Sozinho

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A imensidão e todas as árvores enraizam-se na escura floresta sem passagem

Onde está o abismo convidativo do seu rugido?

Na estreita vereda onde nem o vento passa, o animal reina a floresta

As pessoas não podem passar, mas se não passarem há coisas que não irão encontrar

Percorrendo a trilha do animal os espinhos das rosas envolvem meu corpo

O sangue que pinga sob meus pés é mais forte que a dor e a vontade de voltar

A imensidão e todas as árvores enraizam-se na escura floresta sem passagem

Não existe ser que consegue adentrar ao ouvir meu rugido

Um animal mais esperto que um macaco, chamado eu, se tornará o rei da floresta

Não dexarei ninguém entrar, mas se não deixar, há coisas que nunca conhecerei

Há coisas que nunca encontrarei

Há coisas por trás desta porta fechada a qual somente entenderei pela solidão

Quem se esconde por detrás desses arbustos espinhosos?

Na infindável trilha do animal, antes de me notar cheio de cicatrizez

Já estarei cravando nas pegadas deste sangue, um guia para os que virão

Percorrendo a trilha do animal os espinhos das rosas envolvem meu corpo

Seguindo agora a trilha do meu sangue, o animal me caça

Como se já soubesse o fim desta tola jornada

Eu ouço o estranho rugido do animal escondido e sedento por sangue

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