Capítulo 11.

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             《15:30 hrs》

Estou me arrumando para fazer algo que exige de mim coragem, muita coragem, vou ao habitat dos mortos(cemitério), sim levar flores ao Erick junto com a Marie.
    Pego uma blusa regata branca com manga comprida, uma calça jeans clara e um all star preto. Fiz um coque frouxo e desci, pego minhas chaves e vou avisar a meu pai.

"Oi pai, já estou indo viu."-falo e deposito um beijo em sua testa.

"Não esqueça de estar às 17:00 hrs para a viagem."-falou e assenti.

Sai e encontrei Marie me esperando...

"Vamos querida que você ainda terá que viajar, não quero tomar mais do seu tempo"-fala Marie graciosamente.

" A senhora nunca toma do meu tempo, eu agradeço por ainda ter uma grande consideração por mim apesar de não termos mais nada em comum, desculpe não queria fazer sua tristeza aumentar lembrando dele...."--praticamente me arrependi do que falei.

"Não se preocupe querida, eu te entendo, você é alguém especial para mim"-falou enquanto entrávamos no seu carro.

  Nós só levamos 30 min. para chegar, paramos o carro em frente do lugar e descemos.
   Agora é a parte difícil, entrar ai, eu nunca entrei nesse lugar, nem para ver o túmulo da minha mãe, nunca e agora eu estarei entrando.

"Anne tem certeza que você quer entrar ai? -pergunta Marie vendo minha inquietação.

"Sim, está mais do que na hora dessa garotinha virar uma verdadeira adolescente."-falei e segurei a mão de Marie a puxando para dentro.

Agora sim, agora eu havia entrado naquele lugar que tanto me amedrontava.

Fomos andando, procurando o túmulo do Erick,quando encontramos eu não aguentei comecei  a chorar junto com a Marie que também não se aguentou, decidi deixá-la um pouco sozinha ela precisava e aproveitando que eu estava ali fui procurar o túmulo da minha mãe, rodei, rodei e nada de encontrar, eu não consigo entender porque não achei se ela foi sepultada aqui meu pai que me falou, fui até o coveiro para perguntar, estava indignada com isso.

  "Oi conlicença, eu estou procurando o túmulo da minha mãe.-falo educadamente.

"Olá, como é o nome dela? "-pergunta ele.

"É...(respirei fundo), eu (silêncio)........"-não consigo, o nome dela, já faz um bom tempo que eu não pronunciou o nome dela.

"Você esqueceu o nome dela? "

"Não, nunca esquecerei esse nome, nunca."-falei chorando.

"O nome dela é...quer dizer era Karson Pery Casttiel.."-falo pausadamente.

"Desculpe mais a anos que eu trabalho aqui e tenho certeza de que a sua mãe não foi sepultada aqui."-falou e eu não acreditei, comecei a chorar meu pai não poderei ter mentido.Poderia?

"Mas moço eu tenho certeza que ela foi sepultada aqui, meu pai me disse, ele não mentiria para mim. -falei apreensiva.

  "Desculpe, mas eu tenho certeza,conlicença tenho muito trabalho. "

  "A vontade, senhor..."-comecei a chorar e vi Marie vindo, então procurei de enxurgar logo o rosto, não quero que ela se preocupe.

"Oi querida, o que você tem? "-perguntou tristonha.

"Nada Marie, vamos logo não quero me atrasar para a viagem."-falei e ela assentiu, entramos no seu carro, e fomos para casa, eu queria tirar logo as minhas dúvidas.

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