Jessica mais uma vez chega em seu apartamento estressada de um dia de trabalho em sua empresa, não que ela reclame do seu serviço muito pelo o contrario, ela faz o que ama, tem seu próprio negocio, é bem sucedida, mas nos últimos dias sua cabeça anda cheia de coisas, confusa, mais pessoais na verdade. Logo que entra em sua residência da de cara com aquele silêncio de sempre, que na verdade ela sempre fez questão disso, sempre gostou de ao fim do dia ter um tempo somente pra si, com seu silencio e com seus pensamentos. Mas hoje foi diferente, o silêncio lhe incomodou, e pela primeira vez ela desejou ter alguém ali para fazer companhia, de inicio pensou em ligar para seu namorado, mas logo a idéia foi descartada, a relação dos dois não estava em um dos melhores momentos. Sempre que estavam juntos a conversa não fluía mais como antes, assim como era evidente a falta de interesse dos dois de manter aquela conversa. Na cama as coisas eram outras, Jessica sentia o desejo nos olhos e nos toques de seu namorado, mas com ela era diferente, não conseguia sentir o mesmo a um bom tempo, os toques de seu companheiro em seu corpo não a arrepiavam mais, perdeu ate mesmo a conta de quantas vezes teve que fingir um orgasmo, tudo para não deixar as coisas ainda mais constrangedoras ao casal.
Deixou a bolsa em cima do sofá e seguiu para seu quarto, tirou a roupa daquele dia intenso de trabalho, fez o mesmo com seu calçado sentindo um alivio imediato e logo em seguida se deitou. Ate que a lembrança de sua irmã mais nova Krystal veio em sua mente, sentia falta dela, da relação tão boa que as duas tinham, mesmo que ambas fossem tão diferentes uma da outra, era incrível a ótima relação de irmãs que elas tinham, mal sabia Jessica que Krystal na verdade a olhava com outros olhos, apesar do grande afeto de irmãs que ela sentia, o desejo pela mais velha era incomparável, deixando Krystal varias vezes confusa e ate mesmo se sentindo mal por isso, chegou a pensar que com o tempo tudo isso passaria, engano da mesmo o desejo pela irmã aumentava, com cada vez mais dificuldade de reprimi-lo a si só.
Jessica então resolveu ligar para a sua irmã perguntando se ela poderia vir ate sua casa alegando estar se sentindo sozinha, que sentia saudades e que queria a companhia de sua irmã. Tal pedido que não foi negado por Krystal.
Jessica permaneceu deitada em sua cama, não se incomodou em vestir outras roupas, afinal estava querendo relaxar um pouco, sem contar que não era algo que Krystal nunca tivesse visto, eram irmãs tinham total liberdade para tal ato. Passando-se alguns minutos escutou a campainha de seu apartamento tocar e logo se levantou para atender a porta alegando que fosse sua irmã. Como de esperado Jessica abriu a porta encontrando Krystal com um sorriso no rosto que logo foi cortado ao perceber que sua irmã mais velha se encontrava apenas com roupas intimas. Se Jessica soubesse tudo o que estava se passando na cabeça de Krystal naquele momento...
Ela logo puxou Krystal para dentro lhe dando um abraço o que causou arrepios na irmã mais nova pela falta de roupas que Jessica se encontrava mas que para seu alivio passou despercebido.
– Sinto sua falta Krystal. – Disse Jessica ainda com os braços em volta do pescoço de sua irmã.
– Também senti Jess, sinto muito pela nossa falta de tempo para estarmos uma com a outra.
– Tudo bem, sabemos que essa falta de tempo a maior parte é minha culpa que passo mais tempo que o necessário dentro daquela empresa.
– Parece que anda fugindo de si mesma. – Disse Krystal sem se dar conta direito do que havia acabado de falar indo em direção ao sofá para se deitar, deixando Jessica pensando sobre o que a sua irmã acabara de lhe dizer.
– Talvez você tenha razão. – Disse Jessica com um tom de voz um pouco mais baixo.
– O que você disse?
– Oh, nada demais, apenas pensei alto. O que vamos fazer afinal? – Perguntou Jessica a irmã.
– Oras foi você quem me convidou, agora trate você de arrumar o que faremos. – Respondeu Krystal com um sorriso nos lábios.
– Eu não sei, não tenho nada em mente no momento. A gente pode apenas ficar deitada, quando te liguei não tinha idéia do poderíamos fazer, na verdade eu senti vontade da sua presença, será que isso não basta para que você fique aqui comigo?
