18 de Fevereiro.

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Middleton. 18 de Fevereiro de 2007;

     Havia muito tempo que os habitantes da cidade de Middleton não presenciavam tamanha tragédia; era normal para qualquer cidade uns roubos de bancos aqui e ali, por vezes uma morte por conta da rivalidade ou até mesmo natural. Mas nunca, e é de se dar ênfase, nunca haviam visto algo tão sanguinário quanto estavam para ver naquela manhã de inverno rigoroso.
Era aproximadamente sete da manhã, hora em que a cidade toda acordaria para mais um dia comum; não passando de 17 mil habitantes a cidade era quieta, calma e aconchegante. Não havia porque não querer morar em um lugar como aquele, que parecia abraçar e dar toda a proteção que um morador há de  precisar.
    Naquela manhã a neve cobria toda a extensão territorial da cidade, e, com passos largos e dificultosos que os empregados de Arnold Cophenan, o então prefeito da cidade, chegavam até a sua residência.
Um grito de horror ecoou.
Lá, estatelados no chão, jaziam os corpos de toda a família Cophenan. O marido; A mulher que outrora fora bela; O rapaz de vinte e tantos anos prestes a se tornar advogado; E as crianças. Todos coberto por um mar de sangue e emanando um  odor que franzia as narinas. <brAtordoados e desestabilizados, horrorizados e enojados, um por um, saiam os empregados. Todos eles esperando do lado de fora para que a polícia, a perícia, ou qualquer outra pessoa chegasse. Parados em frente ao jardim da casa, mal tiveram de tempo de comentar o acontecido...<br/>Um estrondo interrompeu o silêncio, e a as chamas pareciam lamber toda a esplendorosa mansão. <br/>Agora, os corpos não só estavam ensanguentados como também carbonizados. Viraram pó. Pó que o vento levaria para bailar na brisa do fim de inverno.<br/>Vento, que assim como o pó, levava a todos um mistério indesvendável: Quem teria sido capaz de tamanha crueldade?</p>

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