I kissed a girl ➻ SQ

Desire

Hey, vocês! É a primeira vez que posto aqui no wttp, estou nervousa e espero de coração que vocês gostem. Se a fic agradar vocês, podem ter certeza que virão outras. Tanto SQ, como de outro shipp, fiquem de olho. Boa leitura ♥

Narração por: Regina Mills

A música alta explodia por todos os lados daquela sala. Eu remexia meu corpo de acordo com as batidas, sem realmente prestar atenção na letra ou no que estava fazendo, assim como eu não conseguia focar em nada além do movimento contínuo da dança. Por um momento, me perguntei o que estava fazendo ali. Há algum tempo que minha vida não faz sentido e, constantemente, ando me sentindo perdida, vazia. E, esse não é o melhor momento para pensar nisso.

Lembro que vim com uns amigos, mas eles sumiram. Resolveram esticar a noite com alguém e sequer tiveram o trabalho de me avisar. Solto um suspiro meio irritado, indo ao bar e pedir mais uma dose de tequila. Se eu estava ali, pelo menos poderia aproveitar. Deixar de lado toda a filosofia, mau humor e timidez para curtir a noite que estava apenas começando.

Levei o copo à boca, virando o liquido transparente de uma vez e fui para o meio da pista de dança. A bebida fez efeito e eu apenas me deixei seduzir pelo ambiente, sem me importar com mais nada. Esquecer tudo e curtir. Esse era meu objetivo da noite.

[...]

Deixei meu parceiro de dança – um cara qualquer que eu não lembraria no dia seguinte – e voltei para o bar pedindo algo forte. Enquanto esperava, alguém sentou ao meu lado e pediu uma marguerita. Não era simplesmente alguém. Era uma mulher... E que mulher!

O barman trouxe nossas bebidas e ela continuou sentada sem dizer mais nenhuma palavra. Eu a observava de canto de olho.

Sua pele muito branquinha contrastava com o vestido tubinho tomara-que-caia na cor preta, delineando suas curvas. O penteado simples no cabelo era bem charmoso. Até o movimento que seus lábios carnudos faziam ao envolver a borda do copo, hipnotizava. A luz fraca do bar deixava a desejar, mas ainda assim consegui ver seu rosto e como todo o resto, não me decepcionou. Ela era linda. Suas feições e gestos simples me encantaram de um modo que eu não apenas a observava, e sim encarava com olhos desejosos, e tenho certeza que ela notou.

Nunca, em toda minha vida, tinha sentido atração por mulher, mas essa mexeu comigo de uma forma, que até sua voz me deixou toda arrepiada.

Oh, meu Deus!

Tomei todo o conteúdo do copo num átimo, fazendo com eu sentisse toda a ardência do álcool descendo pela garganta e praticamente corri para longe daquela tentação. Encontrei o caminho do banheiro, e para minha imensa satisfação e alívio, estava vazio.

Encarei-me no espelho e vi que não tinha nada de errado comigo. Continuava a mesma Regina Mills de sempre. Somente uns fios de cabelo solto por causa da dança, a maquiagem quase extinta – nada que um retoque não resolvesse -, além da roupa um pouco amassada, mas isso não era o fim do mundo, e do jeito que as coisas estavam na boate, até que eu estava bem. Muito bem, aliás.

Suspirei.

Agora vinha o difícil.

O desejo desenfreado pela loira do bar me pegou totalmente desprevenida. Querê-la de todas as formas parecia tão errado e tão certo, que tudo isso me causou uma leve tontura. Apoiei-me no balcão, me encarando no espelho enquanto milhares de perguntas piscavam na minha mente. Coloquei a culpa toda na bebida, estava confusa e misturando as coisas. Hora de parar com a tequila, Regina.

Com essa nova resolução, lavei o rosto, enxugando com o papel-toalha e refiz a maquiagem. Chequei minha aparência no espelho mais uma vez e virei para sair do banheiro quando a porta se abriu. Meu coração deu um salto batendo enlouquecido com o pensamento de que poderia ser ela. Paralisei no lugar, em expectativa. Borboletas davam uma festa no meu estômago quando o pensamento de que estaríamos sozinhas me acertou.