– Minha irmãzinha esta carente é isso mesmo? Seu namoradinho de merda não esta dando conta?
– Krystal! Já lhe pedi varias vezes que não fale assim dele.
– Me desculpe, mas ca entre nos você sempre soube que nunca gostei desse sujeito e que não faço questão alguma de esconder isso. Você merece alguém bem melhor. Olha o jeito que você se encontra, estressada por conta do trabalho, ate mesmo carente, e cadê ele nesse momento? Ele ao menos te trás em casa?
– Eu não sei, e não, ele não me trás em casa. – Respondeu Jessica com seu tom de voz um pouco baixo, mas o suficiente para que Krystal pudesse ouvir. – Sabe, para lhe falar a verdade eu não estou carente dele, ele nem se quer me satisfaz mais.
– Isso é serio? – Perguntou a irmã mais velha.
– Sim, mas isso não importa no momento não é mesmo. Talvez o problema seja comigo, e outra ele tem seu trabalho suas coisas a serem resolvidas não me importo que ele não vá me buscar no trabalho, esta tudo bem Krystal acredite.
– Na verdade não esta tudo bem, você sabe Jess, mas não vamos prolongar essa conversa agora esta bem? Outra hora conversamos sobre isso, e outra o problema não é você Jess, o problema é dos dois, sabe aquela coisa chamada química? Então, parece que acabou... Se é que existiu.
– Krystal!!! – Disse Jessica subindo em cima de sua irmã que estava deitada no sofá, dando tapas na mesma, se esquecendo que estava somente de calcinha e sutiã.
Krystal segurou os braços de sua irmã para que a mesma não lhe desse mais tapas e depois que Jessica parou de se mover na tentativa de se soltar, segurou forte a cintura de Jessica que ainda se encontrava em cima de ti e disse:
– Eu posso dar um jeito nisso irmãzinha.
– Jeito em que Krystal? – Perguntou Jessica totalmente alheia das reais intenções de sua irmã, sem perceber o desejo carregado nos olhos na voz e no toque forte das mãos de Krystal em sua cintura totalmente descoberta.
Krystal logo se tocando no que tinha dito, tratou de tirar logo as mãos de cintura de sua irmã.
– Oh, nada Jess, digo eu disse que poderia dar um jeito nisso, sabe, no seu desanimo, qual tal a gente assistir um filme? Tem algum tempo que não fazemos isso juntas. – Disse Krystal tentando ser convincente com a melhor desculpa que ela havia conseguido arrumar naquele momento.
– Por mim pode ser.
Jessica se levantou indo ate a sua estante abrindo uma das gavetas e revirando alguns DVDs que se encontravam por ali, ate que achou um de seu agrado.
– Pode ser esse? Comprei a algum tempo atrás, mas eu ainda não tive oportunidade de assistir.
– Claro. – Respondeu a irmã mais nova, ainda tentando se livrar dos pensamentos de alguns instantes atrás.
Jessica colocou o DVD para ser reproduzido e foi novamente em direção ao sofá.
– Krystal eu poderia me deitar contigo?
– Sim Jess, é claro, mas você não prefere colocar uma roupa antes?
– Não, oras pra que? Já me viu tantas e tantas vezes assim. O que você tem? Ficou estranha do nada.
– Claro que não, digo, só lhe fiz esse pedido para caso você vir a pegar um resfriado, e de verdade eu não quero que isso aconteça, poxa só estou me preocupando contigo. – Disse Krystal novamente tentando arrumar outra desculpa que fosse no mínimo um pouco convincente.
– Deixa de bobeira. – Respondeu Jessica.
Logo depois Jessica se acomodou ao lado da irmã, com seus corpos bem próximos, devido ao sofá que não era muito largo. Jessica se sentiu tão bem ali ao lado da irmã, com seus braços em volta de si, um conforto que não sentia há muito tempo, se é que já havia se sentido assim antes. Depois de alguns minutos assistindo ao filme, devido ao cansaço do dia Jessica acabou se rendendo ao sono ali mesmo nos braços de sua irmã, ao qual se encontrava com os pensamentos a mil, com desejos a flor na pele com aquele contato entre as duas, sentindo o cheiro de Jessica assim tão perto, sua pele tão macia, seu rosto tão sereno e próximo ao seu, e mais uma vez tendo que reprimir aquele desejo que já lhe tirara o sono várias e várias vezes e que naquela noite não seria ao contrario.
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You're my sin
RomanceO que fazer quando os desejos se tornam maiores que os laços familiares que as unem?