Em 2018, a família MacGrow mudou-se para Portugal, devido ao trabalho da Sr.ª e do Sr. MacGrow, todos os anos a família mudava-se para um país diferente, os dois trabalhavam numa multinacional de informática, embora trabalhassem em ramos diferentes, devido à sua situação familiar e às necessidades da firma, os seus chefes tinham decidido em conjunto com o casal MacGrow que todos os anos eles dedicar-se-iam a uma filial num país diferente, em toda a extensão da firma nesse mesmo país, resolvendo os problemas existentes e inventando novos métodos de venda dedicados a um país e com a sua cultura, para melhorar os lucros da empresa, o primeiro ano em que tal acontecera, como experiencia, os lucros da empresa aumentaram em vinte por cento, sendo que com resultados tão bons, os sócios da empresa não quiseram deixar de usar essa estratégia. A primeira vez que tal acontecera, Lindsay tinha cinco anos e a irmã dois, em Itália, ao principio fora-lhes difícil aceitar essas mudanças, mas como todas as crianças, rapidamente se habituaram e chegaram mesmo a gostar das experiencias que isso lhes deu. Hoje em dia, comunicavam todas as noites com gente de todos os países, amigos que tinham feito, nas muitas Escolas Inglesas por onde tinham passado.
Frequentavam nomeadamente escolas Inglesas, devido à naturalidade dos MacGrow, digo dos MacGrow, porque ninguém sabia muito bem a naturalidade das irmãs, uma vez que quando foram deixadas à porta do orfanato, a mais velha não falava uma língua reconhecível, com três anos.
Agora, com dezoito anos, Lindsay, instalada numa casa rural no Porto, afastada da sociedade Portuense, num monte, frequentava com a sua irmã de quinze a Escola Inglesa no Porto, apanhavam um autocarro de manhã, que as levava até à escola e um autocarro ao final da tarde que as levava até casa, depois da escola e de uma tarde passada na cidade do Porto.
Mal chegavam a casa, punham a mesa e preparavam o jantar, a Sr.ª MacGrow era a primeira a chegar e acabava o jantar enquanto a sua filha mais velha tomava banho e a mais nova punha a mesa. O jantar estava sempre pronto, quando o Sr. MacGrow chegava a casa, assim como Lindsay não demorava menos de dois minutos a descer quando a porta se ouvia bater, anunciando a chegada do pai.
Esta rotina só mudava, quando os pais tinham que visitar as filiais noutras cidades, ocasião que ia acontecer já no dia seguinte, era um mês em que Lindsay e Ashley tomavam conta uma da outra.
As raparigas acordaram as duas antes das seis da manhã, para terem a oportunidade de tomar o pequeno-almoço com os pais e se despedirem deles com um beijo e um abraço, após a porta bater e o carro iniciar a sua viajem, Ashley enfiou-se na banheira, para tomar banho e arranjar-se antes de ir para a escola e Lindsay arranjou os lanches para as duas, pondo-se depois a estudar. Vendo a hora da passagem do autocarro a aproximar-se, Lindsay gritou para o andar de cima:
-Despacha-te, Ashley! Ainda perdemos o autocarro.
-Já vou! – Foi a resposta que obteve da irmã, que, como sempre que se levantava cedo demais, estava resmungona.
Desceu cinco minutos depois, com uns calções curtos, de ganga e um top branco, com estrelas azuis que começavam na sua anca do lado esquerdo em grande quantidade e acabavam em pouca quantidade sobre o seu ombro direito, com um decote redondo e traçado atrás, uns ténis AllStar terminavam o conjunto, o seu cabelo loiro, liso, estava preso por dois elásticos brancos, num rabo-de-cavalo perfeito, os seus olhos verde mar refletiam o seu estado de humor, para quem a conhecesse bem, naquele momento, não era um bom momento para implicarem com ela. Colocou a mala preta da Reebook às costas e olhou para a irmã que vestia um vestido axadrezado, curto, com um cinto largo mas fino na barriga, muito à anos oitenta, com o seu cabelo ruivo solto e rebelde em caracóis, os seus olhos verde-mar, raramente mostravam mais emoção que a sua expressão em escola alguma vez diria:
-Porque não vamos no jeep da mãe?
Com dezoito anos, Lindsay já tinha carta de condução e a mãe tinha deixado o Jeep na garagem para o caso de alguma emergência, como fazia desde que o pai a ensinara a conduzir com dez anos.
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Seis da Atlântida
FantasyUma antiga profecia previu o afundamento da Atlântida, mas também previu que a salvação da Cidade Perdida viria na forma de seis crianças diferentes das demais! Essas seis crianças cresceriam separadas até ao dia em que o mal que baniu a Atlântida p...