• Capítulo 12 •

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#POV AMANDA RAY

''Você está bem?'' pergunto ao Braison assim que o vejo entrando.

''Na verdade não está nada bem Amanda.'' ele ri e se senta no sofá.

''Eu acho que ela volta.'' tento amenizar a sua dor.

''Esse é o problema, não quero que ela volte. Já deu o que tinha que dar, mas me dói pensar que talvez eu não a tenha feito feliz."

''Eu tenho certeza que você fez seu melhor, por que sempre foi assim.'' sorriu e sento-me ao lado dele. Eu sei que mais do que ninguém, ele precisa de um amigo agora.

''Eu vou tentar por isso na minha cabeça, obrigado por tudo desde sempre Amanda.'' ele abaixa a cabeça.

''Não precisa agradecer, até por que, se eu fosse agradecer por tudo que fez por mim e ainda faz, você teria que me ouvir até de madrugada.'' nós rimos.

''Só preciso de alguns dias até voltar para Boston, sei que a Nick se incomodou, me desculpa por te fazer passar por isso.''

''Ela não estava no direito dela, e você, é mãe da minha filha, era o mínimo que eu podia fazer por você, não ia deixar você em um hotel pagando 800 dólares por noite sendo que moro aqui. E o fato de ficar aqui não é um terço dos nossos problemas, que são muitos.'' sorriu novamente.

Escuto a campainha tocar e me levanto para atender já que Braison não está legal. Assim que abro a porta, vejo um menino lindo. Cabelos loiros escuros caídos sobre a testa, olhos azuis e tem um sorriso muito gentil.

''A Savanna está?'' ele pergunta.

''Pode mandá-lo entrar, ele é um amigo dela.'' o Braison grita do sofá e eu dou passagem para o garoto, que limpa os pés no tapete e pede licença.

''Ela está no quarto dela, pode subir lá.'' Braison diz para o menino assim que o cumprimenta com um toque de mão e um sorriso amigável, assim ele se dirige para a escada e desaparece no corredor.

#POV SAVANNA

''Escuto passos no corredor e me ajeito na cama.'' sorriu assim que reconheço a pessoa que está agora a entrar em meu quarto.

''Atender o celular é bom viu.'' ele diz.

''Não atendi ninguém nas últimas horas, ia te retornar depois.''

''Como você está minha little girl?'' ele diz enquanto me abraça forte e senta-se na cama de seguida.

''Little girl???'' arregalo os olhos e ele cai na gargalhada.

''Sim.''

''Não está nada bem.'' ele cessa o riso quando me ouve.

''Pode começar.'' ele cruza os braços e espera que eu comece a contar o que aconteceu. é maravilhoso ter o Luke aqui, ultimamente ele está sempre aqui pra mim, e eu pra ele, eu nunca tive uma amizade tão forte assim. Deito minha cabeça sobre o seu colo e começo a contar o ocorrido, meus olhos pouco tempo depois começam a se encher de lágrimas e posso ver a preocupação em seus olhos.

''Nada é culpa sua.'' é a única coisa que ele me diz, mas incrivelmente suas palavras dissolvem a dor no meu peito. Eu olho para ele e sorriu em forma de agradecimento e ele me retribui.

''Como foi com a Carmem?'' estou curiosa.

''Não importa.'' ele brinca com as mechas do meu cabelo.

''Importa, por que eu quero saber.''

''Foi uma porcaria.'' ele diz e nós caímos na gargalhada.

''Por quê?'' não consigo conter minhas risadas altas.

''Por que ela não fala nada que preste.''

''Rolou uns beijinhos?'' ele revira os olhos e eu volto a rir.

''Não. Acho que vou fugir dela na escola amanhã.''

''Ela é muito bonita.''

''Sim, se calar a boca dá até pra pegar, mas acontece que ela não calou.''

Minha porta começa a ser aberta e eu vejo meu pai entrando.

''Vou sair, vim avisar.'' ele diz.

''Vai pra onde?'' me levanto rápido do colo do Luke.

''Não sabemos ainda.''

''Marcou de se encontrar com a Nicole? isso é bom, talvez vocês consigam resolver as coisas...''

''Vou sair com a sua mãe.'' ele ri e eu arregalo os olhos.

''Vou levar ele no melhor restaurante de Nova York.'' minha mãe aparece na porta vestindo um sobretudo.

''Tá né.'' não sei o que tá rolando, mas parece que minhas lágrimas de alguns minutos atrás secaram totalmente. ''Vão demorar?'' tenho medo de ficar sozinha em casa, principalmente á noite.

''Provavel que não, mas para todos os efeitos, o Luke podia dormir aí com você.'' isso veio do meu pai e eu não me surpreendo, ultimamente tenho andado tanto com o Luke, devem estar achando que ele é gay. Eu e o Luke nos olhamos e assentimos com a cabeça. Eles se despedem e saem de casa.

''Você tá com fome?'' pergunto ao garoto jogado na minha cama na maior folga.

''Não, jantei antes de vir.'' ele responde com os olhos no celular.

''Então tá, vou escovar meus dentes e por um pijama, já volto.''

''Uhum''

Vou até o banheiro e visto um pijama, escovo meus dentes e cabelos e quando volto para o quarto o Luke está com os olhos fechados.

''Luke?'' chamo.

''Oi?'' ele responde um pouco assustado. ''Acho que eu dormi.''

''Credo.'' vou em direção a minha cômoda e retiro uma t-shirt e atiro para ele.

''Já disse que durmo só de boxers.'' ele arremeça a t-shirt de volta para mim.

''Tá maluco? minha mãe pode entrar no quarto a qualquer hora durante a madrugada e pensar besteira.''

''Por isso tem tranca na sua porta.''

''Não vou trancar, por que se tentarem abrir e verem que está trancada vai ser pior.''

''Verdade. Mas da outra vez nós trancamos.''

''Tem razão, mas meu pai não entra no meu quarto do nada, minha mãe sim, veste isso logo.''

''Tá.'' ele revira os olhos e apanha a t-shirt que eu arremeço de volta para ele.

''Posso apagar a luz?'' pergunto enquanto espero ele se vestir.

''Pode.''

Vou em direção a cama e me deito ao lado dele.

''Boa noite Luke.''

''Boa noite little girl.''

''Para com isso!'' me viro para o empurrar mas ele me segura.

''Não paro!'' nós dois caímos na risada.

No escuro eu posso ver de relance os olhos dele, que estão nos meus. Sinto uma de suas mãos subirem para a minha cintura, me assusto mas me mantenho quieta. Ele está se aproximando de mim, e eu posso enxergar seu sorriso. Quando seu rosto chega á alguns centímetros do meu ele para de se aproximar.

''Posso?'' ele murmura.

''Pode.'' murmuro de volta. Não acredito que estamos fazendo isso. Pior ainda, não acredito que estou desejando isso.

The drug in me is you •L.H• HOTOnde histórias criam vida. Descubra agora