Capítulo 2

374 48 8
                                    

   No dia seguinte, eu acordei as oito horas da manhã, me dirigi ao banheiro para fazer minha higiene pessoal. 

Só precisávamos estar na gravadora às nove e meia, então eu tinha bastante tempo para me arrumar, mesmo que eu seja um pouco devagar nessa parte.

Logo após, desci para a cozinha e tomei meu café da manhã, ovos, bacon e suco de laranja com gelo.

Victor e eu saímos de casa às nove e vinte, ou seja, faltavam dez minutos para o horário marcado. Como a gravadora ficava a uns sete minutos da nossa casa, demorou menos do que eu esperava.

Ao chegar, nos sentamos nos bancos de espera, ao lado da sala de audições. Esperamos cinco minutos antes que uma moça loira de cabelos longos nos chamasse.

Dentro da sala estavam dois homens, um em pé e o outro sentado, na parede oposta estava uma outra porta e ao seu lado uma enorme "janela" de vidro, por onde eles observavam cada candidato durante o teste.

Me pediram que eu entrasse pela porta e logo em seguida, que eu pusesse os fones de ouvido.

— Qual música você irá cantar, Sarah? – o homem que estava em pé perguntou.

— Flashlight da Jessie J! – responde e meu irmão ri enquanto prepara a câmera para gravar.

Começou a tocar a parte instrumental da música e eu acompanhei cantando.

—When tomorrow comes I'll be on my own, Feeling frightened of the things that I don't know, When tomorrow comes, tomorrow comes, Tomorrow comes – todos me encaravam atentos –  . And though the road is long, I'll look up to the sky, And in the dark I found, lost hope that I won't fly, And I sing along, I sing along, And I sing along.

Para não ficar nervosa, tentei sentir a música o máximo possível, ignorando o que estava ao redor.

— Cause you're my flashlight, My flashlight, You're my flashlight,You're my flashlight, light, light, You're my flashlight, light, light, You're my flashlight.

Assim que a música acabou, os dois homens elogiaram a minha voz, dizendo que eu cantava super bem e se caso eles fossem me chamar, ligariam.

Chegando em casa, meus pais estavam ansiosos nos esperando.

— Então, querida, como foi? – minha mãe perguntou.

— Foi… Legal! – respondo com um sorriso forçado.

— Eu gravei cada segundo que ela cantou. – Victor fala mostrando a câmera que minha mãe toma dele e liga para ver o vídeo.

Enquanto eles se divertiam com a minha "maravilhosa" audição, subi para o meu quarto para trocar de roupa e terminar o livro que estava lendo.

Ao abrir a porta do quarto, me deparo com Kary.

— O seu namorado chegou! – ela diz animada.

— Kary, ele não é o meu namorado, somos apenas amigos. – resmungo e volto a descer as escadas.

Igor é o meu melhor e único amigo, bem, eu não faço muitas amizades.

Na verdade, nem sei o porquê de sermos amigos, pois além de ser loiro, ter olhos azuis e ser lindo, ele ainda é popular.

— Oi, Sarah! – ele diz e sorri ao me ver.

— Oi. – respondo colocando algumas mechas de cabelo atrás da orelha.

— Como está minha cantora favorita? – ele pergunta se levantando para me dar um abraço.

— Quem dera… – respondo sem graça.

Depois de um pouco de conversa, levei-o a biblioteca, ele odeia ler.

Quando chegamos, Igor, fez cara de tédio e pegou o celular para mexer, porém, tomei-o de sua mão.

— Então... Hoje você irá ler! – digo pondo o celular sobre a escrivaninha.

— Não, Sarah, nem pensar. – ele resmunga – Você sabe que eu odeio ler, agora devolve meu celular.

— Igor, você só precisa ler um capítulo, pouca coisa, depois te devolvo o celular. – falo rindo.

— Está bem, mas quantas páginas tem esse capítulo? – questiona ao se sentar.

— Umas três, por que?

— Porque se fosse grande eu não leria. – responde pegando o livro que eu dei.

Procuro meu livro, quando o achei, sentei em uma cadeira ao lado de Igor que parecida estar gostando da estória.

— Tem certeza que quer sentar aí? – ele pergunta me encarando.

— Tenho… Por quê? – eu não havia entendido, na verdade.

— Porque se você sentar em meu colo, vai ser mais confortável para os dois! – responde malicioso.

Senti minhas bochechas esquentar de vergonha, porém, apenas abaixei a cabeça e me foquei no meu livro, mesmo que as vezes o sentisse me encarando.

Depois de lermos um pouco mais, começamos a conversar e rir, até que Igor foi embora.

Como estávamos de férias, nem precisava me preocupar muito com horário, por isso voltei a ler e em seguida subi para o meu quarto.

Escola De Música (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora