O estranho

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Katarinna**

Não aguento mais ficar sozinha nesse lugar, eu estou ficando louca, Estou com fome e com a perna machucada e não posso sair daqui.
Estava deitada na cama, com um macacão preto, bem colado, que ia até o tornozelo e a manga era até as mãos e um tênis preto.
Meu celular tinha 40% de bateria e então resolvir ouvir música, já que não tinha nada pra fazer naquele verdadeiro inferno.
Ouvir passos fortes e então pausei a música e fiquei com o coração na boca, dei um pulo da cama e peguei um canivete no meu bolso, encostei na parede e fiquei quieta e as lágrimas não paravam de rolar no meu rosto.
-Tem alguem aí?!
Uma vóz masculina e que me deixou com mais medo ainda, mas não tinha nada a perder, de qualquer jeito iria morrer mesmo.
-Quem está aí?!
-Eu vim em paz, sou humano!
Eu refletir um pouco mais não acreditei e tornei a fazer perguntas me colocando de frente pra porta.
-Tem como provar?!
-Eu estou no meio de uma crise, com fome, cansado e morrendo! Acha mesmo que eu iria mentir?!
-Não sei...poderia ser capaz de tudo!
-Se me deixar entrar...vai saber quem sou eu!
Aquela voz me atraía de um jeito tão forte, que não resistir e tive que abrir.
Quando abrir a porta, lá estava um garoto um pouco mais alto que eu, cabelos castanhos, pele bem branca e olhos cor de mel. Eu me encantei naquele mesmo momento e não conseguir segurar um sorriso.
-Obrigada! Muito obrigada mesmo!
Ele me abraçou forte e eu fiquei tão feliz em ter aparecido alguem, que não quis soltar ele.
-Fale tudo sobre você!
Apontei o canivete pra ele e o-coloquei contra a parede e ele deu um sorriso encantador.
-Calma aí pequena!
Eu guardei o canivete em meu bolso e sentei na cama e comecei a rir.
-Por que está rindo?
Parei de rir e olhei no olho dele,que olhar...
-Vou te contar tudo sobre mim.
-Bom mesmo, senta aqui.
Puxei uma cadeira e coloquei em frente a cama e nos sentamos.
-Me chamo Jason Petters, tenho 18 anos, sou um sobrevivente solitário e...acho que só.
Eu rir e tirei uma mecha de cabelo da frente do meu olho e coloquei atrás da orelha.
-Interessante...
-E você?
-Meu nome é Katarinna Jonson, tenho 15 anos e...tambem sou uma sobrevivente solitária.
Nós rimos e ele pegou na minha mão.
-Não está mais só.
Quando ouvir aquilo eu surtei de alegria por dentro e só pensava em agarrar ele.
-Obrigada...
-Obrigada você, me salvou da morte.
-Não é pra tanto.
-É sim, obrigada mesmo.
Eu rir e então levantei da cama e peguei uma toalha.
-Deve estar cansado, não é?
-Muito.
Joguei a toalha nele e ele me olhou confuso.
-Tem um banhero logo alí e toma essas roupas aqui.
Dei a ele uma camisa regata preta, uma calça preta e um casaco xadrez.
-Eram do seu namorado?
Olhei com um olhar triste.
-Não...eram do meu irmão mais velho...
-O que ouve com ele?
-Ele foi infectado.
Abaxei a acabeça e ele se aproximou e isso me deixou sem graça.
-Sinto muito...
Ele se aproximou mais e eu me afastei.
-Obrigada...
-Vou lá tomar banho.
-Tá...
Ele saiu e eu dei um sorriso bobo e peguei umas maçãs e água que eu escondia em um armário que estava estocado de guloseimas que eu nem comia.
Sentei na cama e mordir a maçã e o Jason saiu do banhero de calça e sem camisa e...eu...estava apaixonada por ele.
-É...ta com...fome?
Ele riu e me olhou, ele percebeu que eu estava encantada.
-Estou faminto.
-Abre aquele armári alí e fique a vontade.
Ele foi, abriu o armário e ficou surpreso.
-Como conseguiu?
Disse ele pegando uma maçã e uma garrafa de suco e se sentou na cadeira de novo de frente pra mim.
-Por que você não para de me olhar? Ta com medo? Ou...
Ele riu e eu fiquei vermelha de vergonha.
-É...que...nada...
-Quer que eu coloque minha camisa? É isso?
Eu respondir rapidamente.
-Não!
Ele me olhou assustado.
-O que foi?!
-Não precisa...fica a vontade, essa "casa" agora é sua tambem.
-Tem certeza que é só isso?
Eu se aproximava a cada segundo rindo, até que se sentou ao meu lado e ficamos a centímetros de distancia.
-Claro que é só isso.
Levantei da cama, não sei o que estava dando em mim, ele iria me beijar e eu não dexei, não confiava nele 100%.
-O que você achou de mim.
Disse ele colocando a camisa regata, deixando seus fortes braços à mostra, mais logo ele pois o casaco.
-Bom...te achei legal, companhero, amigo é...
-É...?
-Um perfeito parceiro sobrevivente.
Nós rimos e cada vez mais eu gostava mais dele.
-Eu te achei chatinha, mandona, acolhedora e linda.
Quando ouvir aquela última palavra eu simplismente surtei por dentro.

Cidade da meia noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora