concorrente, seja lá para o que pretendia naquele momento, mas imediatamente após sua avaliação se recompôs e me estendeu a mão dizendo:
"Prazer, Tânia Carregam"
Segurando sua mão completei:
"Prazer Angel Collen"
Virando para ele o Catrina, ou melhor a Tânia boca nervosa, disse:
" Amorzinho, estou atrapalhando. Porque quando voltei do toalete você não estava mais onde estávamos e sai te procurando"
E dizendo isso diminui ainda mais a distância e começa a se esfregar nele como gata no cio. Que horror, estou assombrada. Será que estou velha, bem não de idade, mas sei lá, isso é tão fora dos meus padrões.
E falando isso fez um biquinho bizarro. Olha já vi de tudo e na altura da minha vida poucas coisas me surpreendem. Mas isso aqui é demais. O bartender entrega minha garrafa. Finalmente!
"Doutor boa noite para o Senhor... Como sabe estava de saída e claro não quero atrapalhar"
Aceno para a garota ao seu lado e me levanto, mas ele me segura pelo ombro me virando para olha-lo.
Viro e o encaro, olhando para a mulher ao seu lado, volto a encara-lo.
"Boa noite Sra. Storn"
Aceno saindo... Mais espera aí... Volto.
"Doutor"
Ele me olha esperando algo, não sei bem o que mas preciso corrigir algo definitivamente.
"Já sabemos que Piter não manteria a história, antes de mais nada, deixe eu me apresentar devidamente. Prazer, Angel Collen, melhor amiga e sócia do seu paciente Piter, como bem sabe"
E dizendo isso saio. Não tenho paciência para essas frivolidades.
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Enquanto Caminho
Romance"Minha vida sempre foi cheia de escolhas como a de qualquer mulher, principalmente aquelas que querem vencer por si só em um mundo não muito disposto a facilitar as coisas. Sempre tive a enorme sorte de nunca estar realmente sozinha. Nos surpreend...