Nascidos Para O Amanhã

Acordei em meio de uma floresta sem saber o que havia acontecido pra eu ir parar neste lugar, quando me levantei notei que estava com roupas diferente, parecia roupa militar ou algo do tipo, porém nunca servi nenhum tipo de forças armadas, o que quer que esteja acontecendo não faço a mínima ideia. Comecei a andar atrás de uma saída mas parecia que eu só estava andando em círculos, então comecei a marcar as árvores por onde eu passava e com o tempo percebi que não estava andando em círculos, só o local que era muito parecido, notei alguma coisa se mexendo por perto, fiquei com medo de ser algum animal e comecei a correr e sem querer tropecei em um tronco caído e caí em um pequeno buraco que acabava perto de um pequeno lago. Então peguei uma garrafinha que estava grudada em minha roupa e peguei um pouco da água já que parecia tão limpa, e quando me levantei pude ver uma caverna e então decidi ir até lá já que a noite estava chegando. Assim que entrei na caverna vi uma luz bem de longe e fui em sua direção com esperança de ter alguém lá, então perguntei:

— Tem alguém aí?
Mas ninguém respondeu, e a luz se apagou, fiquei sem poder ver nada e então a luz se ascendeu de novo e uma voz masculina e fina gritou:

— Se abaixa!
Assim que me a baixei escutei três tiros e então pude sentir algo caindo em meu rosto e meio que perdi meus sentidos e senti alguma coisa me puxando para fora da caverna e quando sai da caverna vi que o que estava me puxando para fora era uma pessoa e então ele me perguntou:

— Você é novo aqui não é?
E eu o falei em um tom meio assustado.

— Como assim aqui? Onde é que eu estou?
E ele disse novamente.

— Não temos tempo, eles estão vindo, me siga, vamos.
E eu perguntei novamente.

— Eles quem?
E ele me puxou, e então resolvi seguir ele pois ele parecia saber bastante sobre tudo aquilo.

Tinha algumas coisas atrás da gente mas não pareciam humanas, pareciam animais selvagens, mas eram diferente de tudo o que eu já tinhas visto em todas a minha vida e então ele gritou:

— Chegamos! Faça exatamente o que eu fizer.
Então ele pulou em uma poça d água e a água nem se quer mexeu, eu não sabia pra onde ele tinha ido e fiquei com receio de pular também então os bichos que estavam atrás da nós começaram a aparecer de dentro das moitas de mato, eles pareciam gatos, leões, só que tinham a pele cheia de escamas igual de um lagarto e eram pretos e os dentes meios cinza os olhos eram vermelhos e tinham garras muito grandes, eu não tinha pra onde ir estava cercado por pelo menos 4 deles, um começou a se aproximar de mim e quando pulou algo me puxou por trás e era como se eu tivesse me tele transportado para um buraco e tinha um espelho de pelo menos 3 metros de comprimento no teto então me levantei rápido e olhei para todos os lados então vi o garoto que tinha me ajudado na caverna, então ele disse com muita raiva:

— Porque não fez o que eu disse? Você poderia ter matado nós dois.
Eu não sabia o que responder e então perguntei.

— O que eram aquelas coisas lá fora?
E ele me respondeu um pouco mais calmo.

— Todos chamam elas de Viperidae, são algum tipo de lagarto sei lá, a única coisa que eu sei é que temos que ficar o mais longe possível.
E perguntei novamente.

— Nós? Então existem mais pessoas aqui?
E ele respondeu.

— É claro que tem, não pensou que éramos os únicos né?
E então eu disse.

— Então vamos procurar os outros!
E então me levantei e tentei sair por onde tínhamos entrado mas parecia está fechado e ele disse.

— Não dá pra sair, você só tem uma chance de escapar daqui por noite, e depois que entra em um desses só pode sair depois do amanhecer, e eu não acho que você iria querer ver os outro competidores.
E então eu perguntei novamente.

— Então temos como sair daqui? Mas como assim competidores?
E então ele disse.

— Então você ainda não viu seu cubo de habilidade?
E então perguntei mais uma vez.

—  Cubo de habilidade?
Então ele me mandou abrir um dos bolsos da minha blusa e então achei uma caixinha branca com um botão azul em cima, e ele me mandou apertar no botão e quando eu apertei a caixa começou a vibrar e começou a se desfazer e tomou a forma de um rosto holográfico e ele disse.

"Bem vindo ao amanhã você foi escolhido para ser o participante de número 68, sua habilidade será a força. Todas as noites você terá a chance de voltar para casa, basta você passar pelos 12 desafios durante a noite inteira, e se quiser voltar terá que ganhar mais poder, existem abrigos espalhados por vários lugares para você se esconder, depois que entrar em um nada poderá ferir você porém não poderá mais sair dele até o amanhecer, bom jogo e que a sorte esteja ao seu lado."

É então o rosto holográfico começou a se desfazer e começou a entrar em minha pele e então pude ver uma luz azul subindo pelas minha veias e se espalhando por todo meu corpo e de repente sumiu.

E então perguntei ao garoto.

— O que ele quis dizer com ganhar mais poder?
E ele me respondeu.

— Quando você mata um outro jogador o cubo dele volta a forma original e quando você o pega pode fixar com a habilidade dele, então, quanto mais jogadores você matar mais forte fica!
E eu falei aflito.

— Mas eu não tenho coragem de fazer mal a ninguém.
E ele falou.

— Aqui ou você mata ou é morto!
E eu perguntei a ele.

— Qual o seu nome?
E ele me respondeu rindo.

— Eu sou o número 42.
E eu disse.

— Não quero saber o seu número, quero saber o deu nome.
E ele me perguntou com um tom sarcástico.

— Qual é o seu nome?
Então quando fui responder me dei conta de que havia esquecido meu nome. E ele começou a rir e disse.

— Aqui nós nos identificamos pelos nossos números. A propósito limpe esse sangue do seu rosto que é por causa do cheiro dele que os Viperidaes vieram atrás de nós.

Então lavei meu rosto com a água que eu tinha tinha pego do lago e bebi um pouco e ofereci para ele e disse que só tinha um gostinho estranho mas dava pra tomar e ele perguntou.

— De onde pegou isso?
E eu o disse que tinha pego em um pequeno lago, então ele começou a rir e disse.

— Isso não é água.
E então perguntei.

— E então o que é?
E ele me respondeu rindo bem alto.

— Isso é urina de Viperidaes!
Então cuspi tudo e comecei a limpar meu rosto com a blusa. E ele disse.

— Primeira regra, só beba água da chuva.
E eu disse.

— Só agora vem me dizer isso?