Infelizes pedaços

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Eu amava um homem. Eu sabia que era errado, infelizmente não pude conter esse errado amor. Não tem nada errado em amar um homem, certo? Mas e o fato que também sou um? Acabei de amar um homem puro. Logo um jovem homem puro, que tem muita vida pela frente. Não como se eu fosse morrer, claro. Mas ele tinha muitos destinos pela frente. Lamento por isso até hoje. Era uma tarde. Comia pedaços de bolo em um local especial. Uma loja de bolos e massas. Nada de especial. Tirando o fato que meu amado trabalhava lá. Uma vez, estava sentado em um banco perto de um certo lugar, chorando por ter terminado com minha namorada. Este lugar era logo, uma especial lojinha para bolos e massas. O jovem que lá trabalhava, simplesmente colocou um bolo em minha frente, sorrindo amavelmente e limpando minhas lágrimas. Quando vi que ele trabalhava no local de massas. Comecei a visitar ele todos os dias em seu trabalho, tomando café e comendo bolo. Fazer o'que? Eu perco peso muito rápido. Sempre fui anêmico desde criança... E claro, um garoto muito chorão. Todos os dias e semanas ia visitar ele. Flores desabrochavam perto do local, se escondiam, e no dia seguinte voltavam a se abrir ao sol da manhã. Resolvi me confessar ao jovem garoto. Precisava esquecer o passado. Tinha duas opções. O garoto me aceitar ou ele me rejeitar e eu aceutar os fatos. Se encontramos em uma estação de trem. Era uma estação quase sem vida, tirando as flores coloridas que desabrochavam ao redor do local. Avistei o jovem sorridente perto dos trilhos. Com um olhar sério, andei para perto dele. Peguei um tanto de flores e falei minhas palavras de confissão e minha história. Na época que o encontrei, estava com o coração partido, pensando que realmente, minha vida não faria diferença ao mundo, entrando em depressão fui chorar igual criança na frente de uma loja de massas. Até que o jovem apareceu igual luz em frente de meus olhos. Era um lindo brilho. Porém o garoto estava assustado. Foi despedido tempo depois da casa de massas. A casa de massas foi obrigada a fechar. Depois desse tempo que fui e chamei ele ao encontro atual. Ele fez uma cara muito chocada. Chorou um pouco, estava querendo fugir, quando abracei ele muito forte. Sem perceber, o local ficava mais escuro, nuvens negras se formavam aos céus. Realmente não é meu dia de sorte. O garoto se distanciou e quando percebemos, ele estava nos trilhos. Vi uma luz naquela escuridão e barulhos. Corri a ele tentando segurar seu braço e puxar. Infelizmente tudo que vi, foi sangue espalhado em mim. Muito sangue e barulhos de coisas quebradas. Eu era o jovem. Ele puxou meu braço e foi em meu lugar. O lugar começou a ficar claro de novo. O mundo parecia me provocar fazendo eu ver aquela triste cena de modo bem visível. Me joguei ao chão e comecei a chorar junto as flores escondidas em suas pétalas. Flores antes coloridas e alegres, agora a flores tristes pintadas de vermelho. Todo dia eu esperava ele me visitar, dia a dia. Não queria que tivesse sido assim. Nem pensava, não tive tanta reação. Realmente lamento hoje. Minhas lágrimas molhavam as tristes folhas com sede. Uma água salgada. Uma vida azeda. Um passado vermelho.

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