Tiro ao alvo

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Meu coração está a mil.

Abri os olhos assustada,pois senti o brinquedo voltar a girar, só que bem mais rápido do que o normal.
Chegamos no começo em alguns segundos.

Os meninos vieram correndo falar com a gente, já que eles desceram depois de nós.
--Há! Deu meio que certo. -- Kentin disse.
-- O que deu mais ou menos certo? --Perguntei tentando entender.
--Vimos que o 'I' deu R$10 pró cara do brinquedo e fomos falar com o carinha logo em seguida e o cara explicou que o 'I' pagou pra vocês ficarem lá em cima por um tempinho. --Nessa pausa que o Kentin deu, os garotos viraram para o 'I', todos com um olhar de fúria. Fingiu que nem era com ele. --Aí pagamos mais R$15 pró cara não deixar vocês lá, ele deixou mas abaixou o brinquedo a tempo! --Kentin deu um tapinha nas costas do 'I' que o olhou com raiva.
--Então foram vocês?! -- 'I' perguntou meio que gritando.
--Hahahahaha, sim, foi ideia minha!-- Armin deu um tapa forte nas costas do 'I' que saiu correndo atrás dele.

--Agora é minha vez!-- Kentin disse enquanto entrelaçava nossos braços. --Hum... Acho que você está com fome, né Giovana?
--Na verdade...
*groishou* (barulho da minha barriga)
--Que tal vocês se dividirem e irem comprar algumas coisinhas? Armin traga uns refris, Felipe pipoca, 'I' chocolate e 'V' algodão doce. -- Eles foram imediatamente.

--Agora nós iremos jogar aquele jogo de tiro que ganhamos prêmios. Que tal?
--EBA, tiro!! --Respondi entusiasmada.

Fomos para a barraquinha mais longe que tinha como prêmio várias pelúcias. Peguei uma arma e Kentin pegou duas, tínhamos três chances com cada arma. Segurei e dei o primeiro tiro em um patinho parado, acertei, ganhei um sapinho, atirei em um pato que estava se movendo e ganhei um urso rosa e branco de um tamanho médio, atirei em um patinho se movendo bem rápido e ganhei um elefante enorme todo colorido, mas nenhum desses era o que eu queria.

Sentei em um banquinho lá perto com os ursos ao meu lado, enquanto Kentin jogava, ganhando um monte de pelúcias pois pediu mais chances e não tinha errado nenhum alvo até agora.
O cara da barraquinha falou um pouco transtornado com o Kentin:
-- Fala logo qual você quer e vá embora!
O homem lhe entregou uma que o Kentin fez questão de esconder atrás das costas assim me impedindo de ver qual era.

Ele veio na minha direção e esticou os braços estendendo o ursinho na minha direção. Era um ursinho marrom com uma camisa que tinha um coraçãozinho vermelho nela. A coisa mais fofa. Como eu não vi essa pelúcia lá?
--Que lindo Kentin!
--Para você Giovana.
--Sério? Que fofo, muito, muito obrigado Kentin! -- Disse já com aquele ursinho nas minhas mãos.

Kentin jogou as outras pelúcias no centro do banco onde já estavam as minhas. Tentou se sentar no pouco espaço que tinha, o espaço que estava livre, sem pelúcia. Eu fiquei em uma ponta e ele na outra e o monte de pelúcias no meio.

Senti que tinha que agradecer o Kentin melhor, pois gostei demais do presente. Estendi meus braços na direção em que ele estava sentado. Nós abraçamos com o monte de pelúcias no meio do nosso abraço, o que foi bem engraçadinho olhamos um pro outro e demos um sorriso.

Estávamos apoiando nos ursinhos, eu ainda agarrada no que ele tinha me dado.
--Você não acha que estamos muito longe dos meninos? Será que eles vão nos achar aqui?

Ele não respondeu, estava olhando para mim com cara de bobo, que aliás fica ótima nele.
Incomodada e envergonhada com o olhar dele levantei o meu ursinho marrom e segurei as patinhas dele e com a pontinha da pata do ursinho de pelúcia esfreguei de leve o rosto dele, piscou assustado.

--É guerra que você quer? Terá! -- Exclamou sorrindo. Rapidamente ele pegou uma pelúcia qualquer e bagunçou mais ainda meu cabelo, que já não estava lá essas coisas, bagunçei o cabelo dele também e ficamos brincando de lutinha de pelúcias por um tempo até ele desistir.
--Hahaha!-- Kentin riu alto meio ofegante. --Desisto, você ganhou, tá bom? Hahahaha.
--Hehehe, nunca perco! --Me vangloreio por ganhar até nisso.

Ele se vira para mim, que estou com a cabeça apoiada no monte de ursos em cima do banco. Segura o urso rosa perto do meu rosto e acaricia-o com a patinha fofa do urso enquanto olha diretamente nos meus olhos. Desvio o olhar para o outro lado e levanto minha cabeça que estava apoiada nas pelúcias e apoio ela na minha mão que está em cima do banco assim fazendo eu ficar de costas pra ele.

Sinto ele se levantando e de relance vejo ele empurrando o monte de pelúcias pró canto em que ele estava sentado.
Se sentou do meu lado agora e colocou a mão no meu ombro, me fazendo virar em sua direção, pôs a mão no meu rosto e brincou com o cabelo que estava todo bagunçado na frente dele, eu sorri timidamente, com vergonha mas feliz. Levou a mão até minha boca e delicadamente acariciou meus lábios com as pontas dos dedos, foi até o meu queixo e levantou minha cabeça, estávamos os dois bem corados, ele estava sério agora, engoliu em seco, fechou os olhos e se aproximou de mim, mais e mais. Fechei os olhos também mas senti uma coisa na frente do meu rosto.

Acho que ele tá perto demais.

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