Um viajante, de passagem por uma cidade do interior, precisou encontrar um hotel para se hospedar, já que ficaria alguns dias por aí a negócios. Ele então deu entrada no primeiro estabelecimento que viu e foi logo pedindo as chaves de seu quarto.A moça da recepção, no entanto, explicou que a porta sem número, vizinha à suíte onde o viajante ficaria era usada para estocar mantimentos e que ficava fechada dia e noite. Ela pediu para que ele não fosse até lá, nem tentasse abrir a porta, já que que o hotel determinava que nenhum hóspede poderia adentrar aquele lugar. Sem mais perguntas, o homem foi direto para seu quarto.
Na segunda noite em que passou ali, no entanto, o viajante não aguentou de curiosidade. Ele foi até a porta e, então, tentou abri-la. Mas, como a recepcionista havia alertado, o quarto estava realmente trancado. Ele então, resolveu espiar dentro do quarto, pelo buraco de fechadura.Sem entender porque tanto suspense, ele viu apenas uma quarto comum, bem parecido com o seu, onde uma mulher muito pálida estava recostada na parede, bem em frente à porta. Confuso, então, o viajante voltou a dormir.
Na noite seguinte, o homem decidiu olhar pelo buraca da fechadura mais uma vez. Dessa vez, no entanto, ele não conseguiu ver nada, a não ser uma mancha extremamente vermelha. Ele achou que a mulher, ao notar estar sendo espiada, tivesse colocado um pano vetando o buraco da fechadura.Sem aguentar de curiosidade, o viajante foi até a recepção conversar com a mulher que o havia recebido no primeiro dia. Quando ouviu os relatos do homem, a recepcionista ficou assustada e disse a ele que contaria toda a história. Segundo ela, anos atrás, um homem havia assassinado sua esposa naquele quarto e seu fantasma nunca mais saiu dali. Aliás, tudo que contam sobre o espírito da moça assassinada é que se mostra muito pálido e com os olhos injetados de sangue, tão vermelho quanto jamais imaginado!