Tudo outra vez?!

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"Eu estava gritando, tentando conseguir respirar. Não dava eu não conseguia, doía, eu me sentia estranha e desesperada quando eu começo a melhorar. Minha mãe tinha me acordado, outro ataque de asma, eu tinha praticamente toda noite mas esse tinha sido diferente.

- Mamãe, cadê o papai?- perguntei com medo de saber a resposta, ela me abraça forte e então me fala o que eu nunca quis escutar," seu pai morreu minha filha".

Varias lágrimas saiam sem parar de meus olhos, mamãe me olhava tentando me acalmar impossível, ele estava desaparecido a mais de um mês, mas para mim ele ainda estava vivo eu o via sempre em meus sonhos. Eu comecei a gritar e a janela estourou, minha mãe ficou com um corte na mão então eu chorei mais, peguei sua mão e apertei ela me olhou com dor mas logo passou eu tinha a curado. "

Eu então acordei, mais uma lembrança que eu queria esquecer, minha avó estava tentando me acordar no carro a algum tempo então agradeci mentalmente por isso, ela sorrio fraco e me abraçou pagando o Táxi.

- Minha querida, eu sinto muito pela sua mãe- fala e eu fico calada.

- Eu também sinto- falo fria e grossa, sabia que ela não tinha culpa, o único culpado era ele meu pai.

Se meu pai não fosse como eu, minha mãe nem meus amigos estariam mortos agora, eu provavelmente estaria correndo no jardim com Zeus meu pastor- alemão e Erik meu namorado ou melhor ex-namorado.

Eu os matei, mas não sozinha, foi graças ao Sr: Maxuel Valentino o chefe da O.P.P.E( Organização Para Pessoas "Especiais") aonde tudo começou, aonde eu descobri o que sou de verdade o que nunca quis ser.

Minha querida avó me tirou de meus devaneios me pedindo para entrar. Me levou para um quarto de tamanho médio e uma cama de casal, avia uma televisão LCD de 42 polegadas e um computador na escrivaninha.

Eu me sentei agradecendo por me deixar sozinha. Eu peguei minha mala com as minhas poucas roupas e comecei a arrumar no guarda roupa, quando fui tirar uma blusa acaba caindo uma foto minha com a minha mãe, uma lágrima escorre a seco e volto a fazer o que eu fazia antes.

Depois de terminar de arrumar tudo eu me deitei pegando um cobertor dentro so guarda-roupa quando escuto ela me chamar para ir comer. Já era 20:30 meio tarde de certo modo, fazia algumas horas que eu não comia nada então desci.

- Quer alguma ajuda?- chego perguntando, ela diz que não e me entrega um prato de lasanha. Sorrio fraco ela sempre soube que eu amava lasanha.

- Então minha querida eu já lhe escrevi no novo colégio ele é perto do trabalho de um amigo da família e o filho dele estuda lá, vamos nos encontrar amanhã para ver como vai ser- a olho sem entender muita coisa.

- Eu vou ir com eles para o colégio? - pergunto e ela confirma. Eu não queria acreditar, isso tudo só melhora.

Terminei de comer e fui para o meu pequeno quarto e fiquei olhando para o teto, estava cada vez mais difícil me olhar no espelho e para piorar eu me sentia cada vez pior por não conseguir olhar direito para minha avó. Eu sei que ela não tinha culpa mas o filho dela tinha e isso me deixa com raiva.

Aos poucos meus olhos começaram a fechar cada vez mais acabei dormindo viajando em meus pensamentos e lembranças.

" Eu estava correndo rápido e rindo, Fellip corria atrás de mim também rindo, eu o olhava e gargalhava como eu gostava de estar com ele, me fazia rir sempre mesmo quando eu me sentia mal.

Paramos de correr cansados já e suados, me sentei na grama de meu imenso jardim e ele se juntou a mim.

- Como é divertido aqui - fala sorrindo e eu sorrio.

- Muito, antes quando eu era pequena me sentava aqui só para poder observar. É grande e sempre que procurava achava uma coisa nova para fazer - falo me jogando para trás, Fellip se deitou ao meu lado e começámos a observar as nuvens.

Fellip um garoto que como eu era especial, praticamente meu único amigo que sabia de meus dons, ele era divertido e ria por qualquer coisa me fazia feliz.

Então do nada tudo ficou preto, e no final de um tipo de tunel tinha um pouco de luz corri para lá.

Chego e me deparo com o Sr: Maxuel Valentino um homem alto de olhos verdes meio azulados, pele bem branquinha como a minha e cabelos negros como as sombras.

- Coraline Peters, até que enfim chegou eu já estava ficando impaciente - fala sentando em sua mesa.

- Aonde eu estou? - pergunto olhando para os lados.

- Aonde você vai poder descobrir por que tem esses dons - fala e me pede paea sentar.

Ele me fazia perguntas sobre meus dons e me explicava o que cada um fazia além do que eu sabia.

- Tenho super força - falo por último então seus olhos brilham como diamantes a recém polidos.

Então ele levanta vindo até mim, me olhou nós olhos e sorrio dócil o que na época me parecia ser sincero.

- Você quer ficar aqui comigo - fala convicto e então uma parte de mim me diz não mas a outra a que fala mais alto diz sim.

- Sim eu quero - falo também convicta, então meu cérebro me pune, o que eu estava pensando ele me perguntava.

Ele abre um sorriso maior ainda mas dessas vez era mais perverso e assustador, eu não sabia o que fazer então ele me manda levantar e eu levanto indo com ele para uma sala toda branca."

Acordo suando frio e chorando, uma sensação de ter sido usada com medo, eu sentia só isso agora era a única coisa que podia sentir e o que me permitia sentir, peguei o relógio que estava em cima da mesinha de cabeceira e vi que era 3:45 da manhã resolvi tomar um banho quente para relaxar.

Peguei uma roupa qualquer e entrei no chuveiro ligando a água no mais quente possível, fiquei feliz por ele ser em meu novo quarto e me permiti relaxar.

Só o que eu pensava era que eu tinha que parecer normal, minha avó não ia suportar saber o que eu sou, o que o próprio filho era.

O Futuro está a Nossa Espera!Onde histórias criam vida. Descubra agora