Capítulo 48 : Beijo Evitado

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"Folhas verdes caem no jardim
Coisas que começam pelo fim
Como chuvas de verão
Caindo em outra estação
Aonde quer que eu vá
Um dia tudo volta para o seu lugar
Um dia vai ficar como devia estar
Vai ficar como devia estar.(Como devia estar - Capital Inicial)

Alessa: " Ah.. Desculpa." Disse com desdém desviando de Castiel, saindo de lá rapidamente, e triste, Castiel não era mais o mesmo, ela não conseguia liberar dele aquele olhar doce, pois estava totalmente bloqueado.Seu peito mais doía, mais que sua cabeça, suas lágrimas caíam. Como se aquele Castiel morresse.Seu lugar era acolhedor, mas que carregava lembranças felizes.Aquele muro que ela adorava ficar, quando queria se isolar do mundo.
Castiel se arrependeu amargamente de ter sido duro com Alessa.. Dava um nó na garganta, dava vontade de chorar,mas lágrimas caía em seco.Superficialmente era blindado de ferro, mas por dentro.. era totalmente frágil, sem confiança.
Castiel: "Ah não." Disse baixo, para si mesmo, irritado.Ele hesitava em ir atrás dela,mas suas pernas perdiam a vontade, sua coordenação impedia, seu lado Castiel inseguro que ainda comandava.

Ela não sabia o que fazer, não conseguia esquecer, sua visão perdia a nitidez, com lágrimas escorrendo, sem parar.
( Droga.Mais um garoto acabando comigo. Que ódio. Isso nunca vai se repetir) Pensava, sentindo-se muito mal.
Era a gota d'agua para Alessa, a decepção enorme, ela passava a concluir que aquilo que viu ontem era verdade mesmo. Castiel e Vanessa formavam um casal. Não era imaginação de sua cabeça , aquilo era verdade.
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Nathaniel fazia a conjugação dos verbos, ele parou e virou para trás , para ver Alessa estava bem, mas ela não estava lá.. Ele olhou em volta, preocupado.
Nathaniel: "Cadê Alessa?" Perguntou para o professor, que se sentava perto dele
Professor: "Ela pediu para sair, não estava bem. Aliás, até agora ela não voltou." Disse, olhando para seu relógio.
Nathaniel: " Como? Vou atrás dela." Disse, se levantou e saiu disparado á procura de Alessa.Corria feito um maluco,olhando em volta, desceu as escadas rapidamente e deu a volta em todos os corredores.Gritou pelo seu nome , na porta dos banheiros femininos, mas só dava ecos, havia ninguém, tudo estava vazio.Após procurar naquela vasta escola, a preocupação aumentava, ele foi para o pátio da escola, encarou Castiel que estava sentado no banco, distraído. Aqueles passos barulhentos fez o Castiel o ver, que não parecia entender o que Nathaniel faria no pátio em horário de aula.
Alessa enxugava as lágrimas, tentava erguer a cabeça e seguir em frente,desceu daquele muro e foi dar uma volta, em lugares que nunca andou antes, aquela escola era mais vasta que seus olhos podiam ver e imaginar. Enquanto caminhava, lágrimas insistiam em cair.Sua mão é posta aos olhos, enxugando-as rapidamente, para ninguém notar aqueles olhos vermelhos.O azul estava acinzentado, sem aquele azul que dava vida naquele rosto.Tudo perdeu a cor, tudo perdeu o sentido,tudo era nada.Nada era o que ela via, sentimentos bons ausentes, tudo era dor, tudo era solidão, era fraqueza.Flashes de coisas mais tristes passavam naqueles olhos. Júlio, sua maior decepção,o motivo de ter se fechado para o mundo do amor, mas Castiel estragou aquela barreira, desbloqueou, quebrou todas as barreiras.
Sua vontade era de sumir, sair daquele colégio e nunca mais voltar,aquele mundo não a pertencia ,ela um lugar que nunca deveria estar. Uma música estava em sua mente.

"I thought I saw a man brought to life
He was warm he came around
Like he was dignified
He showed me what it was to cry

Well you couldn't be that man I adored
You don't seem to know or seem to care
What your heart is for
I don't know him anymore

There's nothing where he used to lie
My conversation has run dry
That's what's going on
Nothing's fine
I'm torn"
Torn- Natalie Imbruglia

