O Garoto das Sombras

O garoto Drake Rúbeos

20 DE ABRIR DE 2017

     Como de costume acordei um pouco tarde, se dormir de mais fizesse mal a saúde eu já estava morta a muito tempo, por que não durmo, eu hiberno, rolei para um lado, rolei para o outro, quando vi que era 12:15 "meu Deus dormi de mais!"  levantei e fui escovar os meus dentes, olhei para o espelho e parecia uma zumbi, desci as escadas e fui almoçar, mamãe tinha preparado estrogonofe com batata palha e o cheiro estava muito bom, comi exageradamente porque era uma das minhas comidas favoritas, acabei ficando com um bad pós refeição e fui para meu quarto. Horas depois percebi que este dia estava sendo um tédio, "sangue do cordeiro, em nome de Pablo Vittar e companhia, estava mais parado que minha vida amorosa". Por volta do fim de tarde não aguentava mais e fui visitar o Michael na casa dele, chegando bati na porta porém ninguém me atendia, persistir por uns três minutos e desistir, voltei para casa para jantar e dormir para que este dia acabasse o quanto antes.

    Era uma manhã cinzenta eu estava me arrumando, pois eu e meus pais íamos passar a tarde a beira de um rio que existia perto de nossa casa mais ou menos cinco minutos de carro, peguei um biquíni com uma estampa azul com girassóis coloquei na mochila e coloquei um óculos escuro redondo e fui apressar meus pais para irmos logo, "meu Deus meu pai enrolava mais que minha mãe para se arrumar!", em fim saímos.

    Chegando, fui logo me preparando por que gosto muito desse tipo de diversão, "acho que na minha outra vida eu era um peixe", correndo na frente fui a única louca que foi para tomar banho em um rio no frio daqueles, me joguei na água quase transparente que me refletia enquanto mergulhava, bolhas saiam de minhas narinas e boca, me sentia uma verdadeira peixinha no mar. Acho que fiquei de "molho" quase duas horas naquela água, saí com os dedos todos enrugados e fui comer um pouco, minha mãe tinha feito belos sanduíches de queijo e mortadela, logo peguei três e comecei a me deliciar com eles quando minha mãe fala:

     _Vai com calma querida, parece que você estava presa!

     Dei uma leve risadinha de canto com a boca cheia e continuei a comer. Voltando para casa vinha extremamente cansada, no cair da noite, as estrelas brilhavam como vaga-lumes ao meu redor, entrei no carro logo depois meu pai e por último minha mãe, o rádio foi ligado e logo uma música bem agitada começou a tocar, "parecia um Rock anos 90", queria muito minha cama, só em pensar nos meus lençóis friozinhos já me arrepiava toda.

Chegando próximo de casa olhei para o lado dos vizinhos e vi novamente o filho dos Rúbeos olhando para os topos das árvores de frente a sua varanda, resolvi ser cordial  e comprimentar- lo antes de entrar para casa, mesmo estando cansada do dia sentei ao seu lado e lhe falei:

    _Que bonito o céu está hoje?

    Logo ele me olha e ri ironicamente:

    _Sim.

    Olhei para ele e finalmente perguntei:

    _Desculpa mas você não me falou seu nome outro dia.

    Ele observando o céu me respondeu, com seu tom de voz baixinho:

    _Drake...Drake Rúbeos.

    Na hora que ele me falou seu nome apenas respondi:

    _Prazer, sou Molly.

    Mas parecia que Drake não tinha vontade de falar comigo, conversamos por apenas cinco minutos e dei um tchau por que já estava caindo de sono. Deste dia em diante nos tornamos colegas e começamos a nos falar por mensagem quase todos os dias, toda vez que o Sr e Sra Rúbeos chegavam imediatamente ele se afastava de mim, como se eles não gostassem que eu ficasse perto de seu filho "chegavam até me ignorar é isso me deixava tão brava".