Quem Me Vigia Nunca Dorme

Batidas na porta.

...o corredor vazio e uma curiosidade enorme de saber quem estava brincando comigo no meio da noite. Mas, o cansaço era ainda maior. Voltei para cama e apaguei.

No dia seguinte tive a sensação de ser observada a maior parte do tempo, mas achei que fosse coisa da minha cabeça. Passei o dia sem pensar em quem havia batido na porta do meu quarto. Afinal, eu estava morando em um quarto de aluguel no qual passavam muitas pessoas pelo corredor o dia e a noite inteira. Poderia ter sido engano!

De noite, ao voltar para "casa" deparei-me com um rapaz alto, moreno e forte, encostado na parede no final do corredor. Olhei pra ele com curiosidade e interesse ao mesmo tempo, e deixei transparecer... abri a porta do quarto e entrei.

Deixei a porta entre aberta, propositalmente, o abajour meia luz e quando percebi que estava sendo observada - a mesma sensação que tive durante o dia - fiquei de costas para porta e tirei a regata branca que estava usando, a calça jeans, me inclinando até os pés ficando praticamente de quatro até tirá-la totalmente. Tirei lentamente o sutien, ficando com os seios à mostra... me virei, fui até a porta do quarto com um sorriso no canto da boca e a fechei.

Era 3h00 da manhã quando escutei as batidas, levantei correndo pra impedir que a pessoa tivesse tempo pra correr, mas não havia ninguém. Deixei a porta entre aberta como fiz mais cedo e deitei. A sensação de ser vigiada continuou, então tirei o lençol de cima de mim e coloquei a mão dentro da calcinha, aquela situação estava me excitando tanto, ainda mais depois de ver o rapaz mais cedo no corredor... comecei acariciando devagar, gemendo baixinho, quando percebi que a minha respiração não era a única. A vontade de abrir aquela porta e deixar aquele homem entrar, só me fez gemer mais ainda, mas passou pela minha cabeça que poderia ser qualquer um.. Então corri até a porta e a fechei.

Três semanas se passaram e as batidas continuaram, o rapaz sempre no corredor quando eu chegava em casa, independente do horário, ele sempre estava à minha espera. Conclui que fosse por causa de mim. Continuei deixando a porta entre aberta após as batidas e a dormir nua.

Era 3h00 de um domingo e não esperei que batessem na minha porta... a deixei destrancada, com um bilhete na maçaneta:

"Entra, estou nua e com os olhos vendados."