Era o que a traduzia naquele momento. Ela estava se sentindo dilacerada, sem fé no amor alguma, não parecia existir, é um sentimento de ilusão.
O vento gelado batia em seu rosto,era a única coisa natural e verdadeira que sentia. O contato físico que era verdadeiro, única coisa que poderia acreditar.
Uma mão toca em seu ombro, uma respiração forte dava para ser ouvida, depois de tanto correr para procurar.Nathaniel estava mais tranquilo.
Nathaniel : "Alessa, você tá bem?" Disse próximo de seu ouvido.Alessa rapidamente limpa suas lágrimas, para parecer que estava normal
Alessa:"Estou bem, só não aguentava ficar na sala de aula." Respondeu com a cabeça baixa. Nathaniel puxou-a para virar.
Nathaniel: "Estava chorando?" Olhou profundamente naqueles olhos sem vida. Ele queria transmitir carinho.
Alessa: "Era do vento.. Meu olho é sensível." Tentava omitir o que realmente sentia.
Nathaniel: " Você parece triste, Alessa." Ele a tocou no ponto mais sensível com aqueles olhos. Ela segurou firme as lágrimas.
Alessa: "Não é nada." Balançou a cabeça negativamente, bem leve.
Nathaniel: "De qualquer maneira, não gosto nada de te ver assim." Se aproximou mais de seu rosto.Suas mãos...aquelas mesmas de ontem acariciavam seu rosto.Alessa estava prestes a se entregar, por justa fraqueza.
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Ela tinha alí tudo que precisava, ela procurava um novo mundo para sorrir, Nathaniel era esse mundo, ao pegar em sua cintura e puxando para mais perto, para os lábios mais uma vez se encostarem. Nathaniel estava certo do que faria, mesmo sendo em um lugar proibido como a escola, mas valia a pena naquele momento, que era tão bom,era uma sensação maravilhosa de tê-la por perto mais uma vez, daquela vez não parecia que ía escapar.Ele aproveitava o momento "pré-beijo" , sentindo o calor daquele corpo que ele desejava e sonhou naquela noite passada.Os lábios se encostam, porém eles foram interrompidos por gritos histéricos de Ambre. Nathaniel e Alessa se afastam
Ambre: " Nathanieeeeeeeeeel." Gritou, para a irritação dele.
Nathaniel: "Precisa gritar?"O tom de voz mudou, para mais bravo.
Ambre: "O que faz com essa daí?" Disse, apontando para Alessa.
Nathaniel : " Essa daí tem nome. Alessa. Pára de ser infantil."Estava inconformado.
Alessa: "Não liga não, eu vou indo." Disse Alessa, saindo de lá.Ela deu voltas até ter Castiel de vista.Nathaniel ía atrás dela.
Nathaniel: "Alessa, espera.." Dizia, Castiel assistia tudo.Ambre estava também atrás de Nathaniel.
Ambre: "Nathaniel, deixa essa idiota em paz." Dizia irritada.Nathaniel não deu ouvidos e insistiu em ir atrás de Alessa.
Castiel bufou ao ver Ambre naquele estado.
Castiel: "O que foi, hein? Consegue gritar mais que o Kurt Cobain."Tirando agressivamente os fones de ouvido.
Ambre: "Nathaniel na cola da Alessa.. Eles não se desgrudam.. Ele quase beija ela. " Irritada, Castiel fica surpreso.
Castiel: "Como? " Não parecia entender e acreditar
Ambre: "Sim, pra começar, ontem ele levou Alessa para casa e tomaram chuva juntos." Disse, antes de dar mais um rugido de raiva.
Castiel: "Nathaniel que levou Alessa para casa?" Se levantou do banco.
Ambre:"Sim, e quer mais? Vejo o Nathaniel dando quase amassos na Alessa agora mesmo. Tá vendo o meu motivo de fúria?" Disse e saiu, gritando o nome de Nathaniel.Castiel explodia de ciúmes.
Castiel: "Como que ela dá trégua para esse loiro azedo?" Resmunga, tacando os seus fones no banco.
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Nathaniel : " Alessa, espera, por favor." Disse, enfim, segurando seu braço.
Alessa:" Está tudo bem, Nathaniel.. " Respondeu.
Nathaniel: " Desculpe pela minha irmã..Eu.." Foi interrompido.
Alessa: "Não foi nada, eu não suporto gritos, minha cabeça explode só de ouvir a voz da sua irmã."Pondo dedos das duas mãos massageando a testa.
Nathaniel: "Tem certeza que quer ficar? Ainda nem chegou o intervalo." Preocupa-se
Alessa: "Tenho certeza, eu aguento sim. Obrigada." Sorriu, sem esquecer que ela já esteve no ponto de ser beijada por ele.
Nathaniel: "Eu vou pra sala, mas eu acho que vou voltar sem você. "Disse, pondo suas mãos nos cabelos negros. Ele deu um beijo na testa, e saiu.Alessa continou alí, no clube de Jardinagem, sentada em um muro que tinha lá. Uma voz ela ouvia.
Castiel: "Tá dando mole para o loiro, não é?" Dizia sarcástico.
Alessa: "E se eu der? " Respondeu seca.
Castiel: "Seria uma surpresa, não esperava isso de você." Disse ríspido.
Alessa: "E eu falo da sua vida? E eu quero saber da sua vida? Pelo jeito adora fofocar também, né?"Respondia grosseiramente.
Castiel: "Ah...Então é assim , não é?" Irônico.
Alessa: "Desde que você foi grosso comigo agora pouco.Grosseiramente sou tratada, com grosseria eu vou tratar."Fechou a cara.
Castiel: "Uau, essa é a verdadeira Alessa Verona? "
Alessa: " E se for? Quer saber o quê de mim?" Virou, andando em sua direção, encarando.
Castiel: "Nada, só fico vendo como ficam as pessoas com o tempo..As máscaras caem."Se aproximou também para encarar.
Alessa: "Que ótimo. A máscara só cai para quem merece. Muito prazer, velho Castiel." Insistia naquela rebeldia, enfrentando de igual para igual.
Castiel: "Prazer todo o meu." Sorriu de canto, ironicamente. No fundo ele gostaria de olhar no fundo daqueles olhos azuis e dizer "Te amo" , mas era muito difícil, ele não gosta de confessar o que sente, era um homem de lata, com o coração totalmente imune. Mas se derretia ao ver e pensar nela.
Alessa: " Vou indo, estou muito cansada dessa conversa." Disse, pondo suas mãos à cabeça, aquela dor se tornava mais insuportável , junto com aquela dor forte no peito.
Castiel: "Passe bem.. Haha." Aquele sarcasmo e irônia, camuflando aquele intenso amor. Mais uma vez Castiel perdia um round.

Uma Doce Rebelde - Amor DoceOnde histórias criam vida. Descubra agora