Homero

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Aquele número de dias foram passados nas melhores condições possíveis, quem diria que esta alma sairia do país sem a autorização dos pais.

Foi nesse fim de semana que conheci Homero. Foi estranho, diferente e talvez surpreendedor, mas o seu olhar continuava a suplicar por mais e mais de mim. As suas facas eram a sua segurança, talvez a única forma que encontrara de ter confiança, mas não foi isso que despertou a minha atenção, mas sim a seu olhar penetrante que despia a minha alma.

Os individuos que o rodearam também não favoreceram a nossa interação, mas Homero não se importou, seguiu o seu caminho.

A nossa troca de sorrisos, e olhares de simpatia tem sido um pouco escassa, a meu ver. Talvez porque as oportunidades que surgiram não foram de todo as mais favoráveis para uma conversa com principio, meio e fim.

Nos próximos dias tenho esperança que a minha esperança aumente, talvez sim devido ao formal jantar agendado para um dia próximo. Mas quem sabe.

A minha melhor parente afirmou já o ter visto antes, ao contrário de mim.

Mas ao contrário dela, eu tenho o prazer de o conhecer de raiz.

Durante todos estes anos prometi que ia esperar até ter uma idade madura, porque quando o amor entra não sai facilmente.

Isto aconteceu até Homero me abordar. Até o céu ficar limpo apesar do frio. Mas os dias ficaram lindos.

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