Three

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Acordei no hospital, confusa, me sentindo tonta e enjoada.

Olhei em volta e encontrei Vero sentada ao lado da cama. Olhei um pouco mais a procura de meus pais, mas nada.

_Oi - Falei com a voz um pouco rouca.

_Nossa Lauren finalmente! Você me deu um susto e tanto vadia. - Vero se aproximou e disse.

_Onde estão meus pais? - Perguntei.

_Laur... é que seus pais... - Vero começou a dizer, mas eu a interrompi.

_Já sei, eles viajaram e nem se deram o trabalho de ver como eu estava. - Fale nem um pouco surpresa.

_Eles disseram que não podiam esperar Laur. Mas eles me pediram para lhe entregar isso. - Vero disse e me entregou um envelope.

No envelope encontrei um bilhete que dizia:

"Lauren querida, não tivemos tempo para esperar você acordar, espero que nos desculpe. No envelope que pedimos a Veronica para lhe entregar, junto com este bilhete tem um cartão de crédito, que a senha é 693165275, e também sua passagem para Miami, pois não mudamos nossa opinião sobre lhe mandar para o colégio interno. Já está tudo certo. O médico disse que você não sofreu nada grave, então assim que sair do Hospital, arrume suas coisas e vá direto para o aeroporto. Já está tudo acertado, assim que chegar, um motorista irá estar a sua espera para levá-la para o colégio.
Beijos, papai e mamãe

Obs: iremos conversar sobre o ocorrido ainda mocinha. "

(...)

Algumas horas depois, os médicos me deram alta. E depois de muita insistência por parte de Vero, concordei em ir para Miami.

(...)

_Até parece que você quer mesmo que eu vá em bora. - Falei para Vero enquanto esperava por meu vôo em uma das lanchonetes do aeroporto.

_Não é isso Laur. É que temos que concordar que seus pais estão certos. Vai ser melhor para você, mesmo que isso signifique que teremos que ficar distantes uma da outra. - Vero disse segurando minhas mãos.

_Eu vou sentir saudades. - Falei tentando conter as lágrimas.

_Eu também vou Laur. Mas prometo que vamos nos falar todos os dias. - Vero disse me puxando para um abraço. Até que ouvi anunciarem que o avião para Miami embarcaria em alguns minutos.

_Você precisa ir. - Vero disse.

Nos abraçamos mais uma vez e então eu fui.

Eu iria sentir muita falta de Vero. Ela era minha melhor amiga, nos conhecíamos desde infância. Ela sempre esteve do meu lado, me ajudando em tudo, principalmente à enfrentar a ausência de meus pais. Sempre me apoiava, mas também tinha momentos em que ela dava uma de irmã mais velha e me dava alguns puxões de orelha por fazer alguma besteira. Bom, eu iria sentir muita falta dela.

(...)

O vôo foi tranquilo, meus pais fizeram questão que eu viajasse na primeira classe para ter o total conforto.

Quando desembarquei no aeroporto de Miami, um motorista da imprensa me esperava.

_Bom dia senhorita Jauregui! - O rapaz disse abrindo a porta do carro para que eu entrasse.

_Bom dia Stuart! - Respondi e adentrei o veículo.

Enquanto fazíamos o trajeto até o Colégio, fui observando a cidade. Miami é uma cidade muito bonita, se fosse em circunstâncias, eu iria gostar de morar aqui. Quando estava olhando para algumas pessoas andando pela rua, tive a impressão de ter visto o mesmo cara do casaco preto que vi na festa da casa da Vero, no dia que passei mal. Uma corrente fria de ar percorreu a minha espinha, fazendo-me arrepiar, não era um frio normal qualquer, era calafrios, como se algo muito gelado tivesse passado por mim naquele momento. Voltei a minha atenção para o carro, subi o vidro fechando a janela.

Dentro de aproximadamente 2 horas e meia, Stuart anuncia que chegamos ao colégio. Descemos do caro e ele me ajudou com as malas.

Fiquei um tempo parada em frente ao enorme portão da "Ransom Everglades", para só depois decidir entrar.

"Onde foi que eu me meti?" - Pensei antes entrar.

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The consequences of loving you (Camren) {REFORMULANDO}Onde histórias criam vida. Descubra agora