A Verdadeira História

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- Por favor, mãe, não quero mudar de cidade!! Não me faças isto, pensava que querias o melhor para mim... - disse Joane, de 15 anos, uma rapariga de cabelos castanhos e olhos azuis, com a pele morena.

- Eu é que decido! O melhor para ti é ires embora desta cidade, olha bem para ti! Já viste bem o estado em que estás? Tu nunca foste assim, as companhias mudaram-te muito e agora que vai mudar tudo sou eu! – responde, por sua vez, Marie, a mãe de Joane.

- Pronto, eu não digo mais nada... mas quero que saibas que estás a estragar a minha felicidade. Eu posso até mudar de cidade mas acredita que não vou fazer amigos nenhuns e não é por não conseguir, é porque eu não quero!

Joane vivia com a sua mãe, apenas. Elas habitavam em New York, numa grande casa, com piscina. Porém, Joane era uma rapariga infeliz que nunca sorria. Muitos dos seus colegas, achavam que ela era mal educada e arrogante, pois parecia não querer saber de ninguém. O que eles não sabem é a sua história... por vezes, não se deve julgar o livro pela capa, temos de o ler primeiro. Bom, aqui vai um pequeno resumo da vida de Joane até ela se tornar no que é:

Tudo começou em 2000, quando nasceu uma menina chamada Joane. O seu pai, Rui, e a sua mãe, Marie, cuidavam bastante bem dela e tratavam-na como uma verdadeira rainha. Joane era uma menina do papá, queria estar com ele a toda a hora e amava-o mais que qualquer coisa. Queria estar com ele todos os segundos, detestava o facto de ter de se afastar dele. Em 2010, Joane completou os seus 10 anos. A mesma festejou-os numa festa organizada pelos pais, em que trouxe todos os seus amigos e passaram um tempo agradável. Às 19h, a festa acabou e Joane ficou sozinha em casa, juntamente com os seus pais. Passadas 2 semanas, numa terça feira, a Joane chega da escola e vai para casa. Porém, qual não é o seu espanto quando vê a sua mãe a chorar? Assustada, perguntou à mãe o que é que se passava. A mesma quase que não conseguia falar, as lágrimas caíam-lhe pelos olhos abaixo e iam caindo cada vez mais e mais. Joane estava cada vez mais desesperada, sem saber o que fazer até que, de repente, a mãe dá-lhe um abraço bem apertado e sussurra-lhe no ouvido "lembra-te sempre das minhas palavras: não importa o que aconteça, eu vou sempre estar aqui para ti, nunca te esqueças disso!". Ao ouvir isso, Joane começa também a chorar e acaba por perguntar onde é que está o pai. Marie permanece no silêncio mais, no final, acaba por contar a verdade. Onde estaria o seu pai? O pai tão amado de Joane, o que estaria ele a fazer naquele momento para não a estar a encher de mimos, como costuma fazer? Era suposto ele estar ali a pegá-la ao colo e a ensinar-lhe coisas novas. Mas não... ele não estava ali. E o pior de tudo é que não iria voltar. O mesmo tinha sido atropelado na estrada, enquanto caminhava para casa. Ao saber do acontecimento, Joane desata a chorar e a gritar que quer o pai de volta, que fará o possível e o impossível para o recuperar. Porém, chorasse ela o quanto chorasse, nada disso traria o seu pai de volta. O seu querido pai... estava agora longe dele, sabe-se lá onde. A partir desse dia, o dia que ficou marcado na sua memória, 12 de fevereiro de 2010, a atitude de Joane nunca mais foi a mesma. A pobre coitada bem tenta mas, não importa o quanto se esforce, não consegue encontrar motivos para sorrir.

E agora que sabem da história de vida de Joane, o que dizem? Acham que ela se comporta daquela maneira por maldade?




CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO :)

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