Poesia 03 - José perdoa, sim.!

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Como tudo nessa vida
Sempre tem uma razão
Eu preciso francamente
Falar hoje com o irmão

Muito alegre agora estou
Pois reli a nobre estória
Do menino de Jacó
Que do pó se levantou
Para ser governador

Pra quem sabe o que digo
Claro que vai entender
Que José sofreu bastante
Humilhado, mas avante
O Senhor o fez vencer

O menino só queria
Ser amado por seu pai
Desfilar túnica nova
E servir à toda prova
Era o sonho do rapaz

Seus irmãos por outro lado
Com maldade e sem temor
Planejaram maltratar
Esse tal de sonhador

Rubem logo intercedeu
Pela vida do rapaz
Joguem ele nesse poço
Dê um susto e nada mais

Mas quem quer fazer o mal
Quase nunca acredita
E disseram apressados
Vem ali um ismaelita

José gritava e chorava
Por favor não me maltrata
Mas o preço tava dito
Vinte moedas de prata

Os irmãos anunciaram
A notícia ao velho pai
E mentindo lhe diziam
Uma fera do deserto
Foi quem matou o rapaz

No Egito lá chegando
Potifar o adquiriu
Suas normas foi passando
E José fiel, cumpriu

De tudo tomava conta
Com destreza e carinho
Prosperava seu senhor
Que o vestia até de linho

Mas havia uma mulher
Uma tocha inflamada
Que queria de José
Mesmo à força, uma noitada

Como não podia ser
E o rapaz sabia disso
Logo ele se encrencou
Com a mulher de seu senhor
Que o encarcerou por isso

Lá no calabouço frio
Jeová revigorou
A coragem do seu servo
Que as forças recobrou

Conheceu dois serviçais
Que serviam faraó
Revelou os sonhos deles
Como plano do Senhor

Quando um dia no reinado
Faraó se viu aflito
Com um sonho que o turbou
Deu-se logo o veredito

Conte o sonho a José
Disse o copeiro, então
Faraó mandou chamar
O escravo na prisão

O rapaz divinamente
Revelou o sonho amargo
Faraó ficou contente
E até sabiamente
Propôs para ele um cargo

E José estava agora
Sob a mão do seu Senhor
Cheio de sabedoria
Para ser governador

Ao chegar a grande fome
Ordenada pelo Pai
Os seleiros esborrando
No Egito o grão sobrando
Noutras terras não tem mais

Seus irmãos, de tanta fome
Foram comprar alimento
Pra manter vivo Jacó
Todo povo e os jumento

Mesmo sofrendo a dor
Lá no peito que ardia
Zafenate não negou
O grão que lhe pertencia

De repente, por temer
Ao Senhor da terra e céu
José se fez conhecer
Aos parentes de Betel

Não podiam perceber
Que tão nobre oficial
Na verdade era José
Que chorava sem igual

O perdão amigo velho
Foi o que José teceu
Pois num coração amargo
O Senhor nunca viveu

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⏰ Última atualização: Jan 23, 2016 ⏰

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