Com corações não se brinca

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Floresta Encantada, 28 anos atrás.

         

                                                                                   Regina

-Um assassinato? Quem que você quer que eu despache?-dizia o homem com uma mão só.

-Minha mãe. - digo por fim observando suas expressões, e vejo um sorriso diabólico se formando no canto de seu rosto.

-Só isso que eu devo fazer para você me levar para a terra sem magia?-ele diz alevantando sua delineada sobrancelha, e alisando a ponta de seu gancho que ficava no lugar de sua mão esquerda.

-Sim, essas são minhas condições. -disse me sentando em minha penteadeira e olhando seu reflexo ficar intrigado.

-Como quiser, Vossa Majestade. -disse o Capitão me lançando um último sorriso, e entrando com um corpo sem vida no chapéu de Jefferson.

-Mais um trabalho sujo, feita por uma alma suja. - Solto um sorriso sarcástico para meu reflexo.

Depois que o pirata me deixou em paz, pude pensar sobre o que eu acabei de mandar ele fazer. Seria necessário esse sacrifício para eu poder alcançar meu objetivo de destruir a felicidade de Branca de Neve, e arrependimento é uma palavra que não se encaixa em meu vocabulário.

Meus motivos eram simples, vingança por amor. Algo que eu compartilhava com Gancho. Rumpelstiltskin tirou a única pessoa que foi capaz de amolecer o coração do capitão, e esse feito alimentou uma vingança que é seguida como uma religião por Gancho. Daniel era meu único amor, e assim como Rumple, minha mãe fez questão de esmagar seu coração. Eu entendo o desespero dele, entendo como se fosse o meu. Mas meus motivos de querer minha mãe morta iam muito além da morte de Daniel, meus motivos são acabar com a vida daquela que jurou segredo do meu amor escondido.

Espero que o pirata seja bem sucedido em sua missão.

Killian

Não sei onde estava com a cabeça quando aceitei o plano suicida da Rainha. Na verdade, sei sim! Estava com a cabeça em minha vingança. Quando ela me disse que nessa nova terra não tem magia, já pude respirar mais suavemente, em minha cabeça já preparei um plano especial para tirar a vida daquele maldito crocodilo. Ao chegar ao tal Pais das Maravilhas, vi o quão esquisito era. Era em lugar cheio de cores e criaturas estranhas.

-Quem ousa invadir o reino da Rainha de Copas? -fui interrompido de meus pensamentos por uma voz grave e áspera. Ao olhar para trás pude observar uma figura grande, vestindo uma armadura preta e vermelha, seu rosto não era visível por conta do enorme capacete que cobria sua cabeça.

-Invadir? Eu estou só visitando esse mundo bastante esquisito... -disse para o guarda enquanto olhava ao redor e via coisas realmente muito estranhas. Ao olhar para esquerda pude ver mais guardas vinham ao meu encontro. -Meu passeio não vai ser tão agradável como eu imaginei! -disse por fim encarando sarcasticamente o primeiro guarda.

...

-Ajoelhe-se perante a Rainha de Copas!- Pude escutar alguém falar, mas não achei a figura. Os guardas que me seguravam forçaram meus joelhos até eu sentir o chão embaixo deles. Ao olhar ao redor vi pessoas usando máscaras e fantasias, ao longe vi sentada e segurando uma máscara tapando seu rosto a rainha.

Olhei curioso enquanto a rainha falava em um objeto comprido no ouvido de seu servo, pude escutar o mesmo me questionando.

-A rainha gostaria de saber o que faz no Pais das Maravilhas?

See you, Love.Onde histórias criam vida. Descubra agora