4:40 da manhã. O despertador de Luíza a acorda e ela mais que depressa pressiona soneca.
-O que seria de mim sem a função soneca, meus 5 minutos a mais diário que as vezes acabam se tornando 6,8 até 10.- Pensa em voz alta olhando para o teto vazio e com a mente tão cheia.
E então levanta, antes do tempo soneca acabar.
Como se esperava, Luíza acordou com uma marca de teclas no rosto; dormiu sobre o notbook novamente, estava estudando álgebra, mas não é uma matéria pela qual ela morra de amores, na verdade a faculdade que cursa também não é uma que ela curta. Mas sabe como é, "terminou o colegial tem que entrar na faculdade" dizia Estér, mãe de Luíza. Acho que não importava o curso, a questão era entrar em algum. E então, aqui está ela: madrugando nos cálculos.
Luíza sempre foi uma aluna exemplar, encerrou o colegial com méritos. E por mais que todos quisessem suas conquistas ela não via isso como algo tão prazeroso assim, sentia-se presa numa imposição. E imposição e Luíza não são lá amigáveis. Em outras palavras, Luíza é apaixonada por liberdade, sempre quis viajar e conhecer o maior número de lugares que pudesse. Luíza é uma moça encantadora, desde bebê, uma graça, é quieta, na dela, mas simpática e com uma sorriso apaixonante. Cabelos e olhos castanhos chama atenção de muitos, porém muito difícil alguém chamar a sua. Era focada nos estudos, e nunca pensou em casar e ser dona de casa, e já ouvira muito por isso, mas uma das suas características era essa, não ligava muito para o que os outros dizia. Os outros são apenas os outros, dizia ela.
Caminha em direção ao banheiro, toma uma ducha rápida para despertar, escova os dentes e se encara no espelho por um instante.
- Será que algum dia encontro alguém...- dizia a si mesma.
Por mais que ela não pensasse em casar, ela sempre quis alguém do lado. Mas alguém que estaria junto, sendo amigo, companheiro, não simplesmente alguém pra chamar de namorado. Ela via suas amigas sofrendo com relacionamentos, e já sofreu também, mas foi só uma vez, uma vez foi o suficiente para não querer mais nada com alguém.
De volta ao mundo real, vestiu um de seus jeans justo, uma camisa confortável e suas sapatilhas dia a dia. E vamos lá, mais um dia!