Único.

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Era loucura, eu sabia, mas aquele sentimento que corria em cada parte do meu corpo era maior do que qualquer outro desejo. Eu não sei em qual momento eu comecei desejar tanto Götze.

Minha mente vivia me dizendo, "você sabe no que está se metendo?" Mas havia aquela parte do meu cérebro que ignorava todos os meus outros sentidos de alerta.

Do fundo do meu coração, eu previ isso desde o início – éramos grudados demais – por deus como ele conseguia balançar tão bem esses quadris em quanto andava? – Essas coisas estavam me deixando zonzo.

"– Marco está tudo bem?" – Ele me perguntou parando em minha frente.

"– Claro." – Disse, forçando um sorriso.

Mas foi difícil permanecer indiferente quando uma rajada de vento bateu contra nos na rua e o perfume de Mario entrou por minhas narinas – meus olhos reviraram – senti minhas pernas fraquejarem.

"– Você tem certeza disso?"

"– Só estou me sentindo um pouco enjoado." – Menti.

"– Vamos logo, minha casa já está perto." – Segurou em minha mão, praticamente me arrastando pelas ruas.

[...]

Fazia algum tempo em que eu estava sentado em seu sofá, encarando ás paredes daquela sala e pensando em qual momento eu havia vindo parar ali em Munique – apenas para o ver novamente – suspirei olhando em volta e observando todos aqueles seus amigos, rindo – e pensar que um dia eu já ri assim pra ele sem qualquer outro interesse.

Sinto o sofá se afundar ao meu lado e dessa forma sou tirado dos meus pensamentos. "– Você realmente não me parece bem."

Olhei para o lado e Mario me encarava preocupado. "– Desculpe." – passei ás mãos em meu cabelo. "– Só estou distraído demais esses dias." – Estiquei meu corpo para frente apoiando-me em meus joelhos.

"– Por quê?"

"– Por que o que?" – Perguntei confuso.

"– Por que está tão distraído?"

"– Muitas coisas, Sunny." – Pressionei meus lábios, formando uma linha reta com eles.

"– Não quer me contar?" – Ele colocou a mão sobre meu ombro.

Balancei a cabeça negativamente. "– Acho melhor não te encher com minhas bobagens."

Sua mão apertou meu ombro. "– Nunca são bobagens pra mim, Reus. Sou teu amigo."

Ouvir aquilo dele não me agradava em nada – eu não queria ser seu amigo – droga, se ele ao menos soubesse o quanto eu o desejo, o quanto ele me deixa fora de mim, tenho certeza que ele tomaria cuidado ao se aproximar.

Levantei, colocando ás mãos atrás da minha nuca, espreguiçando-me. "– Acho melhor eu ir, está ficando tarde e a maioria já foi também."

"– Você tem certeza que prefere ficar sozinho naquele hotel do que aqui comigo?"

"– Eu não quero te atrapalhar, ficarei bem lá. Amanhã ligo pra você, ok?"

Ele suspirou, e caminhou comigo até a porta de sua casa. "– Tudo bem."

Já ia saindo, quando ele segurou em meu pulso. "– O que foi?" – Olhei confuso.

Götze ficou nas pontas dos pés e passou os braços em volta do meu pescoço, automaticamente meus braços rodearam sua cintura, apertando seu 'pequeno' corpo contra o meu, ele pressionou os lábios quentes em minha bochecha que agora provavelmente estariam coradas. "– Até amanhã, Marcinho."

Falling in Love (will kill you)Onde histórias criam vida. Descubra agora