Eram aproximadamente 3 da manhã, estava de serviço na delegacia, quando o telefone tocou. Era o Johnson. Atendi.
-Pegamos o Frank. - Ele diz aliviado.
Fiquei apreensiva, me perguntando o que eu faria se ele contasse que eu o torturei.
- Ótimo. Estou te esperando aqui. -disse tentando esconder meu medo.
Peguei um café, tomei um gole e deitei minha cabeça na mesa.
Ouvi uns barulhos e logo me levantei, era o Johnson chegando com Frank algemado.
-Finalmente pegamos esse infeliz. -ele disse sorrindo.
Johnson me entregou Frank e eu o acompanhei até sua cela. Estava saindo quando ouvi um barulho.
-Psiu - Disse Frank
- O que é? - Disse sem olhar para trás em um tom sério.
- Parece que a madame esqueceu o que fez comigo.
Fiquei em silêncio.
- Esqueceu também que eu ainda tenho uma língua e posso acabar com a sua carreira/vida no momento que eu falar contar tudo.
Ele sabia que esse emprego era tudo pra mim.
Voltei e agarrei a garganta dele como se eu fosse o estrangular.
- Então... é melhor você ficar quietinho antes que eu arranque a sua língua.
- Me tira daqui ou eu conto. -disse com um olhar desafiador.
Dei uma risada irônica e soltei a garganta dele.
- Vamos ver se você vai rir amanhã. -Ele sorriu.
Sai andando em uma velocidade e bati a porta que dá pro corredor de celas com força.
Sentei e fiquei pensando o que eu faria: pensei em mata-lo, cortar sua língua ou simplesmente solta-lo e quais seriam as consequências.
Esperei o dia amanhecer e fui até a sua cela para entregar o café. Para a minha surpresa, ele estava deitado, encostado na parede e me encarando.
-E aí? Prefere me soltar ou vai querer perder o seu amado emprego e correr o risco de ficar na mesma situação que eu?
A delegacia ainda não estava muito cheia, eu tinha a oportunidade perfeita, não ia perdê-la.
- Dá um soco na minha cara. - Eu falei baixo.
- O que? - Ele arcou uma sobrancelha.
- Isso mesmo que você ouviu; me dá um soco, eu vou fingir que desmaio e você pega a minha chave e foge. -eu apontei pra câmera com os olhos engolindo seco.
- Já que insiste... - Ele me socou no rosto tão forte que eu realmente desmaiei.
Fiquei ali por alguns minutos, até Johnson vir até mim correndo.
- Merda! Maya? o que aconteceu? Cadê o Frank? - Ele disse desesperado.
Abri os olhos e olhei para ele.
- E-e-eu não sei. -Disse com os olhos semicerrados.
- Vem aqui, eu te ajudo. -Ele disse estendendo a mão pra me levantar.
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New bloody home
ActionMaya era uma policial com muito reconhecimento por sua determinação e comprometimento com o trabalho. Ela parecia uma pessoa feliz e realizada apesar de ser um pouco grossa e arrogante, porém, ninguém sabia que ela era diagnosticada como psicopata...