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Nau
Abro os olhos e vejo um céu azul tão próximo que poderia tocá-lo. A sua cor intensa atrai o meu olhar... Tenho vontade de saltar no meio desse mar de paz, silêncio e segurança. Nuvens alaranjadas pela alvorada aparecem no horizonte. Queria poder me deliciar nessa calmaria.
O barco oscila sob o meu corpo, subindo e descendo nas ondas. Levanto-me e vejo apenas água ao meu redor. Nenhum sinal de terra à vista. Ao longe, o céu toca o mar, unindo-os até formarem um só. Uma gaivota solitária voa para o seu ninho sobre o mastro. O vento sopra rumo ao sul, onde as águas são mais quentes e os alimentos mais fartos.
Ouço chamarem meu nome em um grito para que eu comece os meus afazeres. Mesmo as ordens mais rudes não tiram essa paz de mim.
O azul do céu junto ao azul do mar me acalmam. As nuvens e o vento me trazem a felicidade. Trovões, neblina e escuridão mostram claramente a calmaria dando lugar à tempestade.
***
Ondas arremessam o barco como se ele fosse de brinquedo. As enormes gotas geladas, ferozes, atingem meu rosto e fazem com que os fios do meu cabelo grudem na testa. Mais uma onda e estou aqui. Travo uma batalha contra a tempestade. Uma batalha perdida, eu sei...
A água entra por todos os lados. O barco repousa no fundo do mar, onde há paz, mas ainda estou aqui. Um pedaço de madeira me sustenta. Tão frágil somos nós, tão pequenos, nunca prontos para o fim. Podemos não saber, mas tudo o que esperamos é deitar nos braços da terra onde vivemos.
Meus pulmões se enchem com a água salgada do mar. Largo a esperança que me mantém, rogo para que outro a encontre e seja mais forte do que eu. Talvez eu finalmente ache aquela paz com a qual sempre sonhei.