Depois de quase 4 horas de voo nos aproxima vamos da Inglaterra quando fomos surpreendidos por um ataque aéreo inimigo que... derrubou nosso em pleno atlântico norte. Antes do avião cair consegui pegar um paraquedas e prender Caleb que havia batido a cabeça no momento do ataque e estava desacordado, estávamos a há mais de 200 km da costa inglesa da qual era cercada por navios e submarinos (tanto doa aliados quanto dos inimigos). Consegui nos colocar em uma das assas do avião que boiara e enquanto Caleb recuperava aos poucos sua consciência eu procurava por sinais de mais sobreviventes, sem sucesso. Me atirei por 4 vezes ao mar tentando achar algo do que poderíamos usar:
- Teve sorte. Gritava Caleb enquanto eu subia no nosso "bote".
- Não grita "mah" eu to cansado, não surdo, só achei esse sinalizadores e uma bolsa de suprimentos que deve durar no máximo uma semana se nos alimentarmos apenas uma vez por dia.
- Já é um começo, podemos juntar com as garrafas de água que você achou e sinalizadores.
- Primeira regra da sobrevivência Caleb "nunca deixe tudo junto" se não tudo vai embora junto.
- Ok, será que já começaram as buscas?
- Não sei. Eu contei uma grande mentira para ele naquele instante, pois eu sabia que já tínhamos nos distanciado ao menos mais 100 km, correntes e ventos fortes não estavam contribuindo, aquela altura já haviam mandado cartas para nossas famílias lamentando a perda, mas não podia dizer isso para um garoto de 11 anos que já estava com o emocional abalado.
Maria narrando:
- CARLAAAAAA.- eu gritava ao telefone - Meu Deus você também recebeu a carta do exercito??
- sim - falou ela em um tom serio como se não tivesse razão de viver- nós tínhamos que estar preparadas para isso, afinal eles foram para a guerra.
Depois disso ela desligou, assim sem "tchau" ou "até logo", sabia que ela gostava do Mateus só não sabia que era a razão do viver dela, eu gostava do Caleb mas sei lá não era um amor de verdade era como o Mateus sempre dizia "é o primeiro relacionamento serio da vida de vocês, ainda tem muito que aprender" ele sabia como fazer uma boa frase, ele sempre me chamou atenção acho que eu tinha uma queda por ele mas ele namora a Carla e ela era uma das minhas melhores amigas então.
Dois dias depois de receber o anúncio da morte de meus amores, eu recebo o anúncio da morte da minha melhor amiga(da qual cometera suicídio pois não suportava viver sem Mateus) , por favor Deus não leve mais ninguém que eu ame!
Mateus narrando:
Já estávamos a quase 3 dias a deriva, só restava alguns goles de água dos quais fiz questão que Caleb bebesse, ele era mais novo e tinha muito o que viver. Em algum momento meu corpo não aguentou mais e eu desmaiei, quando finalmente voltei a mim estava em uma cela, numa cela ao lado estava Caleb ele me contou que pouco depois que desmaiei ele viu um navio e em desespero lançou um sinalizador quando ele percebeu já era tarde, o navio para o qual ele sinalizou era russo e estava patrulhando a costa da Islândia, falei para que se lhe perguntassem algo dissesse que era apenas um soldado recruta sem treinamento.
Antes que fizessem nosso interrogatório forças aliadas tomaram o navio e nos libertaram, fomos levados para a Inglaterra (finalmente!). Recebemos treinamentos diferenciados: eu virei um atirador de elite enquanto Caleb virou um soldado de suporte. Nos tornamos fantasmas, como todos pensavam que estávamos mortos eramos perfeitos para adentrar na linhas inimigas como civis com nomes e documentos falsos. Passamos 3 meses como fantasmas, sem saber e sem dar noticias para casa. Em uma de nossas missões, foi nos designado eliminar um alvo de extrema importância para os inimigos, mas para nossa surpresa era o líder deles em pessoa! Bem ali (a 1.730 metros de distância) o desgraçado estava na mira do meu rifle e podia puxar o gatilho quando...um coronel da aeronáutica me deteve disse que sua equipe iria bombardear a instalação onde ele estava e que matariam todos de uma vez. Depois disso a guerra acabou sem líder os inimigos não conseguiram continuar.
Voltei para casa junto com Caleb, quando desembarcamos do avião não tinha ninguém para nos receber, Caleb ficou indignado ele se achava um herói do tipo "eu fui pra guerra me da 1 milhão de reais" puto da vida foi pra farra com outros soldados. Eu fui atrás de saber o que tinha acontecido, estranhei a monotonia na cidade fui até a casa da Carla não achei ninguém, fui na casa da Maria e a encontrei chorando ela me disse que pouco antes da guerra acabar os norte coreanos haviam tomado a cidade e matado metade dos que moravam aqui, incluindo minha mãe, meu pai e meu irmão mais novo eu não suportei aquilo desabei em choro sobre o colo de Maria eu perguntava por Carla e ela me contou que ele havia se matado e nesse momento eu senti meu coração parar perdi toda a minha família (pois o meu irmão mais velho não estava na cidade mais morreu no fronte) e ainda minha namorada, passei quase duas horas chorando no colo de Maria e ela tentando ser forte para não chorar, até revesávamos eu chorava um pouco no colo dela e ela um pouco no meu. Depois de tudo isso ela me perguntou por Caleb e eu disse que ele havia saído com outros soldados:
- Como assim ele não se preocupou em me procurar?
- Calma você sabe como ele é
- Mas ele devia se preocupar comigo!
- Quem sabe depois da guerra ele nem ligue pra quem você é
- Então quem vai ligar? já perdi minha família minha melhor amiga e agora meu namorado! quem nesse mundo ainda se importa comigo????
- Eu...
YOU ARE READING
Nada além de um romance
Aktuelle LiteraturEm meio uma guerra, uma nação sem soldados toma medidas drásticas recrutar jovens menores de idade para o serviço militar. Graças a isso a vida de Mateus muda totalmente quando ele deve enfrentar uma guerra para demostrar seu amor... Para entender t...