Prólogo

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Carlos não queria ser imperador tão cedo, e se sentiu um egoísta por estar pensando em suas vontades mesmo com a morte recente de seus pais.
Estava acabado, claro, mas não podia parar de pensar que, com apenas dezesseis anos, seria obrigado a tomar o trono por sobre seus ombros.
Aquilo tudo perturbava seus pensamentos, Carlos levantou de sua cama, onde estava sentado encostado na cabesseira, e andou em direção à escrivaninha. Sua escrivaninha era comprida e tinha papéis, lápis e livros empilhados uns sobre os outros e a cima dela haviam prateleiras cheias de livros com uma divisão no meio onde se encontrava um quadro com um desenho à lápis o qual retratava a casa principal do Império.
Carlos tinha uma paixão por esportes e arte, a qual não poderia ser levada a diante justamente pela responsabilidade de guiar o Império que lhe seria entregue.
Um nervosismo sempre tomava seu corpo com calafrios toda vez que pensava em seu futuro, inevitável, e agora iminente período de governo. O medo de estragar todo o trabalho de seu avô e de seu pai em reconstruir o território em um Império Continental pós guerra era o que mais o atormentava.
Carlos afastou os pensamentos sobre tudo e olhou para seu relógio de pulso, eram onze horas da noite, os minutos, irrelevantes.
Então se lembrou de que dali um mês, com seu aniversário de dezessete anos, mudaria-se para os aposentos dos falecidos Imperador e Imperatriz Lucio e Daniella Marques.
Tantas coisas, tantos pensamentos e preocupações, tantos micro problemas que o atormentavam, seus pensamentos foram afogando-lhe a cabeça até que, finalmente, caiu no sono, ali mesmo, sentado em sua cadeira com a cabeça e os braços por sobre sua escrivaninha.

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