Perdida

11

Para o meu azar a inconsciência não me acompanhou por muito tempo, talvez alguns minutos no máximo, acordei em tempo de ver pés apressados entrando  quarto a dentro, Goldofrei, meu pai, Luke, é um outro que eu não sabia quem era, eu ja estava levantando quando eles se aproximaram, então eu percebi que minhas roupas, elas estavam completamente chamuscadas, quando levantei o olhar, eles me miraram seus olhos Fuzilantes em mim, é eu pude ver bem lá no fundo o medo, o pavor, aquela sensação de repulsa no olhar
***
Escola
12 anos, a turma brincava no pátio, acharam, um sapo, um sapo morto,  eles o cutucavam com varas, tão indefeso, tão desprotegido, eu o peguei, disse para pararem, então o sapo saltou da minha mão, ele estava vivo, todos me olharam daquele jeito, com nojo repulsa, me chamaram de estranha, várias e várias vezes até se tornar um coro de vozes impecável, me cutucavam com as varas, ate eu juntar coragem o suficiente para correr pro banheiro, é chorar durante horas.
***
-Scarlate- Scarlate- Scarlate- quando me dei conta meu pai me chacoalhada  pelos ombros gritando o meu nome
- pai-
eu o abracei, forte, não me importa se ele tem medo de mim, ate eu tenho medo de mim mesma- pai me dedculpa, eu não quis, não quis fazer isso, me desculpa- lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto- ele se afastou segurando minhas mãos- o medo havia sumido do seu olhar
- está tudo bem querida, só me diga o que aconteceu, está bem? Seus olhos eram tão amorosos agora  
Eu acenei, positivamente
- muito bem, comece
- eu...Eu não sei, o homem ele me prendeu na parede, eu fiquei nervosa, é comecei a sentir uma dor então tudo ficou Branco, é isso aconteceu- indiquei o quarto destruído- ele se virou para trás encarou goldofrei, que apenas acenou, não disse nada mas eu sabia que havia algo.
Eu o chamei trazendo sua atenção de volta a mim
-pai, o que vai acontecer agora?
- o que como assim?
-bom, olha o que eu fiz, alguém vai querer satisfações
Antes que ele pudesse pensar numa resposta, goldofrei  interveio e segurou minha mão
- nada querida, isso nunca aconteceu, você nunca nem mesmo esteve aqui, não pode contar pra ninguém, eu direi que eu causei isso, é você vai subir tomar banho e agir como se isso nunca tivesses acontecido, pode fazer isso não é?- seus olhos estavam agitados e nervosos
-Mas porque não podem saber que eu fiz isso-que eu tinha causado confusão eu ja sabia mas não que era tão grave assim
-se o Conselho descobrir que seus poderes vieram a tona, é capaz de quererem dissecar você, ainda mais que você parece não ter controle, dessa... coisa- dessa vez Luke se pronunciou
-tudo bem, posso fazer isso- acho que eu não tinha escolha eu realmente não gostaria de ser dissecada
Meus pai e goldofrei saíram do quarto para ver se o caminho estava livre, nesse meio tempo só ficamos eu, luke, o homem que eu havia arremessado na parede e um rapaz cuidando dos ferimentos que não pareciam graves e a presença mais inquietante era aquele silêncio constrangedor quase palpável, eu não sabia como agir não depois do que tinha acontecido.
Ao lado o quadro da moça que eu havia descoberto estava caído a alguns metros de onde antes  estava, andei até ele é o levantei olhando o bem de perto
-Luke quem é essa?- ele pareceu surpreso quase ofendido com a pergunta
-Essa é a feiticeira Branca mais poderosa da história, ela salvou nosso povo a muito tempo atrás, ela foi uma grande heroína
-e porque tem um quadro dela no quarto desse homem?
Ele o olhou caído no chão, como se relembrasse algo
-bem, eles foram casados, mas depois que ela morreu, ele se tornou amargo e decrépito, apesar de ainda ser extremamente poderoso.
-nossa, achei que ele fosse só mais um bêbado comum
Nesse momento meu pai entrou novamente no quarto
-o caminho está livre, Luke leve-a, rápido, é sem paradas, não deixem que ninguém veja vocês
-querida, não se preocupe, tudo vai ficar bem
Luke me pegou pelo braço e me arrastou pelo corredor
-Luke? Ele se virou lentamente  colocando o dedo sobre o lábio em sinal de silêncio
Subimos a escadas e chegamos ao corredor do meu quarto, quando ouvimos Passos em nossa direção, senti luke me puxar bruscamente para uma bifurcação na parede que era escura o suficiente para nós esconder, porém apertada para nós dois
É esperamos até que os passos se tornaram vozes, sombras, é finalmente pessoas passando apressadas com suas roupas de dormir, com todo tipo de comentário
-o que foi isso
-dizem que ele retornou
-será que fomos atacados 
Depois que o pequeno tumulto passou esperamos para ver se ninguém Ficará para atrás,quando julgamos seguro saímos, ja estava não porta do meu quarto,sem dizer uma palavara se quer, Luke foi embora.
Eu entrei comecei a tirar minha roupa chamuscada e cheia de buracos, o banho foi curto, meu cabelo estava molhado mas eu não o sequei, não tinha energia o suficiente pra isso, eu só me joguei na cama e apaguei.