''Talvez seja você. A vida vai dizer. De qualquer forma, obrigado por me fazer dormir sorrindo.''
Ana McCall. 16 anos.
Eu era apenas uma garotinha quando eles vieram a falecer. Moro com minha vó, para ser mais precisa, D. Liandra. Acabamos de se mud...
Meu despertador acabou de tocar avisando que era hora de levantar. Com muito esforço, levanto e vou ao banheiro, fazendo minhas higienes matinais da forma mais tranquila possível. Decido colocar uma roupa que me deixe mais à vontade, então, logo me decido por um short moletom e uma regata branca.
Desço as escadas e vou para a cozinha onde encontro minha vó.
-Bom diaaaaa!!!- Falo abraçando-a
-Bom dia aninha! Chegou o dia filha!
-Pois é vó.... Quando partimos?
-Hoje à noite, às 20:00. Arrume suas coisas. Temos que estar no aeroporto às 18:30.
-Okay Dona Liandra.
Começamos a conversar várias coisas aleatórias. Quando terminei de tomar café, fui para meu quarto, já para separar uma roupa e guardar várias outras. Como não tinha nenhuma amiga, e minha vó estava bastante ocupada, teria que me virar sozinha. Coloquei ''Maroon 5'' para tocar e comecei.
Ao total foram 2 malas, o que me impressionou, pelo fato de ter muitas roupas. A essa altura do campeonato já eram 18:00. Corri para o banheiro para fazer tudo da forma mais rápida possível. Me decidi por usar uma roupa leve, e optei por um vestidinho azul, justo em cima e soltinho em baixo. Terminei de me arrumar, peguei um casaco e desci. Minha avó me esperava pacientemente encostada na porta.
-Vamos? - Perguntei.
-Vamos, minha querida.
É... Agora é uma nova vida.
[...]
Chegamos no aeroporto e minha vó foi fazer o check-in. Fiquei sentada esperando-a. Logo ela veio e sentou-se ao meu lado. Ficamos conversando até chamarem o nosso voo. Minha poltrona ficava do lado da janela, o lugar que eu mais gosto. O voo duraria 2:00, pelo fato de ter escala. Chegando no aeroporto do Rio de janeiro pegamos nossas malas e encontramos minha tia Alê segurando uma plaquinha com nossos nomes.
Elas foram conversando o caminho todo. Minha vó no carona e eu atrás. Até que minha tia parou em uma casa enorme e muito linda.
-Nós vamos morar aqui? -Praticamente gritei.
-Vamos sim- Disse ela sorrindo
Minha tia Alê que alegou ter esquecido a chave, tocou a campainha. Uma, duas, três vezes. Até que um garoto alto (para mim, já que sou uma anã) abriu a porta com uma toalha presa na cintura, e que visão.... Eu poderia ter ficado ali para sempre. Minha tia me chamou me tirando dos meus pequenos devaneios. Ela parecia não se importar, e eu, tbm não.
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-Esse é seu primo Felipe.
-Prazer- estendi a mão, mas, de forma inesperada ele me puxou e me abraçou, me deixando encharcada - Obrigada por me dar outro banho.
-Sempre que precisar. - Disse sorrindo.
Minha tia entrou, me puxando junto escada a cima, onde me mostraria onde eu iria dormir.
-Querida, - disse- como não sabemos qual decoração você escolheria, deixamos para quando chegasse. Espero que não se incomode em dormir no quarto da Bia.
-Tudo bem. -Disse- Mas, quem é Bia?
-Irmã de Felipe, sua prima.
-Ahhhh sim. Onde posso deixar minhas malas? - Ela me puxou para dentro de um quarto cuja porta havia escrito o nome bia.
-Aqui-disse- Vou descer. Pode dormir nessa cama, a bia irá dormir com Felipe. Ah, seu uniforme está no guarda roupa, primeira porta. Felipe irá te levar junto com bia.
-Obrigada tia. -a abracei e ela saiu.
Como estava cansada, tomei um banho frio, coloquei um pijama qualquer e logo adormeci.
