01 / Victória

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Victória On:

  
  Eu esperei por tanto tempo, para mudar o ângulo da minha vida. De Texas - aonde vivi minha vida inteira com minha mãe -, à New York - aonde iria viver uma nova experiência com meu pai.

  Meus pais se separam à quinze anos atrás, por o mesmo motivo que quase todos os adultos se separam: traição.

  Mas, é claro que isso não ocorreu por partes da minha mãe, meu pai não à amava o suficiente. Marcos (meu pai) se mudou para New York dizendo que tinha uma nova chance de trabalho, na verdade ele estava com sua amante, e não trabalhava. Ela era rica o suficiente para sustentar nós quatro (meus pais, eu e ela mesma). Não a culpo por isso, ela não sabia que meu pai ainda tinha uma esposa e uma filha com dois anos de idade em Texas.

( ... )

- Chegamos, essa é sua nova casa. Fique à vontade. - Papai disse entrando com minhas malas na grande casa.

  Cujo, empregada, me mostrou aonde seria meu novo quarto, e todo a casa, para não me perder se quisesse fazer alguma necessidade.

  Agradeci assim que me mostrou tudo e entrei no meu quarto. Arrumei minha roupas e às demais coisas, escolhi um biquíni e tomei banho.

  Tomei um longo banho, arrumei tudo que precisaria para ir a praia e desci as escadas, quando cheguei no último degrau tive um interrogatório do meu pai.


  - Aonde está indo, querida? - Me perguntou desviando os olhos da televisão.

  - Aonde parece? - Respondo/pergunto, dando uma volta mostrando meu biquíni e a bolsa. - Na praia obviamente.

  - Aqui tem piscina. - Apontou para a porta de correr que através tinha uma linda piscina.

  - Eu quero ir pra praia! - Digo revirando os olhos, abro a porta e peço uma carona para o motorista.

  Ele me deixou na praia, já estava na hora do pôr do sol. O melhor momento do dia.

  Tinha um grupo de amigos, algumas meninas eram meio oferecidas, e já os meninos eram lindos demais.

  Dei algumas observadas e pude ver um garoto me encarando, ele tinha o cabelo castanho, olhos cor de mel, um tanquinho e algumas tatuagens. Era muito lindo.

( ... )

  - O pôr do sol mais lindo é daqui. - O mesmo garoto que descreveria se sentou ao meu lado. - Sou o James, como vai?

  - Concordo, prazer Victória. - Respondo apertando sua mão.

  - É novo por aqui?

  - Cheguei à poucas horas, irei estudar no Elite Way, deve conhecer. - Comento olhando seus olhos.

  - Oh! Eu também, podemos nos ver amanhã. - Ele diz surpreso. - Quer ir na minha casa? Ah, só conversar ok?

  - Bem, acho que terei que ir mesmo. Não sei aonde é minha casa e não tenho o número de ninguém daqui. - James me ajuda a levantar e dá um belo sorriso de canto.

( ...)


Observo todo o caminho enquanto conversávamos.

  - Moro com minha mãe e com o coroa que me considera o seu filho. Sou solteiro, tenho bastante amigos, até. Curso o 3°A, talvez tire a sorte de cair na minha sala, não é? - James me conta um pouco de sua vida.

  - Espero que sim. - Única coisa que consegui dizer assim que ele passou pelo grande portão, pelo qual eu já teria passado alguma vez.

  - Chegamos na humilde residência. - James ironiza descendo do carro e abrindo a porta para mim.

  - Err.... obrigada! Mas o que eu não entendo é como você sabia a minha casa e eu não. - Falo parando na frente da porta.

  - Hã? Sua? Essa casa é do meu pai e da minha mãe! - James fala apontando para si.

  - Filho! - Suzana grita correndo em sua direção o abraçando. - Victória, está uma bela moça.

  Suzana me abraça também, imagino um grande ponto de interrogação na minha cabeça e na de James.

  - Vejo que já se conheceram, James é meu filho e Victória é minha intiada. - Ela explicou batendo irritantes palmas.

  - Peraí! Ela não ia chegar só dia catorze? - James pergunta.

  - Querido, hoje é catorze. - Suzana diz.

( ... )

  Quando tudo se explicou, nós entramos em casa. Cada um seguiu seu rumo, James certamente foi para seu quarto e eu para o meu.

  Eu nem consegui acreditar, que James era como meu meio-irmão. Que eu estava em Nova York, que tudo mudou.

  E fiquei mais chateada ainda ao lembrar que: meu pai considerava o James seu filho, enquanto à mim, nem me mandava mensagens...




Comecei o livro de novo, percebi que muitas pessoas não gostaram da história.

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