As lágrimas escorrem-me pela cara, deslizam deixando um rasto frio, cheio de tristeza e mágoa. Os sentimentos de infelicidade fazem-se sentir dentro de mim, sinto os batimentos do meu coração e a calma respiração de sossego. Tranquilo e triste, palavras não que condizem mas que as sinto, um céu cinzento que não fala para mim, aquelas nuvens monstruosas sobre a minha cabeça, cheias de fúria de sobrecarga!
Todas aquelas árvores cheias de tons de amarelo, com um toque de Outono, as suas folhas fracas como um lobo esfomeado num deserto quente como o inferno... um vento gélido que balança sobre as árvores, sobre planícies e todos os edifícios, balança como se estivesse num baloiço, vai e vem, fica e não fica, porque não permaneces aqui? Porque não ficas comigo? Contar-me-ias histórias sobre onde passas-te e amostrarias-me o que viste, poderias levar-me ao futuro incerto, a um futuro por qual luto não só por lutar, um futuro que me pertence.
Futuro esse cheio de grandes glórias conquistadas, sem fraquezas e sem recaídas no caminho, onde não serei fraco mas sim vitorioso. Futuro esse onde estarei ao teu lado a passar a minha mão com um toque leve sobre o teu cabelo que cai em cascata sobre a tua cabeça, olharei para os teus olhos, olhos esses que brilham como estrelas numa noite de verão, e tu olharás para mim, olharás com aquele olhar de amor, com aquele olhar de quem está feliz com coisas simples na vida. Neste momento, aqui, o que me acompanha são meras palavras que escrevo, quer sejam frias quer sejam objetivas, porque são elas que dão vida ao que está morto e incerto, são elas fazem exprimir o que sentes, são elas que contam histórias por vezes inacabadas, são elas que te mostram realidades.