Jun
Acordei e olhei em volta. Vi Tzuyu deitada no chão com sangue num dos pulsos e depois percebi o que tinha acontecido. Ela tinha-me salvado e agora era ela quem precisava de ser salva.
Tentei acordá-la, mas já não havia volta a dar, a Tzuyu estava a morrer. Olhei para ela, estava tão fraca que só eu a podia salvar. Decidi então transformá-la.
Aproximei-me dela e levantei-a ligeiramente do chão, apenas o suficiente para lhe chegar ao pescoço.
Depois de lhe morder o pescoço, mordi-lhe o pulso para curar o corte.
Quando acabei afastei-me dela, a minha boca estava cheia de sangue.
Uma lágrima escorreu pela minha bochecha. Isto é tudo o que eu nunca quis fazer. Agora sou responsável pela Tzuyu. Não sei se consigo aguentar quando ela não passar da primeira fase da transformação.
Fiquei sentado no chão do quarto de Tzuyu a noite inteira à espera de ela acordar.
Quando finalmente acordou, fui ter com ela imediatamente. Tzuyu tinha os olhos vermelhos.
"Como é que te sentes?" perguntei.
"Cheia de fome."
"Isso é normal. Espera aqui."
Pouco depois voltei com um saco de sangue que dei a Tzuyu para ela beber.
"O que é isto?" perguntou.
"Bebe, vai fazer-te bem."
Tzuyu bebeu o sangue e os seus olhos ficaram lentamente dourados.
"Bem vinda à tua nova vida."
"O que é que eu vou fazer agora? A minha família?"
"Tu sabes o que vai acontecer."
"Não! Por favor, eu fasso qualquer coisa."
"Podes sempre fingir, mas qualquer dia vais ter de os deixar."
"Eu sei disso, mas só mais um tempo, não estou preparada para me ir embora assim. E tu vais ajudar-me não vais?"
"Eu não posso ficar, tu sabes."
"Mas eu preciso de ti."
"Desculpa." disse.
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Estava a andar pelas ruas de Quioto no Japão quando vi uma rapariga de cabelos loiros. Fui atrás dela e quando finalmente tive oportunidade decidi chama-la.
"Momo?"
A rapariga olhou para trás e quando me viu pareceu ter ficado surpreendida. Foi ter comigo e eu olhei-a nos olhos.
"Momo, és mesmo tu?" perguntei.
"Em carne e osso."
"Eu vi-te morrer."
