Amor Por Contrato

Amor Por Contrato - Prólogo

Todo capítulo terá uma música!
Música: Turning Tables - Adele

Prólogo

Acordo como sempre no hospital. Dês de que a minha mãe descobriu que tem leucemia, quase nunca saio dele. Esse lugar tinha virado praticamente a nosso lar. Me sento no duro sofá. Minhas costas como sempre doloridas. O móvel era muito desconfortável e eu sempre ficava cheia de dores. Porém, por ela faço qualquer coisa. Minha vida se baseava nisso: dormir um dia com a mesma minha no hospital e no outro dia com a minha irmã mais nova em casa. Enquanto eu ficava no hospital, nossa vizinha, Maia, cuidava dela.

- Srta. Carvalho – o médico me chama entrando no quarto, tirando-me de meus devaneios.

Ninguém em Londres conseguia pronunciar meu sobrenome certo. Talvez por ele ser de origem Brasileira já que a minha mãe é de lá.

- Eu – respondo, levantando imediatamente.

- Lamento lhe informar, mas a sua mãe está em um estado crítico. – informa.

- Isso eu já sei – respondo segurando as lágrimas.

Era horrível saber que a minha mãe estava morrendo e eu não podia fazer absolutamente nada.

- A única coisa que pode mantê-la viva, são injeções.

- E que injeções são essas? – Questiono. Odeio quando as pessoas enrolam.

- São próprias para pessoas com leucemia. Como a sua mãe está no último estágio da doença, as injeções servirão para atrasar o pior. – explica.

- E quanto elas custam?

- Esse é o problema. Elas custam 2500 dólares. E sua mãe terá que tomar três delas por dia.

- O que? Eu não tenho dinheiro direito nem para pagar uma blusa e você fala que as injeções custam 2500 dólares! – exclamo.

- Olha Julie, podemos fazer o seguinte, eu negocio com o hospital e você paga quando tiver o dinheiro ok? – ele propõe.

- Obrigada, Adam. - agradeço.

- Sua mãe salvou a minha vida, era o mínimo que eu posso fazer por ela. Eu até pagaria as injeções, mas não tenho dinheiro para isso.

- Tudo bem, Adam. Obrigada por tudo.

- Eu que tenho que agradecer, se não fosse por sua mãe, eu não estaria aqui hoje.

O Adam era um garoto de rua quando mais novo, minha mãe o acolheu e o tratou como um filho. Graças a ela ele é médico.

*

- Mia, eu não sei o que fazer! Não consigo esse dinheiro. – desabafo para a minha amiga.

- Eu posso lhe dá-lo. – propõe.

- Não, Mia! Eu quero conseguí-lo. Porém nenhum emprego dá salários altos por só ter concluído o ensino médio e feito alguns cursos.

- Na verdade existe um – diz.

- Ei! Eu não vou me prostituir! – exclamo assustada.

- Não! Estão procurando uma garota para ser namorada do Louis da One Direction onde meu pai trabalha.

- Eu não quero namorar, e sim trabalhar!

- Você vai ser namorada dele por um contrato! – explica.

- O quê? Não, você só pode estar louca! Eu não vou ser namorada de um garoto mimado de uma bandinha! Eu NUNCA iria aceitar isso...

- Julie Carvalho – me chamam para fazer o teste.

Calma Julie, você está fazendo isso pela sua mãe e pela sua irmã. Você consegue! – penso.

Eu não acreditava que tinha aceitado essa ideia estúpida, porém, como eu havia dito, Eu faria qualquer coisa pela minha mãe. Levanto da cadeira de espera e vou até a sala, onde cinco pessoas me aguardavam sentadas em uma cadeira com um tablet na mão.

- Se apresente – uma das mulheres se pronuncia.

- Meu nome é Julie Carvalho, eu tenho 22 anos. Terminei a escola e fiz alguns cursos, mas nenhuma faculdade. E moro com a minha mãe e minha irmã mais nova nde Londres. – falo.

- Por que está fazendo esse teste? Quem te indicou? – agora foi a vez de um dos homens se pronunciar.

- Eu estou fazendo esse teste porque minha mãe está com leucemia e eu preciso de dinheiro para pagar as injeções dela senão ela morre. E uma amiga minha que o pai dela trabalha aqui me indicou – depois das minhas palavras, todos me olharam com um olhar de pena. Se você falar da sua mãe, tem mais chances de você passar – lembro das palavras de Mia.

- Fala alguma língua sem ser inglês?

- Sim, português eu falo fluente já que a minha mãe é brasileira e eu falo um pouco de alemão e francês.

- Bonita, corpo estrutural, fala algumas línguas... É você tem chances. – comenta uma das mulheres que até agora permanecia quieta.

*

- Meninas, normalmente demoramos um tempo para escolher, mas desta vez escolhemos na hora mesmo. A futura namorada de Louis Tomlinson é – ela faz mistério. Meu coração batia em um ritmo acelerado – a Britney Smith!

Eu não sei por que eu acreditei tanto que iria ganhar. Estava na cara que não, mas eu insisti em me iludir. Para voltar para casa não peguei táxi, ônibus ou metrô, estava indo a pé. Comecei a sentir leves gostas de água, que foram se tornando mais intensas. Era só o que me faltava, uma tempestade. Corri para a cafeteria que ficava a um quarteirão. Chegando lá, sentei na mesa mais afastada que tinha. Minha roupa estava toda encharcada. De frio, comecei a bater os dentes. Peguei meu celular e liguei para a Mia, mas a mesma não atendeu. O que me restava era esperar a chuva parar e ir para casa.

- Posso sentar com você? – Um homem pergunta.

- Pode – respondo sem muita empolgação.

- Você está bem? Está toda molhada.

- Não, eu não to bem. Minha mãe vai morrer por que eu não passei na merda de um teste que eu iria ganhar dinheiro para conseguir pagar as injeções que ela precisa. – desabafo.

Eu não estava ligando se ele podia ser um estuprador, assassino, louco... Eu só queria alguém para desabafar. Um amigo. Depois que eu descobri que a minha mãe estava com leucemia, me afastei de todos os meus amigos, menos da Mia, pois ela insistia em ficar ao meu lado.

- E que teste era esse? – pergunta.

- Um teste aí para ser a namorada por contrato de um garoto mimado de uma bandinha.

- Quer chocolate quente? – oferece.

- Quero.

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Muito ruim? Razoável? Minúsculo? Enfim, quero a opinião de vocês. Ficou pequenininho porque é um prólogo apenas. Se tiver algum erro não hesitem em me avisar, ok? Críticas, elogios... São sempre bem vindos. Vote na história, comente... Provavelmente vou postar um capítulo por semana, porém, se tiver um feedback bacana, posto ainda hoje. Quem sabe todos os dias? Hahahahah.

Doces,
Jú.