Alice estava mal no dia seguinte e como eu não tinha dormido muito bem a noite, não estava muito melhor que ela.
- Acho que vou ligar para o Sean e pedir para comprar remédio para mim.
- Dor de cabeça? Eu tenho remédio na bolsa.
- Você é um anjo.
Voltei com o remédio e entreguei a ela.
- O que aconteceu ontem?
- Você bebeu e dormiu então Sean te trouxe pra cá.
- Você deve ter uma péssima impressão de mim.
- Nem tanto. - Ri - Só tome cuidado e não faça isso quando estiver sozinha, tem sorte de ter um namorado que cuida tanto de você.
- Eu tenho mesmo. - Deu um sorriso preguiçoso - Tenho certeza que vou casar com ele um dia.
- Espero receber um convite.
- Claro que vai, talvez eu te chame para ser nossa madrinha.
- Eu ficaria bem feliz com isso.
- Então, o que vamos fazer hoje? - Perguntou.
- Espero que não esteja pensando em outra festa.
- Não, tenho que me recuperar da ressaca antes de pensar em outra festa. Estava pensando em irmos ao shopping, fazer umas compras e assistir a algum filme.
- Isso seria ótimo!
- Que filmes você assistia lá no convento?
- Era um colégio, Alice. Assistíamos Mudança de hábito, Preenchendo o Vazio e muitos filmes da Disney.
- Que merda é Preenchendo o Vazio?
- É um filme judeu ortodoxo, as irmãs nos deixavam assistir porque achavam inofensivo e com uma mensagem bonita.
- E como é esse filme?
- A irmã da garota morre ao dar a luz e a família dela começa a pressioná-la para casar com o cunhado viúvo.
- Que péssimo. Vamos assistir algum filme com zumbis ou matadores de aluguel, você vai gostar.
- Espero que sim, podemos fazer isso durante a tarde.
- Vai sair?
- Vou tomar um banho e sair para pegar o meu horário.
- Já?
- Sim, gosto de me organizar bem.
(...)
Quando sai do prédio ouvi minha voz ser chamada e quando me virei era Jace em cima de uma moto.
- Bom dia, Jace. O que faz por aqui?
- Oi, Juliette. Onde está indo?
- Fiz uma pergunta primeiro.
- Eu estava passando por perto e decidi vir aqui e não sei, ter um vislumbre seu em alguma dessas janelas e tive a sorte de você aparecer por aqui. Agora a minha resposta.
Me conheceu ontem e queria ter "um vislumbre meu"?
- Vou até a universidade pegar meu horário no escritório.
- Você dirige?
- Não. É perto e vou andando.
- Eu posso te dar carona.
- Agradeço, mas acho melhor não. Até a próxima, Jace. - Comecei a andar para longe dele.
- Por que não?
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O Homem Que Me Ama
RomanceJuliette aos 18 anos sabia tanto do mundo como uma criança, criada em um colégio interno religioso, só conhecia aquilo que lhe era permitido. Quando é aceita na Universidade Yale, começa a finalmente sentir o que é ser livre. O que não esperava era...