McKezine canta uma música, um romance, mas ninguém sabe ao certo que musica é essa, pois ele está muito bêbado. Mesmo assim todos o aplaudem quando termina, deveria ser um aplauso de alívio por ter acabado logo.
- Oi Summer. - Tom diz assim que vê a garota.
- Oi! Disseram que você não vinha.
- Você perguntou se eu viria? - Tom diz surpreso.
Ao mesmo tempo, McKenzie se aproxima dos dois.
- Eu não acredito. É meu amigo Tom Hansen! Que maravilha! - ele o abraça forte.
Summer toma um shot de vodca e sai em direção ao palco.
- Boa sorte. - Tom diz.
- Olha gente, eu sou nova, então não vão me zoar, ta? - ela se estica na ponta dos pés, pois o microfone está muito alto.
E canta docemente, como se fizesse aquilo profissionalmente todos os dias. Tom sorri para a garota e bebe sua cerveja. McKenzie está logo ao lado, mexendo os ombros numa dança esquisita.
- Eu não sabia que iria ficar com a gente. Se soubesse tinha trago uma bebida. - Tom diz enquanto se senta.
Ele carrega duas garrafas cheias de cerveja gelada e dois shots.
- Eu estou bebendo. - Summer ergue sua garrafa.
- Você foi ótima... Ótima, mandou bem.
- Obrigada! Eu queria cantar "Burn to Run", mas eles não tinham.
- Ah, eu adoro "Burn to Run".
- Eu também.
- O Tom é de Nova Jersey. - McZenkie interrompe os dois
- Sério?
- É, eu me criei lá até os doze anos.
- O meu gato tem o nome do Springsteen.
- E como se chama?
- Bruce?
- Faz sentido.
Eles sorriem.
- Você tem namorado? - McKenzie pergunta.
- Não...
- Por que não?
- Por que eu não quero. - ela balança a cabeça.
- Qual é? Eu não acredito nisso.
- Não acredita que uma mulher goste de ser livre e independente?
- Você é lésbica? - ele se balança todo.
- Não, eu não sou lésbica. Eu só não fico a vontade sendo namorada de alguém. - o sorriso de Tom some. - Na verdade eu não fico a vontade sendo nada de ninguém, sabe?
- Não sei do que você está falando.
- Sério?
- Não.
Summer ri.
- Deixa eu te explicar. - ela diz. - Eu gosto de ficar sozinha. Relacionamentos são uma fria e as pessoas acabam se machucando. Quem precisa disso? Somos jovens e moramos em uma das cidades mais bonitas do mundo, tem que se divertir enquanto pode. E deixar as coisas sérias... Pra depois.
- Minha nossa! Você é homem! Cara, ela é homem.
- Tá, mas espera aí. O que acontece se você se apaixonar? - Tom questiona.
Ela ri.
- O que?
- Ah, você não acredita nisso, né?
- É amor, não é Papai Noel.
- O que significa essa palavra? Eu tive alguns relacionamentos e acho que nunca amei. E muitos casamentos terminam e divorcio hoje em dia, como os dos meus pais.
- Dos meus também. - Tom diz.
- Tom, eu acho que a moça protesta demais. - McKenzie levanta a mão.
- A moça não protesta. Não existe essa coisa de amor, é uma fantasia. - ela diz com um sorriso no rosto.
- Acho que ta enganada.
- Bom, ta legal. O que é que eu não estou vendo?
- Vai saber quando sentir.
- Acho que não podemos discordar pra concordar.
- É.
- E aí, quem vai cantar agora? - McKenzie diz com um sotaque típico de bêbados.
- Eu indico o jovem tenor aqui!
- Não, ainda não bebi o bastante.
- Barman!
Alguns minutos depois, lá está Tom, tão bêbado quanto McKenzie, cantando "Here Comes Your Man", do Pixies.
- Isso é "tam tam tam nã nã", não é?
- Não, não. - Tom ri.
- Então é o que?
- Eu sei, é alguma coisa, mas...
- Eu sei! Eu assistia toda semana.
- É, é a melhor série da TV, "A Super Maquina". E a musica que toca é tão boa.
- Muito boa. - Summer concorda.
De repente, se ouve uma voz conhecida no palco. É McKenzie com uma copo de vodca na mão, na outra o microfone. Ele embola as palavras e canta pessimamente. Então ele solta o microfone com o pedestal e dá um gole longo em sua bebida. Tom o olha preocupado e afirma ser hora de ir para casa.
- Você foi demais! - ele aponta pra Tom. - Você foi demais! - ele aponta pra Summer. - Foi muito divertido, muito divertido.
Tom abre a porta do táxi e tenta ajudar McKenzie a entrar no veiculo.
- Espera! - ele protesta.
- O que? - Tomas pergunta.
- Não é você. - McKenzie diz e se vira pra Summer. - É você! Ele gosta de você.
- Ta bom, já chega. - Tom enfia o amigo dentro do taxi e fecha a porta.
O carro parte.
- Desculpa, você não tem que ver isso. - Tom fala envergonhado. - Acontece todas as vezes que a gente vem aqui, não sei o que acontece entre esse cara e a musica.
- É verdade? - a garota pergunta com um sorriso.
- É, é... Ele bebe, ele canta, depois...
- Não, não o McKenzie. Você.
- O que?
- Você... Gosta de mim?
Tom ri sem jeito.
- É, eu gosto.
- Como amigo?
- Isso, como amigo. - ele mente descaradamente.
- Só como amigo?
- É. Quer dizer, eu nunca pensei nisso, eu... Sei lá! - sorri. - Por quê?
- Ah, eu te achei interessante e gostaria que fossemos amigos. Tudo bem pra você?
- Claro, seremos amigos. - ele encara a imensidão de azul naqueles olhos.
Summer Finn e Tom Hansen passam alguns segundos olhando um para o outro.
- Bom, agora eu tenho que ir embora. - Summer diz.
- Boa noite.
- Boa noite.
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(500) Dias com Ela
Teen FictionEstá é a história de um rapaz que conhece uma moça. O rapaz, Tom Hansen de Nova Jersey, cresceu acreditando que nunca seria feliz de verdade até o dia em que conhecesse a pré-destinada. Essa crença foi da exposição precoce a musica pop britânica tri...