Parte II

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Zayn bufou e deu um salto, saindo da cama. Ele já estava cansado de toda essa situação, sabia que tinha que tomar alguma atitude, do jeito que estava não podia ficar. Então decidiu começar por partes. A primeira seria ir atrás do causador de tanta merda: Louis Tomlinson.

Saiu do quarto de hotel pisando duro e caminhou pelo corredor de carpete verde musgo, logo parando à frente do quarto que sabia ser do mais velho. Bateu na porta uma vez, recebendo nada como resposta. Bateu outra, ganhou um "vai embora" da voz fina de seu amigo. Bateu pela terceira vez, com força suficiente para deixar seus dedos vermelhos, ouviu uns resmungos atrás da porta e um homem baixinho com cara de sono abriu a porta.

— O que você tá fazendo aqui às — olhou para o pulso, onde não tinha relógio e encarou o moreno à sua frente — à alguma hora da madrugada?

— Preciso falar com você — disse Zayn encarando o amigo de cabelos bagunçados.

— E eu com isso? Volta de amanhã!

Louis já ia fechando a porta quando Zayn pôs o braço entre ela e o batente, fazendo força para abri-la e empurrar o outro, entrando no quarto a força.

— Se eu esperar mais um dia vou acabar enlouquecendo.

— O quê? Você vai entrando assim no quarto das pessoas, mesmo? E se eu estivesse acompanhado?

Zayn revirou os olhos e sentou-se na ponta da cama parecida com a de seu quarto, só que desarrumada.

— Foda-se Louis, eu preciso mesmo falar com você.

Foi a vez de Louis revirar os olhos, ele esfregou o rosto para acordar e sentou no chão, de frente para Zayn, cruzando as pernas na famosa posição de índio.

— Eu estou ouvindo, fale.

— Eu preciso que você seja sério, Louis — disse Zayn pausadamente, como se quisesse explicar à uma criança de dois anos que se ela botasse o dedo na tomada, faria dodói.

— Eu sou sério — Zayn ergueu uma sobrancelha sugestivamente e Louis riu cínico — tudo bem, bro. Vou tentar não fazer piada do seu problema.

Zayn suspirou aliviado e passou a mão pelos cabelos.

— Ótimo, até porque foi você quem o causou.

Dúvida passou pelo rosto do mais baixo ele falou em dúvida:

— Eu o quê?

— OK, você não deve se lembrar. Mas há dois meses eu estava em casa, era uma bela noite de sábado na qual eu aproveitava pra assistir todos os filmes da Marvel, quando recebo trilhões de mensagens suas! — disse num fôlego só e Louis o encarou com a mesma dúvida na expressão do outro, que olhava para ele como se tivesse nascido uma segunda cabeça em seu pescoço.

— Zayn, eu não lembro disso, o que você andou fumando? Nem me chamou né, seu safado.

Zayn se irritou com o amigo, enfiou a mão no bolso da calça e tirou seu celular dali, logo abrindo o navegador e digitando o nome da fanfic, que apareceu nos favoritos. Não o julguem, a história era realmente boa e Zayn se via viciado nela. Nela e em outras, ele se sentia um adolescente de 15 anos com os hormônios a flor da pele.

— Eu não fumei nada! Talvez você tenha quando me mandou esse link — disse Zayn e mostrou o celular para Louis, que pegou de sua mão e olhou para tela do aparelho.

Primeiro Louis parecia confuso, depois sua ficha pareceu cair ele olhou para Zayn com cara de quem aprontou, mordendo o lábio para conter o riso.

— Oops! Qual é o problema?

The beggining • ziamOnde histórias criam vida. Descubra agora