0.0

11 1 0
                                    

.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
10.03.17/sexta-feira

Os batimentos só diminuíam a cada segundo que se passava naquele bendito hospital, as enfermeiras me encaravam, e eu tinha a impressão de que me olhavam com pena, ou talvez só estivessem a tentar reconfortar-me, no estado lastimável que eu me encontrava, isso já era de se esperar. Eu só prestava atenção a cada detalhe dele... Seu corpo estava frágil, sua pele já não tinha a mesma tonalidade que antes, estava pálido, seu corpo sem vida deitado naquela maca era uma das cenas mais triste que já presenciei, sua face, ah sua face... já não esboçava uma única feição. Eu estava em pé de frente a sala em que ele se encontrava e apenas o observava, o grande vidro a minha frente impedia-me de aproximar-me dele e o dizer que iria ficar tudo bem.

Foi quando parou... seu coração parou de bater e toda aquela cena que havíamos criado de que construiríamos uma nova vida quando ele saísse daquele hospital, simplesmente acabou, eu sentia-me destroçado por dentro. Eu nunca soube me descrever, dizer tudo que sinto, nunca fui bom com palavras, e naquele momento foi a coisa mais difícil dizer como eu me sentia. As lágrimas já eram perceptíveis no meu olhar, foi quando senti uma mão no meu ombro, era o médico que acabará de sair da sala.

"Infelizmente não podemos fazer mais nada, ele não reage, eu sinto muito pela perda" Eu não queria escutar aquilo, realmente não queria, eu sabia sobre as dificuldades que iria passar quando descobri que ele estava com um câncer terminal, só não queria acreditar. Foi difícil assimilar tudo aquilo que se passava em minha volta. Eu só queria sumir.

12.03.17/domingo

Eu havia acabado de chegar do velório, entra naquela casa enorme era desesperador, eu ainda sentia seu cheiro, poderia sentir sua presença...Eu o amava. Mas não havia nada que pudesse fazer. A verdade é que estamos todos condenados a sentir e a ser a saudade de alguém. 

(...)

Já era tarde da noite, eu não conseguiria dormir, e eu sabia que noites como essa iriam se repetir constantemente. Fui a caixa de remédios procurar um algo que me fizesse dormir, assim que o fiz, voltei ao quarto que antes era meu e dele e que agora era apenas meu, não seria fácil, tudo dessa casa me lembraria ele todos os dias.

13.03.17/segunda feira

Hoje não iria trabalhar, meu patrão e sogro, disse que poderia voltar quando eu estivesse preparado, e sinceramente, esse não é o dia perfeito. Resolvi ficar em casa...dormir talvez.  Liam disse-me que poderia vir aqui em casa e me fazer companhia, recusei, sei bem o que Liam vai dizer, e eu realmente não quero ouvir.

14.03.17/terça feira

Finalmente hoje iria voltar a empresa, não estava "curado" completamente, mas já é um começo. Esses últimos dias ando chorando como nunca mais tinha chorado, ás vezes até o céu parece chorar comigo. Mas tenho que seguir...era o que ele iria querer.

Sai do banheiro após minutos que pareciam horas e escolhi a roupa que iria hoje ao trabalho, ele era quem escolhia a minha roupa...ele sempre foi bom nisso. Enfim vesti-me e peguei minha maleta, não tenho estado com muito animo pra comer ou qualquer coisa. Peguei as chaves do carro e fui em direção a garagem onde estavam meus preciosos carros, ele costumava dizer que eu me importava demais com esses carros, até mais que comigo mesmo, o que por vez era verdade. 

Segui caminho à empresa, era estranho ir sozinho, sem ao menos um barulho sequer. Quando enfim cheguei me fiz de forte. Escondi a tristeza nos meus olhos, mantive um sorriso falso, e decorei algumas frases pra quando perguntarem como estou.

A cada passo que dava, mais pessoas me olhavam, aquele olhar de pena novamente... Por que ultimamente todos tem me olhado assim? Por que tenho esse efeito sobre as pessoas? Eu só queria ficar em paz com esse meu mundo caótico. 

Depois de chegar no meu andar, mais pessoas me cumprimentavam e sussurravam um "eu sinto muito"  não havia palavra que levantasse meu animo, não importava o quanto as pessoas tentassem. 

Entrei na minha sala e me preparei para à quantidade de mensagens que iria receber, após um tempo meu sogro e também meu chefe entra na sala.

"Olá Harry..." Sua voz carregava um leve peso "Como está se sentido?" Eu geralmente escuto isso sempre.

"Eu não sei, Como espera que eu me sinta?" minha voz já soava rude.

"Olha, eu sei como está se sentindo, afinal eu era o pai dele, então não ache que eu não sei o que você está passando, porque eu sei sim"

"Sinto muito... não está sendo fácil e eu só não sei o que fazer"

"Então não faça nada, seja o que sempre foi"

"Não é tão fácil ser o que eu sempre fui se me falta uma parte"

"Que seja... eu só queria lhe contar que hoje irá haver uma reunião a respeito dos bens materiais do Louis... gostaria que estivesse lá"

"Mas já?! Não se passou nem 1 semana após sua morte e já estão querendo saber quem vai ficar com seus pertences?" Minha voz estava sobrecarregada.

"Harry, por favor... não torne as coisas mais difíceis, o advogado de Louis disse que ele insistiu em apressar as coisas, ele queria dar a família algo realmente importante, não se trata de posses, é algo simbólico. Te espero logo após o almoço na sala de reuniões." disse calmo, e saiu logo após.

Mas que raios Louis?! 


------------------------------------------

Antes de mais nada eu queria esclarecer algumas coisas

1. Harry e Louis eram casados até que Louis morreu é claro.

2. Não quero que pensem que só porque Louis morreu a fic n vá ter eles interagindo, não que Louis seja um fantasma. no 2cap vcs vão entender.

3. Não da pra resumir tudo aqui né, mas no decorrer da fic vcs vão entender tudo e tals, portanto não me abandonem, bjs.






Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Aug 28, 2017 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

FOR HIM/l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora