Connor Santos nasceu a 1958 numa pequena casa no norte de Manchester e viveu com a sua mae e irma. A casa era pequena e fria, mas era casa. Havia pouco dinheiro, trabalho e vida no campo. O seu pai que havia de ter lutado anos antes na segunda guerra e caíra numa grave depressao e quase destruiu o casamento com a fantastica Annie Marcus. Com a mulher decidiram ter mais um filho em tentativa de salvar o casamento e a depressao, porem aos 4 anos de idade, Connor viu a sua mae a gritar pelo a descoberta do corpo do Sr.Mario Santos.
Connor lembra-se pouco do seu pai, e o pouco se lembrava era cinzento e triste como um pessoa presa neste duro e negro cobertor sem conseguir tirar, como ver a tartaruga incapaz de sair das costas.Era ver dor. Era ver alguem morto a andar, o seu pai mal lhe ensinara qualquer portugues pois ele proprio ja nao falava muito do Portugues deste que tinha mudado para Inglaterra antes da guerra, mas durante os ultimos meses de vida do seu pai o portugues suava nas sua orelhas como a lingua do demonio, uma lingua confusa e destrutiva que enfraquecia e sugava a vida do seu pai. Aos 4 anos ja ha muito que haveria desistido de comprender o seu pai que ficava os dias no escritorio. Nao percebia como um homem que tinha lutado para salvar o pais e a familia seria capaz de passar meses sem olhar para o seu filho e ter obrigado a filha e a mulher a trabalhar por sutentimento.
Quando ja tinha idade suficiente para reflectir na vida do seu pai sempre o aceitou como um cobarde. Que fugira na vida e na familia, e aceitou a asim mesmo que nunca seria tal. Um homem negro e deprimido que se alimentava da infelicidade.
Muito cedo teve de trabalhar e aprender sobre a vida, mesmo tentando manter os estudos nunca teve uma vida facil. Aos 18 anos a mae faleceu e a sua irma casara. Sozinho naquela casa nojenta e pequena nunca perdoou a sua familia por o deixar. E era a sua vez de deixar aquela casa. Pegou nas malas e mudara-se para Portugal. Lembrava-se das historias que a sua mae contava, historias da vida do pai em Portugal quando viajava com a familia para Lisboa a felicidade nas ruas e os briquedos antigos, sobres os sorrisos e gritos bem-vindos, Sobre a vida de Lisboa. Uma vida boa acompanhada e de familia. Durante varios anos Annie ensinou-lhe todo o Portugues que o seu pai a ensinara e lia antigos livros do seu pai.Ainda com sotaque, suavizara a lingua demoniaca
Em 1976, Mudara-se pela primeira vez para a SUA casa, sozinho, uma casa onde teria uma familia e uma vida, Inscrevera-se na faculdade de Economia a fim de poder fazer o que gostava, que sempre fora matematica. Era a resolver aqueles problemas que rapidamente ele comprendia que o ajudavam. Era a possibilidade de poder Perceber algo e conseguir aprender por que queria que o apaixonaram na matematica. Enquanto toda a sua vida nao teve possibilidade de perceber tudo que o rodiava, a Matematica era uma alegria.
A sair da faculdade onde se tentara inscrever ele apreciou Lisboa e todo o que o rodiava. Ele descia as escada de marmore a frente da faculdade para o pequeno jardim e cheirava um ar livre, fechou os olhos e apreciou os sons daquela bela cidade que tanto o chamava.Simples, Bela, Lisboa..
"EI OH IDIOTA VE LA POR ONDE ANDAS"
Connor abriu os olhos e olhou para os seus pes, onde se encontrava uma flor amarela esmagada debaixo dos seus pes.
"ESTRAGASTE A MINHA FLOR"
Connor olhou para cima a ver uma jovem de perto de 20 anos de cabelo moreno e uma pequena boina, tinha dois belos olhos azuis e pareciam furiosos que o devoravam.
"Oh desculpe, lady, so sorry, Muito Perdao. Nao era minha intencao. "
"Pois, tenha cuidado que este e a minha vida o meu sustento. Sou florista esta a ver?"
"Lamento muito, senhora...Nao de ser florista nada disso"
"Tem algo contra floristas??"
"Nao! NAda disso!"- Ela arranco-lhe a flor das maos e bateu-lhe com ela na cabeca
"E agora estamos casados ha muitos muitos anos!"- disse o pai ao seu filho de 5 anos enquanto tossia novamente para o seu lenco de pano.tentava cobrir o melhor possível do sangue no lenço rosado. Os anos nao lhe estavam a ser simpaticos.
