- Three -

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Louis

Nós nunca entendemos, até acontecer com a gente. E foi exatamente assim. Viviam me dizendo que o destino adora brincar com as pessoas, e eu nunca acreditava. Afinal, isso são tudo ditados idiotas. Pelo menos era o que eu pensava. Até agora. Até eu ficar preso na salinha do zelador com Eleanor. Porque ela? Porque não podia ser Emilie? Ou Vanessa? Ou qualquer outra gostosa desse colégio? Mas não, tinha que ser ela. Devo admitir, pareço um gay com esses pensamentos. Mas, o que posso fazer? Eu simplesmente não consigo parar de pensar em Eleanor. E, amigos não pensam uns nos outros assim, eu acho. Ew! Ok, já chega. Agora eu realmente pareço um gay.

- É tão horrível assim? -ouvi sua doce voz, me tirando de meus pensamentos.

- O que?

- Ficar preso numa sala comigo? -ri pelo nariz.

- O que te faz pensar isso?

- Não sei, parece bravo.

- Bravo não seria a palavra certa, talvez, preocupado.

- Preocupado com o que? -disse, curiosa.

- Com você! Dependendo de quanto tempo vamos ficar aqui, pode sentir fome, sede, e além do mais você torceu o pé. - ela riu.

- Não acredito que só está preocupado comigo. E você? Não importa? -dei de ombros.

- Importo, depois de você. - ela sorriu e envolveu seus braços em mim, me apertando. Sorri, e fiz o mesmo, beijando o topo de sua cabeça e sentindo o cheiro de baunilha que vinha de seus cabelos. Ela pareceu tomar um choque e se afastou rapidamente. - Algum problema? -arqueei uma sombrancelha.

- Não, nenhum. -sorriu fraco e voltou a sentar como estava antes. Suspirei, ela estava estranha faz um tempo. Eu já deveria ter me acostumado, mas não consigo aceitar que ela mudou assim, do nada.

Espera, parando pra pensar melhor, talvez o destino não tenha feito isso atoa. Talvez ele tenha feito isso para me dar uma chance, me dar uma chance de contar à ela o que eu sinto. Respirei fundo.

- Princesa? -chamei-a pelo apelido que usava quando éramos menores. Vi que ela segurou um sorriso.

- Sim?

- Precisamos conversar! -ela pareceu preocupada.

- Ok, sobre o que? -estava pronto para falar quando escutamos passos no corredor, levantei e ajudei-a a levantar, e começamos a bater na porta como dois desesperados.

- SOCORRO! NOS AJUDE. ESTAMOS PRESOS AQUI DENTRO - ela gritou e ouvimos os passos se aproximar. Logo a pessoa, seja quem quer que fosse, destrancou a porta e abriu a mesma. Ajudei Els a sair da sala.

- O que fazem aqui? -perguntou o zelador.

Eleanor não sabia o que dizer, então falei a primeira coisa que me veio em mente.

- Her...não me leve a mal, zelador, mas acho que já passou por essa fase e entende as necessidades dos adolescentes. - Eleanor arregalou os olhos como nunca, mas logo disfarçou e concordou comigo.

- É, acho que o senhor não iria querer saber... Então, podemos ir embora? - ela sorriu amarelo.

- Podem ir, mas, espero que não se repita novamente. -assentimos e ajudei Els a caminhar para fora da escola.

- Ufa, já pensou se nós tivéssemos passado a noite presos aqui? - ela pareceu aliviada, logo depois seu humor mudou bruscamente para raiva. - Ugh, esqueci minha bolsa na sala de aula!

- Provavelmente o Sr. Robinson guardou, amanhã você pega. -caminhamos até onde meu carro estava estacionado, ajudei-a a entrar e se sentar. Dei a volta, entrei e dirigi para minha casa.

Just Friends || l.tOnde histórias criam vida. Descubra agora