Um Novo Começo

capitulo 03 ❤

Rodrigo na mídia

Acabo acordando de madrugada e descido ir tomar água , quando chego na sala me deparo com meu pai  dormindo no sofá e resolvo o acordar para ele ir para o quarto.

Eu:– pai- digo tentando lhe acordar, mas a tentativa foi  em vão– paai!

Fernando: – Oi clara , aconteceu alguma coisa? – ele diz meio assustado.

Eu: – aconteceu pai, o senhor acabou adormecendo no sofá , vá pro seu quarto.

Fernando: – a Helena acabou ficando por aqui, e a deixei dormindo no meu quarto .

Aaaah só pode estar de brincadeira ne cara , essa mocreia dormiu aqui? Logo assim de primeira?

Eu: – ata - digo me retirando pra não demonstrar a minha raiva.

acabei perdendo meu sono de tanta raiva, como assim, essa mulher vai mudar pra ca  agora? ah, mais se ela pensa que vai conseguir isso ela está muito enganada. Quando olhei no relógio já eram 5:00 da manha resolvi me deitar e esperar a hora passar para que eu pudesse me arrumar para ir pra escola.
Deu 6:00 e ca estou eu, entrando pro banheiro para tomar um banho e ver se consigo relaxar um pouco.
Depois de um banho relaxante eu já me sentia melhor e fui me arrumar para ir pra escola. Depois de pronta desci pra tomar café e quando chego a cozinha tenho a imensa insatisfação de encontrar a vaca da Helena na mesa junto com meu pai. 

Fernando:– bom dia filha – ele estampava uma alegria  em seu rosto que ha muito tempo eu já não via mais.

Eu:– bom dia pai – digo olhando nos olhos dele – acho que deixei bem claro meu encômodo na presença dessa mulher.

Quando estou prestes a me servir ouço aquela voz irritante se dirigindo a mim.

Helena :– bom dia clarinha – ela disse com a voz mais suave do mundo.

Aah, eu não acredito que essa vaca ta falando comigo, não acredito mesmo.
Olhei ela nos olhos , que me olhava com uma cara de deboche, e de relance vi meu pai me olhando assustado, afinal ele não sabia oque tinha acontecido ontem a noite.
A fitei com umas das minhas piores caras , me levantei da mesa sem dizer nada , peguei minha mochila e sai.
Já imagino a cara do meu pai e a falação que ele vai arrumar na minha cabeça quando eu chegar.
Passei em uma padaria e fui comprar alguma coisa pra comer, depois que terminei segui meu caminho pra escola .
E mais uma vez estou aqui , adentrando estes enormes portões que me destinam a minha sala .
Acho que eu não estou com a cara mais convidativa do mundo mais mesmo assim Júlia se aproxima de mim.

Julia :– Oi clara – ela disse com aquela voz meiga , capaz de acalmar qualquer um .

Eu:– Oi julia

Acho que ela percebeu a tristeza e a raiva na minha voz e se mostrou preocupada comigo.
Acho que posso me abrir com ela, já não faço isso desde a morte da minha mae, e tem quase três anos, me sentia tao carregada , precisava me abrir com alguem e acho que achei a pessoa certa para fazer isso .
Soltei um suspiro longo e segurei em seu braço a guiando até um lugar que muitas vezes eu ia ate ele somente pra pensar na vida.
Chegamos no jardim abandonado atrás da escola, quase ninguém vinha aqui, a não ser aquelas putinhas que vinham se pegar com os garotos da escola , que na verdade não passavam de uns pegadores galinhas, pegava qualquer uma e depois metia o pé na bunda , fazendo com que varias delas se jogasse ao seus pés. Muitos já pediram e insistiram em ficar comigo mais eu nunca dei ideia , não via graça neles.
Eu e Julia nos sentamos em baixo de uma arvore que havia ali e comecei a contar pra ela, decidimos que iriamos matar a primeira aula pois ela queria realmente me ouvir.
Comecei primeiro contando sobre o acidente da minha mae, e sem perceber eu já estava inundada de tantas lágrimas , e ela ali só me ouvindo sem me interromper hora nenhuma , mas demonstrava total conforto a mil, me fazendo ficar segura para contar ate meus mais profundos medos .
Cheguei na parte da Helena e aquela expressão de tristeza havia sumido dando lugar a uma clara cheia de ódio, enquanto eu contava havia ainda umas lágrimas que insistiam em cair , aquela mulher estava realmente me fazendo mal. Quando eu achei que minha vida ia começar a melhorar esse demônio resurge das trevas pra fazer tudo desabar de novo.
Acabei de contar e Julia veio me abraçar, sem dizer nada retribui o abraço. O abraço dela me confortava totalmente, era como se fosse um abraço de irmã mesmo que queria nos proteger , e realmente eu estava precisando disso , já não me lembrava mais de como era bom receber um abraço desses.
percebi uma presença e  vejo que alguem se dirige até nos, e era Rodrigo , rapidamente seco minhas lagrimas , mas não adianta afinal meu rosto estava inchado e vermelho de tanto que eu chorei. Eu estava de costas e pela sua voz ele parecia preocupado.