Rayandra narrando:
Gustavo certamente havia ouvido a conversa e eu já esperava o pior por vir, só que fui surpreendida por uma reação inesperada; o mesmo adentrou ao local e sorriu como a muito tempo não o via fazer, beijou suavemente meus lábios e abraçou Sophia e olhou para aquele pequeno ser que estava no colo de Flávia e perguntou:
-E a criança quem é?
-Pai eu tenho muito a explicar e espero que consiga entender que tudo o que fiz somente eu tenho a culpa; está é Maria Victória, minha filha. Eu tive ela pouco tempo depois que fui embora, ela é filha do idiota do Daniel que este fiz a questão de não saber da existência da filha, eu e a Flávia nos responsabilizamos por cuidar dela e estamos fazendo o possível e o impossível para o bem estar dela, por isso me afastei de todos por vergonha e medo pois não sabia qual seria a reação de todos ao saberem da notícia, eu te peço desculpas por essa decepção e espero que possa me perdoar um dia.
-Minha filha eu não vou te criticar pois não adiantará em nada, eu fico feliz por ter se tornado esta mulher madura que assumiu as consequências de seus atos, só que você estava errada ao se afastar de nossa família pois é nosso dever te apoiar em tudo o que acontecer em sua vida. Olha minha filha as coisas mudarão muito e uma única coisa que quero saber o quê você vai fazer agora?
-Pai eu ainda não decidi, estou pensando seriamente em ficar por aqui, arrumar um local para morar e seguir minha vida, só que eu quero o Daniel distante da minha filha e para isso teria que ir para o exterior novamente, e por isso não sei o que realmente fazer.
Gustavo olhou para ela com um olhar calmo e sereno, estava calmo até demais e isso me surpreendeu, eu não sabia até onde ele poderia chegar com essa versão calma e serena. Eu tinha medo dele, muito medo e temia que ele fizesse algo contra a Maria, ela era tão pequena e frágil que não tinha como se defender. Após este estranho episódio levei Sophia e Flávia para o quarto e busquei as crianças na casa da vizinha, eu esperava gritaria e pancadaria que era o que eu estava acostumada todos os dias. Adentramos em casa e as crianças ficaram surpresas por estar tudo arrumado e em seu devido lugar era estranho a casa estar assim. Mandei todos para o banho e resolvi pedir uma pizza pois já estava tarde para preparar algo para o jantar, após as crianças estarem prontas eu fui para um banho rápido e desci para o jantar, todos estavam sentados à mesa como uma família perfeita, perfeita até demais.
Flávia narrando:
Eu realmente estava com medo do tio Gustavo, depois do que todos nos disseram era de se esperar outra reação do mesmo, porém ele surpreendeu todos com uma pessoa calma que ao contrário não bateu nem criticou Sophia, ele a cada segundo parecia mais perturbador ele só podia ter algum tipo de distúrbio mental e eu temia que ele fizesse algo contra Maria para atingir à todos.
Antes de sairmos de viagem eu havia comunicado ao Daniel que estavamos vindo para o Brasil e marquei um encontro com ele para que ele pudesse conhecer sua filha e tocá-la; Sophia não podia desconfiar pois eu tinha medo de que ela não me quisesse mais por perto e eu não saberia viver sem elas. Eu quero contar para Sophia e conversar com ela que ela está errada por esconder a existência de Maria; ela merecia ter um pai e Sophia não tinha o direito de esconder sua filha do próprio pai.
Eu não vou sair de perto de Maria um segundo se quer, estamos neste momento sentados à mesa parecendo uma família feliz, isso me dá medo por não passar de uma farsa que parecia daqueles filmes ou novelas, eu jamais esperaria na vida real e justamente com minha família, eu sentia uma sensação estranha e sabia que isso não ia durar muito porém algumas consequências duram a vida toda, nenhum mal que foi feito é esquecido facilmente por quem sofre o mal causado por outra pessoa.
Daniel narrando:
Eu não via a hora de ver minha filha e poder pegá-la em meus braços, esses dias a Ana está desconfiando a cada dia mais, diz ela que estou estranho e a cada dia que passa ela quer que eu fale o que faço com cada centavo do meu dinheiro; é claro que eu não contei à ela que eu tenho uma filha, pois eu tenho medo do que ela poderia ser capaz de fazer para me afastar dela, tudo o que tem a ver com Sophia me preocupa muito pois apesar de tudo o que aconteceu eu ainda amo ela cada dia mais e quando fiquei sabendo que existe um fruto do nosso amor; isso me mostrou que nossa história ainda não acabou e que vamos ser muito felizes juntos com nossa filha, e nada e nem ninguém poderá romper esse laço que nos une.
Eu estou pensando seriamente em terminar com a Ana, a cada dia que passa o que eu sentia pela Ana vai sumindo e dando lugar ao amor que sinto por Sophia, eu não quero ver a Ana sofrer só eu sei o que é sofrer por amar alguém e não ser amado, eu sei que é duro de ser fazer porém é preciso sofrer para encontrar a verdadeira felicidade, foi ela que estava comigo quando Sophia foi embora, mas foi por causa dela que ela se foi e se ela hoje não quer me ver foi por causa da Ana que causou todo este tumulto, quando a ferida ainda estava recente eu achei que poderia amar a Ana e que ela faria toda essa dor passar.
Neste momento estou em casa sentado no chão da varanda e do nada começa a tocar uma musica de Rosa de Saron que me fez refletir o que eu sinto por Sophia- Meu Abandono, e uma parte da letra diz assim:
" Você é tudo, tudo, tudo pra mim.
Eu desabo quando me calo.
Você é meu abandono,
é tudo o que eu tenho."
E foi assim que eu confirmei que eu ainda amo a Sophia Ferraz e que ao contrário do que todos dizem, um grande amor não pode ser trocado ou substituído por outro, o amor de verdade não importa o tempo que se passe a chama permanece acesa e nada e nem ninguém pode tirar da cabeça o que não sai do coração.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Gravida daquele idiota.
Teen FictionNão julgue as pessoas; o futuro é incerto! Cuidado para não odiar o futuro pai do seu filho.