Capítulo Único

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— Ela gosta do James! — gritava Marlene, correndo escada abaixo.

— Não! Ela não gosta! — protestava Lily, indo atrás dela.

— Isso tudo é ciúmes, ruivinha?

A ruiva olhou irritada para Marlene, percebendo que elas estavam atrás do sofá em que James Potter e Sirius Black estavam sentados, esparramados. Na poltrona ao lado, estava Remus, sua mão parada a centímetros do pergaminho, observando com uma sobrancelha erguida para as duas garotas.

— Eu vou te matar — murmurou Lily, não dava para dizer se falava com James ou Marlene.

— Quem gosta do Prongs? — perguntou Sirius, curioso.

— Mayra Llevisny — respondeu Marlene, dando um sorriso convencido.

— Quem é essa? — perguntou James, desconcertado.

— Ninguém — rosnou Lily, irritada — Sabem quem é que gosta do Black? Melannie McKornn.

— Não! Ela gosta do Diggory — o sorriso desapareceu de seu rosto.

— Ela diz gostar, mas não engana ninguém.

Sirius revirou os olhos, olhando para James.

— Mulheres... Brigando para ver quem diz a fofoca certa, vai entender — ele bufou.

— Eu também acho que Mayra gosta do Prongs, e que a Melannie gosta do Padfoot — Remus pronunciou-se, olhando fixamente para as duas garotas.

Lily arregalou os olhos, sentindo o rosto ficar pálido.

— A gente tem que ir, tchau! — Marlene puxou a mão da amiga, correndo em direção ao retrato da Fat Lady.

— Como eu disse: doidas de pedra — Sirius negou com a cabeça.

— Que história é essa, Moony? Você sabe do que elas estão falando? — James virou-se para o amigo, desconfiado.

O lobisomem deu um sorriso enigmático, antes de voltar seu olhar para o dever.

— Droga! Droga! Droga! — Lily começou a reclamar — Se eles descobrirem, você estará morta, Marlene McKinnon!

— Remus não é dedo duro! — a castanha tentou apaziguá-la.

A porta da sala vazia (exceto pelas duas) abriu-se.

— Posso saber o que foi aquilo? — entrou Dorcas, olhando curiosa para as duas.

— Fecha a porta! — Lily quase gritou, indo ela mesma ver se tinha alguém no corredor.

Marlene estava prestes a dizer que não adiantaria, já que o irmão tinha uma capa da invisibilidade, então lembrou-se que a amiga não sabia disso e, se soubesse, infernizaria a vida deles.

— Teve uma aula de História da Magia, que eu fiquei super entediada — começou Marlene, sentando-se em uma das carteiras.

— Em qual aula você não fica entediada? — perguntou Dorcas, segurando o riso.

Lily concordou com a cabeça, cruzando os braços.

— Ela decidiu que seria divertido fazer anagramas — disse a ruiva — Maldito sangue Ravenclaw.

— Exatamente! As que tem vocação para Ravenclaw são vocês, não eu — interrompeu Dorcas — O que é anagrama?

— Pegar o nome e transformar em um novo nome — disse Marlene.

— Só que agora ela inventou que iria usar os nossos anagramas para falar de nós — disse Lily — Como já deve ter percebido.

— Você é Mayra? — perguntou Dorcas, tampando o sorriso com sua mão.

— Não ria! — reclamou — Potter quase descobriu, e não me deixaria em paz!

— Então, admite ser verdade? — provocou Marlene.

— Eu não disse isso! Você fica colocando essas ideias na minha cabeça!

Dorcas resolveu interromper, antes que as coisas ficassem sérias.

— Ei! Estou sentindo-me excluída nessa relação — brincou — E o meu?

Marlene quase gritou.

— Dê-me um minuto!

Dito isso, ela saiu correndo da sala. Lily bufou, olhando ressentida para a porta aberta.

— Sinceramente, acho que... — tentou Dorcas.

— Não diga mais uma palavra! — gritou Lily — Eu não estou gostando do Potter, okay?

— Certo! Certo! Desculpe!

Marlene voltou, segurando um pedaço de pergaminho.

— Casseeda Mordow, me deu bastante trabalho! — ela sorriu para Dorcas.

— Não deixe este pergaminho solto por aí! — implorou Lily.

— Tanto desespero... — a castanha revirou os olhos.

— Depois diz não sentir algo — concordou Dorcas.

— Será que Mary concordaria em participar disto também? Eu encontrei um nome tão lindo pra ela... — murmurou, pensativa.

— Lodd? — debochou Lily.

— É original! — reclamou.

— Tanto quanto Xenophílius — observou Dorcas.

Lily começou a gargalhar, enquanto Marlene olhava de cara feia para as duas.

— Eu sei de quem Casseeda gosta — ela olhou maliciosa para ela.

— Não! Você não sabe! — no entanto, Dorcas parecia assustada.

Elas trocaram um olhar, antes que Marlene corresse para fora da sala, com ela atrás dela.

Lily estava para sair da sala, quando viu que o pergaminho tinha sido derrubado. Abaixou-se para pega-lo, e escondeu-o no bolso da túnica.

— Está precisando fazer umas aulas de teatro, Lily... — murmurou para si mesma.

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