Prólogo ❂

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Willian

Todos os dias eu procuro andar pelas ruas, acho que isso é bem normal, digamos que, eu não ando por prazer nem nada, só porque meus pais me obrigam, se eu pudesse ficar o dia todo deitado, eu iria ficar o dia todo deitado.

Nunca foi interessante andar pelas ruas de Washington, já achei várias coisas por lá, mas, nada tão interessante quanto um livro robusto que achei no banco de uma praça, olhei a volta e não tinha ninguém além do vento e da névoa que pairava sobre o chão.

Sentei no banco e fui ler e descobri que na verdade era um diário, podemos assim dizer, era até que interessante....

E a pessoa que escreve nesse diário, deve adorar azul, o diário é azul, e as páginas estão todas escritas em azul.

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Página 1

19/04/1974

Meus pais perceberam uma mudança em mim que nem eu havia conseguido perceber, eles me disseram algumas verdades, sobre eu estar me fechando muito ou estar demonstrando tristeza.

A verdade é que, meus pais acertaram, mas eles ainda não sabem disso, e mesmo assim, resolveram me levar a um grupo de apoio. Talvez eles achassem que eu poderia estar me envolvendo com drogas e só queriam se precaver, ou talvez, estivessem tentando tirar " férias " da minha presença.

Eu não faço a mínima ideia por quais motivos eu tive a motivação de vir até uma loja e comprar um diário para escrever algumas coisas desnecessárias, mas eu comprei, e agora, só me resta escrever para que eu mesma possa ler.

Bom, não sei como as pessoas conseguem chamar os diários de apelidos como " querido diário " mas, eu sinceramente, não sou uma dessas pessoas, e não pretendo ser.

- Anônima



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