Era sempre mais feliz a lembrar aqueles anos de faculdade, os melhores anos da sua vida. Depois da faculdade morou juntamente a bela florista que durante 1 ano inteiro todos os dias estava a porta da faculdade com um flor na cabeca ate que ao fim do seu primeiro ano de faculdade ele agarrou-lhe a mae antes de ela lhe bater
"Largue-me ja!"
"Entao Nao me bata, pode serre?"
"Nao nao pode, voce estragou a minha flor e continua com o mesmo sotaque nojento"
"Isso foi ha um ano e nao foi nada de especial!!"
"Era a minha flor seu canalha "
Ela puxou a mao e esbofetou-lhe a na cara com ela.
"Auu!"
Ela fez um sorriso de concretizacao com a boca ligeramente para o lado esquerdo e soltou um risozinho que obrigou a boca de Connor a sorrir tambem.
Um silencio britou no ar
"Entao sexta a noite..."
"Aqui as 7:30."
Ela esbofetou-o coma flor novamente foi-se embora
-Eu gosto de ti papa.- disse Jonathan o seu filho- por favor nao vãs viajar. Eu tenho. Os 15€ do Natal. Podias ficar. Eu pago-te.
Connor chorou. Desde do diagnostico que nao tinha chorado, mas ver a cara do seu filho de 5 anos ja com saudades suas da sua viajem daqui a 6 meses, honestamente partiu-lhe o coracao. Ele nao chorou com a morte do pai. Com a mae a adormecer ate os seus olhos desgatarem das lagrimas. Com a irma que trabalhava arduamente e perdera oportunidade de estudar e ter um optimo emprego por ele. Connor nunca chorou. Mas ter o seu filho ser masi do que filho, ser o seu amigo. Ser o seu filho. O filho que ele nunca iria ver crescer desgastou-o.
Era uma vida desgastante a sua e muito cliche, apesar das tentativas para nao ser desgastante, era uma vida stressante, mas agora caira nele.Nunca vai ver o filhoo a crescer. Por algo que ele nem tem culpa, por um problema que ele nao consegue resolver com MAatematica ou a sua mente.
-Pai, porque choras?
-Tambem vou ter saudades tuas boneco. Tu sabes, por causa da viagem.
O rapazinho de cabelo negro e olhos azuis da mae olhou para cima. a sua cabeca era redonda mas magra, as sardas comecaram a asentar iguais as do pai. ele usava uma roupa bonita que haviam ter comprado no dia anterior que ficava adoravel.Os olhos azuis brilhava e as maos pequenas apertram o casaco extra de Connor - Entao nao vas!!
Connor nunca chorava.
"26 Janeiro de 2002, com a idade de 44 anos. Connor Marie Marcus Santos faleceu. Fora uma morte dificil, pois Connor era um grande pai e fantastico marido e decidira que se ia morrer ia passar os dias com a sua familia, mesmo aqui. Um momento de silencio sobre o nosso fantastico amigo e que a sua viagem continue para sempre"- terminou o padre
Jonathan estava quieto e calado a olhar par o tecto. O quando o seu pai ia adorar este tecto colorido. Ele sempre dizia que as cores era alegria e que uma vida bem vivida e como um desenho cheio de cor.
Os seus familiares e amigos dos pais iam ter com ele chorando e abracavam-no, aconchegavam-no e davam-lhe comida e ele nao respondia, acenava e dava um pequeno sorriso de consolacao. A caminho de volta para o carro a mae parara com o filho de mao dada. Pegara num leco e limpara a maquilhagem borrada. Pegou novamente na mao do filho e entrou no carro.
Ajustou o espelho e olhou para o seu belo filho com um novo fato. Oh parecia tanto como o seu pai mas com o meu sorriso torto...
-Mae
-Sim querido
-Agora com quem e que vou pintar o desenho?
-Oh querido comigo tu sabes estou sempre para ti
A crianca olhava para os seus sapatos novos enquanto os baloicava no assento.
"Nao tou a dizer disso mae. Tu es minha mae e minha melhor amiga. Mas o pai era meu melhor amigo. Eu confiava muito nele. tal como ele diz que confia em ti... sim, era confiar... sim era eu Confiava quase tanto nele como ele confia em ti. Mas agora que ele foi viajar, quem e que vai ajudar a colorir o meu desenho?"
Joana deu um olhar novamente ao seu filho que tanto parecia com ele e saboreou no cigarro que ja nao acendia a anos.