Molly Parker.
Bom, acho que tudo começou no exato dia em que eu conheci aquele garoto, sim, isso mesmo, clichê? Talvez. Então, eu estava caminhando, na verdade, eu me esbarrava em todos que eu via, e com ele não foi diferente. Muita coisa mudou depois desse simples acidente, então agora, vamos começar.
▬ Cinco anos atrás, narração por Molly Parker; ▬
Caminhava rapidamente dentre a multidão, cada alma que surgia em minha frente eu dava um jeito de driblar, como um jogador de futebol, só que o campo era as ruas, e as pessoas? As bolas, eu queria chegar logo em casa, e acima de tudo, eu queria ficar em paz para lembrar do que havia acontecido noite passada, sem todo esse barulho me incomodando. De repente eu estava no chão, e um cara me observava tão mais surpreso que eu, então ele aponta seu braço esquerdo em minha direção, ele provavelmente estava querendo me ajudar a levantar, mas algo me chamou atenção, uma tatuagem em seu pulso, a mesma tatuagem que tinha no meu pulso esquerdo, exatamente no meus lugar e posição, não era uma tatuagem, só podia ser um carimbo ou algo do tipo. Me levanto dispensando tua ajuda, estava ofegante, ou com medo, eu não sei, dou dois passos para trás dizendo.
— A tatuagem... onde arrumou essa tatuagem? — Eu perguntava na maior cara de pau, e que se dane o que ele viria a pensar, eu queria e iria obter respostas, custe o que custasse.
— Olha, olha, vajam só, parece que você foi a garotinha que fugiu noite passada, destino ou coincidência? — Ele dizia com um sorrisinho canteiro formado em seus lábios, era como se ele soubesse quem eu era, e também como se soubesse de tudo o que havia acontecido.
— Então você sabe o que aconteceu? Me diz, por favor, eu te dou dinheiro, qualquer coisa. — Ele não abandonava o seu sorriso, apesar de eu aparentemente estar implorando por respostas, ele novamente aponta sua mão em minha direção respondendo-me.
— Claro, mas tem algumas condições para isso, então me diz senhorita, o que acha de conhecer um pouco do meu mundo?
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Ironias de um Destino
RandomMeu nome e Molly Parker, e eu sou uma suicida. Isso pode parecer estúpido pra vocês, mas não pra mim, tenho meus motivos, na verdade, minha vida inteira é um motivo. Não vou vim com aquela historinha de que sou um anjo querendo voltar pra casa, até...